Do simples ao gourmet, o cachorro-quente é iguaria democrática
Em Salvador, o cachorro-quente se reinventa a cada esquina, com uma variedade de sabores que seguem as tendências gastronômicas
Com histórias curiosas em torno de sua origem, o cachorro-quente é uma daquelas iguarias democráticas que agradam ao paladar de quase todo mundo. Barata e apetitosa, está associada à gastronomia dos Estados Unidos, mas foi levada para lá pelas mãos dos alemães.
Como toda lenda urbana, que também há na gastronomia, há três versões sobre a origem do cachorro-quente. Uma delas está relacionada a um certo açougueiro da Alemanha que resolveu batizar as salsichas que fabricava com o nome de seu cachorro da raça Dachshund, aquele cãozinho que lembra uma salsicha comprida, as famosas salsichas de Frankfurt.
A outra lenda também é interessante. Nos Estados Unidos, um vendedor de salsichas criou uma maneira para que seus fregueses não queimassem as mãos ao comer as salsichas quentes, mesmo usando luvas. Como os clientes não devolviam as luvas, o vendedor teve a feliz ideia de envolver as salsichas no pão, que passou a se chamar "pão de cachorro-quente".
A introdução do cachorro-quente em diversas regiões do Brasil ocorreu de maneira gradual e informal, muitas vezes associada à urbanização e à popularização de lanches rápidos nas grandes cidades. Esse é o caso de Salvador, onde praticamente nasce uma barraquinha de cachorro-quente em cada esquina, seja em singelos empreendimentos ou empresas de grande porte. Um exemplo é a lanchonete Travessa’s, que funciona há quase 40 anos na Travessa dos Perdões, no bairro de Santo Antônio.
“A lanchonete surgiu em 1987, fundada por minha mãe. A ideia foi de uma vizinha que comentou que o colégio aqui em frente, a Escola Divino Mestre, tinha muitos alunos sem opção de lanche. Minha mãe gostou da ideia e transformou uma pequena parte da casa em lanchonete”, conta Daniel Brito Erhardt, o atual administrador do negócio da familia.
A Travessa’s, hoje, é uma das lanchonetes mais tradicionais da cidade. Seu cachorro-quente é muito disputado no Centro Histórico, e a receita do molho é um 'segredo de estado'. “Não revelamos a receita para ninguém”, enfatiza Daniel.
Já Alessandro Braga dos Santos aproveitou a oportunidade durante a pandemia, no último Carnaval antes do lockdown em Salvador. “Vendo cachorro-quente há 6 anos. Devido à pandemia e por não poder ir para Portugal, fiquei em casa. Sentado no sofá pesnando, tive a ideia de fazer um carrinho de cachorro-quente. Mandei o rapaz fazer e comecei a trabalhar no Carnaval”, conta.
Com o passar dos anos, o lanche rápido e acessível, vendido principalmente em carrinhos de rua e lanchonetes simples, evoluiu. A receita foi se adaptando ao paladar brasileiro, ganhando variações regionais e novos ingredientes. Hoje, em algumas regiões do Brasil, o cachorro-quente inclui até purê de batata, vinagrete, milho, ervilha, queijo ralado, batata-palha e uma variedade de molhos, tornando-se um lanche bem mais diversificado que a versão original.
Nadison de Oliveira, do Sr. Dog’in ( @srdogin), empreendimento localizado no Food Park Salvador, na Av. Octávio Mangabeira, conta um pouco sobre as várias receitas que transformaram o cachorro-quente em uma iguaria gourmet.
“Cada lugar tem um modelo diferente. Aqui no Brasil, o pessoal aprimorou bastante os acompanhamentos. Por exemplo, em Belo Horizonte, usam ovo de codorna; já em São Paulo, é o purê de batata. A galera sempre inova e traz essa onda gourmetizada para o cachorro-quente, e todo mundo quer experimentar. Acredito que essa tendência vai continuar no mercado, sempre surgindo algo novo, novos acompanhamentos”, afirma.
Criativa e "antenada", Alcione Santos da Silva, mais conhecida como Thiane do Dogão ( @dogaodathiane_ofc), resolveu investir nos molhos e receitas. Para ela, um dos diferenciais é a qualidade dos produtos: “Eu acredito que meu cachorro-quente é diferenciado porque a qualidade do produto é tudo fresquinho. As maioneses são frescas, caseiras, e tem molhos especiais como molho tártaro, molho rosé, molho picante, além de ketchup, maionese, barbecue e várias opções de cachorro-quente com queijo”.
Nadison Oliveira, do Sr. Dog’in, trabalha de várias formas: “Trabalhamos com três modelos de hot dog: o tradicional, para quem não curte o hot dog gourmet, e as opções gourmet. Nosso carro-chefe é o 'massaricado', com muçarela por cima e massaricado”.
Para Daniel, da Travessa’s, tradição é a palavra-chave, especialmente na receita, que é a mesma há 37 anos. Eles são tão tradicionais que sequer possuem Instagram para divulgar o delicioso lanche.
Na lanchonete, o segredo é manter a iguaria como sempre foi, sem adições, original. E nem pergunte a receita do molho, pois é guardado a sete chaves. “Temos apenas o cachorro-quente tradicional: pão, salsicha, maionese, ketchup e queijo ralado. Nunca desenvolvemos outra receita, porque acreditamos que quanto mais coisas colocarmos, mais se perde o nosso diferencial, que é o sabor do pão e da maionese que fazemos. Quanto mais simples, mais realçamos o gosto do que produzimos”.
É comum clientes antigos voltarem à Travessa’s, com seus filhos para apresentar ao cachorro-quente. “Algumas pessoas viajam e levam o lanche na mala, com os ingredientes separados, para continuar apreciando o sabor único”, conta Daniel , orgulhoso.
Quando chegou ao Brasil, o cachorro-quente fez tanto sucesso que virou tema de uma marchinha composta por Lamartine Babo e Ary Barroso, no Rio de Janeiro, intitulada "Cachorro-Quente" e vale a pena ouvir mais uma vez. Para quem não conhece essa história gastronômica de uma iguaria simples que agrada ao paladar é sempre interessante aprender um pouco sobre a nossa história.
Vamos homenagear essa deliciosa iguaria, celebrada em 9 de setembro, com a receita simples de molho do Sr. Dog’in.
Ingredientes
6 tomates bem maduros
4 cebolas
1 cabeça de alho
1 maço de coentro
1kg extrato de tomate
Sal a gosto
Modo de fazer
Bate tudo no liquidificador
@isabel _qoliveira
Isabel Oliveira ( facebook)
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NOTA COM HISTÓRIAS & SABORES
Chef Guto Lago cria dois hambúrgueres com pimenta
Hambúrguer combina com pimenta? O chef é Guto Lago diz que sim e até criou o Black Poivre e o Toasted Jalapeño que agora faz parte do cardápio da sua Black Bull Burguer, a melhor hambuegueria artesanal da cidade. Premiado, com experiência na Europa, Guto Lago criou a Black Bull Burguer para poder ter “liberdade de criação e a possibilidade de personalizar um produto que é bem aceito no mercado, oferecendo como diferencial o uso de técnicas e modo de preparo verdadeiramente artesanais”
Para pedir – bit.ly/Peçaagora_no_Ifood / Para saber mais – @oblackbullburger
Salvador vai sediar a primeira edição do Festival do Queijo Artesanal da Bahia
A capital baiana será a sede de uma experiência gastronômica imperdível! De 19 a 21 de setembro de 2024, o 1º Festival do Queijo Artesanal da Bahia reunirá no Mercado do Rio Vermelho, em Salvador, mais de 60 produtores de queijos de diversas regiões do estado. O evento vai apresentar à sociedade baiana a diversidade e a qualidade dos melhores queijos artesanais da Bahia, que tem conquistado cada vez mais espaço no mercado e reconhecimento internacional, com queijos premiados em concursos nacionais e internacionais.A programação inclui palestras e oficinas, que ensinam desde a conservação e maturação dos queijos, até dicas de harmonização e preparos culinários. Ainda tem um espaço dedicado a vinhos e cachaças baianas e muita música ao vivo para animar o evento!
Outback Steakhouse promove "Temporada de Ribs" para comemorar o feriado de 7 de Setembro
O Outback Steakhouse está promovendo a “Temporada de Ribs" para comemorar o feriado de 7 de Setembro. A proposta é celebrar momentos especiais com familiares e amigos, oferecendo opções gastronômicas variadas para compartilhar. O restaurante, conhecido por seu ambiente temático australiano, traz de volta os pratos favoritos do público, como a Ribs on the Barbie, proporcionando uma experiência única e memorável para os clientes.Durante a “Temporada de Ribs”, o Outback apresenta três combinações especiais com preços que variam entre R$ 99,90 e R$ 129,90.
Essas opções para o feriado estarão disponíveis nas unidades do Outback em Salvador (Salvador Shopping, Shopping da Bahia e Shopping Barra) e Lauro de Freitas (Parque Shopping Bahia).
Deville Prime segue com tradicional feijoada aos sábados até o final do ano
O Deville Prime Salvador, em Itapuã, segue com sua tradicional feijoada aos sábados, sempre das 12h30 às 15h30. Com direito a buffet completo e atrações musicais ao vivo, a refeição é servida a hóspedes e passantes, antecipando um pouco o clima de Verão da cidade.Servida todos os sábados, até o final do ano, no Restaurante Saveiros, o menu de feijoada completa traz feijão preto com bacon, costela suína, calabresa e paio, carne seca e charque, acompanhado de farinha, pimenta, torresmo, caldo de feijão, arroz branco e à grega, banana à milanesa, aipim frito, couve refogada, farofa de ovos com bacon, e outras opções de massas e proteínas.
Reserva diretamente com o hotel no (71) 2106-8500. Crianças de até 5 não pagam, enquanto as de 6 a 11 anos pagam metade do valor.
Nova Belles lança menu com Prato do Dia por R$ 39
Tradicional culinária italiana com um toque de brasilidade. É assim que o Restaurante Nova Belles apresenta seu menu especial de Prato do Dia, com uma sugestão do cardápio para cada dia da semana, pelo valor fixo de R$ 39. O prato do dia está disponível no horário de almoço, das 12h às 15h, nas duas unidades: Pituba (de terça a sexta-feira) e Santo Antônio Além do Carmo (de segunda a sexta-feira). Além do Prato do Dia, a Nova Belles oferece um cardápio variado a la carte de entradas, drinks e sobremesas para completar a refeição de seus clientes.
Mais informações: https://www.instagram.com/restaurantenovabelles/
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@isabel _qoliveira
Isabel Oliveira ( facebook)