Do suíço ao nordestino, o fondue está na mesa dos baianos
Tendo como base o queijo, os tipos clássicos Gruyère e Emmental são os mais usados em quase todo o mundo

O ritual e a magia do fondue despertam emoções em torno de uma das receitas mais deliciosas do mundo dos queijos e chocolates. Uma combinação imperdível em uma Salvador que “inverna”, agitando milhares de coraçõezinhos ávidos por saborear uma iguaria tão fina.
A experiência — das mais prazerosas na gastronomia — envolve o sensorial e o social. Há uma magia na espera do queijo que derrete lentamente, a cerca de 55–65 °C, segundo os especialistas, criando uma expectativa para o próximo passo: o movimento delicado dos comensais que lentamente mergulham o pão ou outro acompanhamento naquele líquido denso, cheiroso e envolvente.

“A cultura do fondue é justamente despertar esse lado afetivo. Como o prato não chega 100% pronto à mesa, existe esse tempo para derreter o queijo, e existe também o de mergulhar nos acompanhamentos. É nesse momento que acontece toda a magia, a conexão, as conversas, as risadas e por aí vai”, conta Milena Maiara Coelho Pinto, chef e sócia do restaurante Riz Bistrô e Risottos (@rizbistrot)

O aconchego e as emoções afetivas certamente estão conectados à sensação térmica que a iguaria provoca durante momentos de partilha.
E aqui vai uma curiosidade: segundo levantamento da plataforma Winnin Intelligence, o tema “fondue” ultrapassou a marca de 35 mil vídeos publicados nas redes sociais, com um pico de 4,7 milhões de relevância cultural nos últimos dois anos. Esses conteúdos somaram mais de 80 milhões de visualizações e 4,5 milhões de interações.

Da simplicidade com que foi criado pelos camponeses na Suíça à sofisticação da atualidade, a iguaria surgiu em um momento de escassez, como conta Milena:
“O fondue foi criado inicialmente com o intuito de evitar desperdício em um momento de escassez, quando os moradores dos Alpes suíços, durante o inverno, se juntavam todas as noites com sobras de queijos e um pouco de vinho para ajudar a derreter esse queijo ao redor de uma panela que trazia um pouco de quentura e aconchego. Eles faziam assim os seus jantares, com sobras de pães.”

O sucesso da iguaria à base de queijo ganhou ainda mais força quando um chef de cozinha, nos anos 1950 — Conrad Egli, do restaurante Chalet Suisse, em Nova Iorque — começou a servir o fondue. E, de quebra, criou o fondue de chocolate. A partir daí, a criatividade rolou solta em muitos países, com inúmeras receitas inovadoras para uma das sobremesas mais sofisticadas e, ao mesmo tempo, simples — conquistando qualquer paladar.
A criatividade está, inclusive, no cardápio do Riz. “Para quem é baiano raiz, temos uma versão de fondue à moda nordestina. Ele é finalizado com queijo coalho, além de acompanhar fumeiro e também carne de sol, entre outros ingredientes.”

Mas o restaurante também serve duas etapas deliciosas de fondue de dar água na boca, por R$ 189,90 para duas pessoas. Na primeira etapa, para acompanhar o sabor quatro queijos: brócolis grelhado, batata frita, goiabada, pão italiano, filé-mignon, filé de frango, filé suíno, linguiça e farofa, com molhos que vão do barbecue ao de pimenta e tártaro. Já na segunda etapa, fondue de chocolate meio amargo com várias frutas e massa de croissant. Quem resiste?
Tendo como base o queijo — ingrediente unânime , diga-se —, os tipos clássicos Gruyère e Emmental são os mais usados em quase todo o mundo. Por aqui, há adaptações, conferindo uma textura diferente. No Riz, Milena também adapta a receita ao clima baiano, mais ameno:

“Para adaptar ao nosso clima, utilizamos aqui no restaurante queijos mais leves. A nossa base leva requeijão, leva gouda, finalizamos também com queijo brie maçaricado, o que dá uma identidade, né? Trazendo esse prato para o nosso restaurante, ele é um chamariz enorme, porque é bem romântico e acolhedor, e atrai bastantes casais — além de conseguir juntar toda a família.”
E para nossa alegria, Milena vai nos ensinar uma receitinha saborosa de fondue para estes dias tão convidativos a comer deliciosamente com o par ou a família, enquanto “neva” no Pelourinho, melhor dizendo, na “friorenta” Bahia.
Confirma no video abaixo como é prático!
Receita
Ingredientes
1 colher de alho batido com azeite doce
400g de requeijão cremoso
200g de queijo gouda ralado
100g de queijo parmesão
200ml de vinho branco seco
Sal a gosto
Noz-moscada em pó a gosto
Modo de preparo
1º passo:
Refogue o alho batido em uma panela até dourar.
2º passo:
Acrescente o requeijão cremoso, o gouda e o vinho, mexendo até a mistura ficar homogênea.
3º passo:
Finalize com o parmesão, sal e noz-moscada. Misture bem e já pode servir.

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@isabel _qoliveira
Isabel Oliveira ( facebook)
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