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Histórias & Sabores

Por Isabel Oliveira

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 04 de outubro de 2025 às 7:00 h | Autor:

Grupo Abelhas Nativas e o segredo do mel mais saboroso do Brasil

Prêmio nacional reconhece o mel da Jataí como destaque entre os melhores do país e valoriza o trabalho comunitário no sudoeste baiano

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Imagem ilustrativa da imagem Grupo Abelhas Nativas e o segredo do mel mais saboroso do Brasil
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Na cidade de Licínio de Almeida, a aproximadamente 745 km da capital baiana, um dos ‘méis’, como popularmente é chamado, ou, sendo mais fiel à gramática, os meles, são considerados os melhores do Brasil. Quem diz isso não é o povo de Licínio, que atende pelo gentílico de liciniense: “…é a própria ciência, os antepassados, as pessoas tradicionais, os indígenas”, afirma Gilberto Soares Carvalho (@soares_gilberto_), que faz parte do Grupo Abelhas Nativas da cidade, vinculado à COOPMEL e apoiado pelo Projeto Transformar da BAMIN (Bahia Mineral).

O grupo trabalha com diversas espécies da região, todos meles sem ferrão, como a jataí, a mandaçaia, a iraí, a mandaguari preta, “a frisomelitta, que nós chamamos de mocinha preta, a cupira e várias outras que eu nem me lembro o nome agora”, completa Gilberto, orgulhoso das inúmeras espécies e do prêmio conquistado com muito esforço pelo grupo.

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

Os meles foram destaque nacional, conquistando o 1º lugar com o mel da espécie Tetragonisca angustula (Jataí), considerado o mais saboroso do Brasil; e o 2º lugar com o mel da Scaptotrigona postica (Mandaguari Preta). As premiações ocorreram durante o I Simpósio de Meliponicultura dos Biomas: Caatinga, Cerrado e Mata – Conhecer para Preservar e Produzir, realizado de 11 a 13 de setembro na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), em Vitória da Conquista.

Nós tratamos as abelhas como realmente elas merecem.Não alimentamos abelhas com açúcar
Gilberto Soares Carvalho - Grupo Abelhas Nativas

A espécie Jataí é o orgulho para o grupo. ‘Seo’ Gilberto faz questão de pontuar as qualidades: “O nosso mel, o mel da abelha jataí, é o mais rico em propriedades medicinais que possa existir. É o único mel que já passou por análise e que o diabético pode consumir”, afirma.

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

É por isso que o prêmio não veio à toa. Seo Gilberto é a tradução, literalmente, da doçura no trato para com estes ‘bichinhos’, conhecidos como guardiões da biodiversidade, a começar pelo reconhecimento de que quem trabalha mesmo são elas, as abelhas.

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

“O papel nosso, na verdade, não é fazer o mel de qualidade, esse papel quem faz são as abelhas. O processo que exige de nós, meliponicultores – pessoas que criam abelhas nativas sem ferrão – do momento da colheita, beneficiamento, maturação e envase, a gente faz com todo o cuidado e carinho, para que não venha perder a qualidade daquilo que as abelhas fazem”, explica.

Outro ponto forte que torna o mel de qualidade nas mãos dos meliponicultores da região é a consciência sobre a alimentação das espécies pelo Grupo Abelhas Nativas.

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

“A gente não faz alimentação artificial para as abelhas. Tudo que tem no nosso mel foram as abelhas que coletaram nas nossas plantas. Nós tratamos as abelhas como realmente elas merecem. Não alimentamos abelhas com açúcar; além de cuidar das abelhas, nós também estamos cuidando das plantas. Todos os meliponicultores estão empenhados em proteger as plantas nativas, em replantar algumas áreas degradadas, cuidando tanto das plantas quanto das abelhas”, conta Carvalho.

“A gente sempre tem essa interação com a comunidade, de estar buscando o uso consciente da água, de estar diminuindo ou zerando o uso de agrotóxicos próximo das nossas criações. Então, é um trabalho que não mostra esse resultado da noite para o dia. A gente já vem trabalhando há tempo, e esse resultado agora vem para confirmar que tudo aquilo que você faz com amor e respeito pela natureza, o resultado, mais cedo ou mais tarde, vai aparecer”, completa.

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

O cuidado, aliás, está na consciência de cada morador. A paulista Sandra Keyko, casada com um membro do grupo, utiliza o mel para fins medicinais e na culinária. Para ela, é essencial proteger as abelhas.

“Aqui na nossa região, nos nossos meliponários, nós temos o cuidado de proteger e preservar essa abelha. A gente entende que não pode tirar tudo dela, sempre tem que tirar o mínimo, e ela tem que ficar com a maior parte. Então, desde a produção até a retirada, esse mel tem esse cuidado, tem esse carinho. Quando ele chega à nossa mesa, tem toda essa energia, energia envolvida nele, né?”.

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

Na culinária, Sandra é adepta de consumir o produto ao natural, sem passar pelo fogo. Ela o utiliza nas frutas, no chá e em algumas receitas geladas. “Todos os dias aqui nós comemos salada de fruta, eu coloco o mel na salada de fruta, no molho agridoce, mostarda, mel e azeite. Coloco o mel num cuscuz, de tapioca com cobertura de calda de amora feito de mel. Nós usamos o mel na bolacha, ao invés da geleia.”, diz a paulista, apaixonada pela região e suas abelhas.

Região do Sudoeste baiano, Licínio é considerada uma área de transição entre dois biomas brasileiros, a caatinga e o cerrado, com uma flora muito rica e específica. O local é um importante centro de biodiversidade. Por isso, cada estação é observada com muito zelo pelos guardiões das abelhas.

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação
Nós tratamos as abelhas como realmente elas merecem.Não alimentamos abelhas com açúcar
Gilberto Soares Carvalho - Grupo Abelhas Nativas

“Para nós, aqui, primavera, verão, outono, inverno, tudo faz diferença na produção de mel. Nós estamos em uma região semiárida, onde a média de chuva para nós é bem pouca mesmo, a gente chama de mal-distribuída. Mas temos que aprender a lidar com aquilo que a gente tem. Então, nós sabemos quais os meses de maior oferta de flores, para que possamos fazer o nosso manejo baseado naquilo que a gente tem”, conta Gilberto.

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

Ele completa e afirma o cuidado com a saúde e qualidade das abelhas que são as parceiras do povo de Licínio de Almeida.

“O nosso período de floração ocorre mais ou menos de outubro até março; em alguns anos, de dezembro a março. No período de escassez, a gente faz questão de não fazer colheita no finalzinho da florada. A gente deixa alguns dias de florada para que as abelhas possam reservar uma parte dos alimentos para elas passarem pelo período de inverno, para que elas tenham essa reserva dentro da própria colmeia e não haja necessidade de a gente fazer a alimentação artificial. Não é justo as abelhas produzirem um mel de alta qualidade e, em troca, a gente dar açúcar para elas”, explica.

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

A florada em Licínio é o grande diferencial do mel produzido pelo Grupo Abelhas Nativas. Tudo que elas são interfere — a cor, o sabor, o cheiro — e faz diferença no resultado do mel. O porta-voz do grupo detalha a importância das flores para a produção do mel, uma vez que as abelhas são criadas de forma orgânica.

“Existem enzimas que as abelhas produzem, elas mesmas, e que misturam ao néctar colhido nas plantas. A coloração, o sabor e o cheiro vêm da planta. A gente ainda não conseguiu fazer análise, chamada de melissopalinologia, o estudo dos grãos de pólen encontrados no mel, que detecta quais plantas estão presentes naquele mel. Mas, ‘a olho nu’, a gente sabe quais as plantas que a gente tem, e é um mel que é multifloral. São de muitas plantas, e isso que faz o diferencial para ter esse sabor, que também é diferenciado”, diz, orgulhoso.

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

Angico, madeira nova, aroeira, cana-fístula… Seo Gilberto passaria o dia inteiro falando das flores, das abelhas, do mel e de tantos outros aspectos do bioma de Licínio, mas encerra agradecendo à natureza pelo sustento que os insetos preciosos oferecem.

“Graças a Deus, nós temos várias espécies de plantas que afloram e servem de pasto para as nossas abelhas. Inclusive, neste momento estou aqui debaixo de um pé de umbu, que está todo florido, cheio de abelhinhas coletando alimento. Nós temos também aqui as flores rasteiras, que no período chuvoso sempre servem de alimento. Nós temos frutíferas, como manga, laranja, limão, todas essas plantas que servem de florada para as nossas abelhas”.

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

Vamos celebrar o Dia de São Francisco de Assis, que acontece hoje e o Dia da Sobremesa, em 9/10, na próxima semana!

E é com base nessa magnífica fauna e flora que a nossa receita deste fim de semana se baseia. Ela vem pelas mãos de Raiane Cruz, um dos membros do Grupo Abelhas Nativas. Raine vai mostrar para nós como se faz um bolo à base de mel, laranja e puba, bem fácil de aprender e saborear.

Quem quiser experimentar o bolo com o premiado mel de Licínio de Almeida pode pedir o produto pelo Instagram do grupo @nativaslicinio e pelo telefone (77) 99141-4968, com Raiane e Gilberto: +55 77 9137-3012

Ingredientes

Uma xícara de puba

Meia xícara de açúcar

150 ml de leite

Duas colheres de sopa de manteiga ou margarina

Três ovos

Uma colher de sopa de fermento em pó

Três colheres de sopa de coco ralado

Modo de preparo

Bata os ovos, o leite, a manteiga e a puba no liquidificador. Depois de homogeneizar tudo, coloque o coco e o fermento e dê mais uma batida até misturar bem. Coloque em forma untada e enfarinhada e leve à Airfryer por aproximadamente 15 minutos, ou até o bolo ficar douradinho. Enfie um palito; se sair limpo, está pronto.

Obs. Caso seja no forno, são cerca de 25 a 30 minutos até que o palito saia limpo

Calda de mel e laranja

Raspas de uma laranja

Suco de meia laranja sem caroços

Aproximadamente meia xícara de mel de Jataí

Preparo

Coloque as raspas da laranja em uma vasilha, adicione o suco da laranja e o mel, e misture bem. Deixe descansar enquanto o bolo assa. Depois do bolo pronto, adicione a calda por cima ainda quente, espere esfriar e sirva.

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@isabel _qoliveira

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NOTA COM HISTÓRIAS & SABORES

Com massa fresca de cacau, Coco Pimenta apresenta prato regional moderno para o Festival Sabores de Itacaré

Cacau e polvo juntos? Conheça a criação do Coco Pimenta
Cacau e polvo juntos? Conheça a criação do Coco Pimenta | Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

Na intersecção de vias que circundam a Praça Santos Dumont, batizada como Praça dos Cachorros pelos itacareenses, o Coco Pimenta Gastrobar é uma das atrações responsáveis por povoar o logradouro, um dos mais famosos da cidade paradisíaca do sul da Bahia. O restaurante faz um upgrade em seu menu e integra a programação da Cozinha Show durante o 11⁰ Festival Sabores de Itacaré, entre os dias 14 e 26 de outubro. Durante o Festival Sabores de Itacaré, o Coco Pimenta Gastrobar funcionará no mesmo horário, diariamente, das 12h às 23h. Além do menu especial, o menu executivo do estabelecimento continua disponível para os clientes das 12h às 16h, com opções a partir de R$39.

Do Campo à Mesa: Festival Esquina do Mundo valoriza sabores e gera desenvolvimento

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

De 1º a 16 de novembro de 2025, Arraial d’Ajuda será palco do 7º Festival Esquina do Mundo, que este ano traz o tema “Do Campo à Mesa – Cozinha Km 0”, celebrando a conexão entre os produtores locais e a gastronomia baiana. O evento já se consolidou como um dos mais importantes do calendário cultural e turístico da região. Entre os momentos mais aguardados está a Vila do Sabor, que estreia este ano no início do festival, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, na Praça da Igreja, em Arraial d’Ajuda. O espaço reunirá chefs renomados, produtores e experiências que valorizam ingredientes locais em pratos criativos, proporcionando um contato ainda mais próximo entre a comunidade e a gastronomia.

Mais informações: @festivalesquinadomundo

Em Salvador, Mesa Ao Vivo celebra a força da culinária baiana

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

Mesa Ao Vivo Bahia 2025 transforma o Mercado do Rio Vermelho em palco vivo da gastronomia brasileira. Conhecido como Ceasinha, o lugar é símbolo da identidade cultural da capital baiana. De um lado, bancas de pescados, hortaliças e especiarias; de outro, cafés, empórios e restaurantes contemporâneos. É nesse equilíbrio entre o passado e o futuro que o Mesa Bahia encontra lugar para discutir o papel da gastronomia na vida cotidiana. Com o tema “Sabores de mar e terra: o mercado que alimenta a Bahia”, o festival convida o público a participar de aulas, degustações e experiências gratuitas, em dois dias que celebram a diversidade e a energia de uma culinária única, permeada de memória. O Mesa Ao Vivo Bahia 2025, no Mercado do Rio Vermelho (Ceasinha), acontece de 10 e 11 de outubro e tem entrada gratuita, com inscrição obrigatória no site oficial. https://www.prazeresdamesa.com.br/mesa-bahia-2025/#programacao

Solidariedade: Ferreira Costa dos Barris lança campanha de arrecadação de alimentos

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

A Ferreira Costa dos Barris, em parceria com as Obras Sociais Missionários da Compaixão, está realizando uma campanha de doação de alimentos não perecíveis. Até 20 de outubro, uma urna estará à disposição dos clientes e visitantes para receber os donativos. Todo o montante arrecadado será destinado às Obras Sociais Missionários da Compaixão, localizada no bairro de São Cristóvão, em Salvador. A urna de doação está posicionada no piso 1 Farol da Barra, dentro da loja.

Purgatório é eleito Melhor Bar do Nordeste no prêmio Melhores da Taça

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

A cena gastronômica de Salvador volta a ganhar destaque nacional com o anúncio dos vencedores do prêmio “Melhores da Taça”, promovido pela revista Prazeres da Mesa. A premiação, que reconhece os principais nomes ligados ao serviço e à curadoria de bebidas no Brasil, consagrou o Purgatório como Melhor Bar do Nordeste, consolidando o espaço como um dos endereços mais vibrantes da coquetelaria regional. Com o título, o bar soma um marco importante na coquetelaria nordestina, reafirmando a força da gastronomia baiana no panorama nacional.

Estão abertas as inscrições para o 1º Concurso do Queijo Artesanal da Bahia

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| Foto: Grupo Abelhas Nativas/ Divulgação

Produtores e produtoras de queijos de todo o estado já podem se inscrever no 1º Concurso do Queijo Artesanal da Bahia, iniciativa que vai eleger os melhores produtos lácteos artesanais baianos. O objetivo é dar maior visibilidade à produção das queijarias e laticínios da agricultura familiar, valorizando o setor dentro e fora da Bahia. O concurso é promovido pelo Governo do Estado da Bahia, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com a Secretaria de Turismo (Setur), e conta com apoio da Associação do Queijo Baiano. Podem participar produtores de queijo coalho, queijos maturados, requeijão, iogurtes e doces de leite. As inscrições seguem até 15 de outubro, no site: https://www.ba.gov.br/car/

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