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Por Redação

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 14 de setembro de 2025 às 7:52 h | Autor: Redação

Homo Ciber

Ou se controla a “IA” ou será preciso renomear a espécie

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Imagem ilustrativa da imagem Homo Ciber
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Livrar-se da angústia, intrínseca à consciência e ao conhecimento de si, presente a cada escolha da existência, na qual faltam projeto e finalidade, produz a “má-fé” –abusca de guiar-se por estruturas e crenças exteriores.

A mais nova – e muitíssimo preocupante – forma de entregar-se a manifestações impostas ao sujeito, de fora para dentro, é o mecanismo denominado “Inteligência Artificial” (IA), em flagrante paradoxo em termos.

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Nem se trata de “inteligência” pois opensamento não é um “cálculo” de repetições de ideias, portanto, desqualificando o adjetivo“artificial”; no entanto, a invenção vem produzindo também efeitos desastrosos.

Em um mundo no qual o culto à tecnologia assume ares de religião secular, tendo ao hipotético altar a “deusa” internet, os adultos rendem-se aos recursos caracterizados por rapidez e facilidade.

Com cada humano detido em seu dispositivo, anulam-se sociabilidades, exceto na migração para telas, refletindo sensação de desamparo por parte de jovens e crianças, aderindo às máquinas, como “terapia”: uma fuga desesperada.

Reportagem de manchete de hoje de A TARDE tem o cuidado de dar voz a diversos segmentos sob impacto da “IA”, desde vítimas a seus tutores e responsáveis, além de professores e pesquisadores dedicados ao cenário de incertezas.

O curto tempo é sinalizador de o quanto se precisa dedicar ao tema a importância proporcional, pois rapidamente a“IA” ganhou espaço, chegando ao absurdo de tornar-se “ego” cibernético “capaz” de “diálogo”. O diálogo – troca de razões a dois – que vem faltando às pessoas, notadamente pais e filhos, vem sendo substituído pela falsa relação com a “IA”, cultivando a geringonça a confiabilidade em falta no trato humano.

As “trocas” entre gente e computador já sinalizam a necessidade de política pública voltada para a proteção da saúde mental coletiva, antes da capitulação definitiva ao fascínio robótico.

Ou se controla a “IA” ou será preciso renomear a espécie: de “Homo Sapiens” para “Homo Ciber”.

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