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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos, com colaboração de Marcos Vinicius

ACERVO DA COLUNA
Publicado segunda-feira, 11 de agosto de 2025 às 11:59 h | Autor:

A Bahia aplaude Honorato e se redime de uma molequeira oficial

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

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Antônio Honorato, conselheiro aposentado do TCE
Antônio Honorato, conselheiro aposentado do TCE -

Nascido em Salvador, mas criado desde os 10 meses em Casa Nova, onde a família mora, Antonio Honorato de Castro Neto, cinco vezes deputado estadual, nos últimos 25 anos conselheiro do TCE, recebeu ontem a Medalha Ruy Barbosa, a mais alta honraria da Casa, numa cerimônia concorrida.

Lá estavam Jerônimo, o prefeito Bruno Reis e vários deputados federais, além dos conselheiros do TCM, o congênere do TCE, mais uma legião de amigos, todos batendo na mesma tecla: pelos exemplos de decência e dignidade, ele é o cara.

Em novembro de 2007, então presidente do TCE, Honorato foi preso e algemado pela PF na Operação Jaleco Branco, deflagrada contra supostos desvios de dinheiro. Seis anos depois, em 2013, o STJ o inocentou completamente. Ou, pior, sequer teve acusação contra ele.

Exemplo –Honorato não gosta de falar do assunto:

– Coisa ruim a gente joga no lixo e deixa lá.

Nem por isso ele deixa de figurar entre os erros monumentais do aparato institucional, que segundo se diz nos meios políticos, acabam parecendo, como no caso, uma molequeira oficial.

Foi por isso que ontem, na homenagem a ele, que seria realizada em 25 de julho, com ele ainda conselheiro (faria 75 anos dia 27) , mas na véspera a mãe dele, D. Altair faleceu, Marcos Presídio, o presidente do TCE, sintetizou:

– Honorato era o conselheiro dos conselheiros.

Ou seja, a Bahia botou as coisas no lugar, honra a quem tem.

E Marcelo Nilo ficou sem nada

Presente ontem na homenagem a Antonio Honorato, o ex-deputado Marcelo Nilo, que presidiu a Assembleia durante 10 anos, lembrava que a grande maioria dos conselheiros do TCE e TCM passaram por ele.

Mais que isso, Marcos Presídio, presidente do TCE, foi aprovado pela Alba por indicação dele próprio.

– E eu estou aqui assim, acabei sem nada.

Ano passado ele até tentou. Mas também não deu.

Ottinho diz que a decisão de ir para o TCE não depende só dele

A vaga de Antonio Honorato será ocupada por uma indicação direta do governador Jerônimo, e no tititi, os deputados federais Otto Filho (PSD), Daniel Almeida (PCdoB) e Afonso Florence (PT), hoje secretário da Casa Civil.

Dos três, Ottinho estava presente ontem na homenagem a Honorato. E a pergunta a ele foi automática: vai mesmo encarar o TCE?

– Isso não depende de mim. O partido avalia que perderia um grande puxador de votos.

De fato, em 2022 o PSD, partido dele, elegeu seis deputados federais e Ottinho foi o mais votado do Estado, com 200.909 votos. Ou seja, sozinho elege ele e mais um.

Pelas regras legais, o indicado de Jerônimo terá que ter mais de 35 anos e menos de 65, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis e de administração pública, idoneidade moral e reputação ilibada.

Ceasinha do Ogunjá quer axé após a quase expulsão

Quase expulsos da Central de Abastecimento de Salvador, ou a Ceasinha do Ogunjá, como o povo chama, no fim de maio, os 44 feirantes que lá trabalham e retornaram uma semana depois que a estrutura foi reforçada com escoras, dizem que agora acalentam a esperança de um tempo novo. Luis Vaz, que está lá há 44 anos, diz que o pessoal do governo já conversou com eles, mas até agora nada passou disso.

– A ideia é abrir espaços para o pessoal do interior colocar seus produtos aqui, iguarias típicas. Isso é muito bom, mas cabe também uma boa peixaria, atrair mais público.

Lá, a obra é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

POLÍTICA COM VATAPÁ - O garçom

Conta o jornalista Paulo Bina, que ficou no comando da Comunicação da Assembleia 39 anos, a partir de Coriolano Sales (1987-1989), que Antonio Honorato, cinco vezes deputado, agora recém-aposentado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), marcou sua trajetória pelo jeito afável, fino trato com todos, colegas também.

Gostava de brincar, fazer graça, sempre de bem com a vida por onde andava, na Alba e por aí.

E eis que um dia, ele presidente (de 1997 a 1999), viajando pelo interior, chegou em Capim Grosso, às margens da BR-324, parou num restaurante, entrou e foi logo estrilando:

– O que é que tem para comer aqui além do garçom?

E o garçom de lá, também a alto e bom som:

– Aqui não tem garçom para comer não. Só tem para lamber.

Gargalhada geral, inclusive da clientela. E quando souberam que tratava-se do presidente da Assembleia, um dos presentes fez a ressalva:

– O caso tem relevância!

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