A indústria bota o foco no futuro. O rumo é jogo limpo na natureza
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
![Carlos Henrique Passos: ‘O clima é positivo’](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1270000/724x500/A-Bahia-tem-relevancia-na-transicao-da-matriz-ener0127191900202405242026-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1270000%2FA-Bahia-tem-relevancia-na-transicao-da-matriz-ener0127191900202405242026.jpg%3Fxid%3D6256077%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720823507&xid=6256077)
Se dúvidas ainda houvesse de que os humores do clima planetário mudaram, a tragédia do Rio Grande do Sul ironicamente bateu o carimbo: é líquido e certo. Com um detalhe. Os sinais de que a falta de respeito com a natureza cobra a conta são muitos e o melhor: nossas cabeças pensantes estão ligadas.
Num papo com Carlos Henrique Passos, o presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), fica claro que esse é o tom da reza em todos os segmentos industriais.
— Sem dúvida, o rumo é esse. Nós temos enorme potencial para produzir o hidrogênio verde com energia limpa, o que nos livra do lado prejudicial do carbono. E 93% da energia que produzimos (hidrelétrica inclusa), mais com a solar e a eólica, é renovável, é limpa.
Cimatec do Sertão — Carlos Passos cita que a questão da produção do hidrogênio verde é que exige muita energia. E nós estamos em franca expansão. Ele cita o Cimatec do Sertão, em Conceição do Coité, já em fase de implantação, que vai aproveitar 100% do sisal.
Carlos Passos dá um volteio no passado para mirar o futuro. Lá atrás, Rômulo Almeida fez o Polo Petroquímico de Camaçari, que hoje vai oferecer a expertise química e a água suja de lá, como depois a Fieb, com José de Freitas Mascarenhas criou o Cimatec, que agora produz pesquisas químicas e tecnológicas para tocar os projetos.
Gargalos — O cenário positivo, segundo Carlos Passos, tem alguns gargalos em três pontas, na educação, na infraestrutura e no mercado.
— Educação é um problema na Bahia. Temos que melhorar o nível, falta mão de obra por despreparo. Queremos chegar em 2030 com 80% dos alunos formados no tempo certo. Hoje, apenas Dom Macedo Costa atinge esse nível. Grande parte chega a 50%, mas 255 municípios estão abaixo, que é igual a zero.
O caminho do ajuste é longo. Na infraestrutura há problemas nas rodovias, espinha dorsal, ferrovias, portos e aeroportos. E o mercado se prejudica. Mas adiante falamos disso.
Colaborou: Marcos Vinicius
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