A pesquisa do Paraná dá o ‘start’ para o tititi de 2024 em Salvador
Pelos números, Bruno Reis vai bem e o seu padrinho, ACM Neto, melhor ainda
Se diz, com razão, que pesquisa é o retrato de um momento. Se assim o é, a do Paraná ontem divulgada configura o cenário da largada para 2024 em Salvador, sem maiores novidades, ressalte-se. Pelos números, Bruno Reis vai bem e o seu padrinho, ACM Neto, melhor ainda, enquanto o nicho que pode produzir um adversário competitivo, o time de Jerônimo, pulverizado.
Jogo não importa muito como começa, mas principalmente como termina. Para refrescar a nossa memória, nas três últimas eleições em Salvador, ACM Neto começou bem e acabou bem. Mas ano passado, na disputa para o governo ele começou bem e acabou mal. Para ele continuar almejando o governo como candidato competitivo, acabar bem também em 2024 na capital é fundamental.
Torre de Babel —Dar uma pancada em Neto na capital é o sonho de verão dos petistas e agregados do entorno de Jerônimo. Mas até agora, quando se trata de sucessão em Salvador a banda governista vira uma Torre de Babel, cada um falando uma língua.
A deputada federal Lídice da Mata, do PSB, diz que quer ser ouvida, a deputada estadual Olívia Santana, do PCdoB, diz que o partido também quer, ‘de preferência uma negra’ (ela mesma), Geraldo Júnior (MDB), o vice-governador, até admite conversar, mas se houver união, e o PT, partido do governador, ensaia um nome, o do deputado estadual Robinson Almeida.
Governistas dizem que a tática da pulverização de candidaturas para unir num segundo turno já não deu em 2020. E 2024 será outro papo. Aguardemos os próximos capítulos.
Pedro Tavares busca resposta: por que o cacau não tem credito?
Por que de 2018 para cá o Pará tomou a liderança nacional da produção de cacau?
A produção é quase a mesma , em torno de 150 mil toneladas, mas isso é sinal de que algo acontece por lá que cá não existe.
Fala o deputado estadual Pedro Tavares (UB), que está atrás de uma resposta:
— Uma coisa é líquida e certa: lá, o governo do Estado criou as condições para que os produtores tenham acesso ao crédito. Aqui, não. Há mais de 30 anos estamos esquecidos.
Diz Pedro que a vassoura de bruxa deixou um legado perverso e um deles foi a decisão dos bancos de travar as linhas de crédito para o setor, especialmente por conta da herança maldita com bancos, uma dívida de mais de R$ 2 bilhões, que segundo os produtores, peneirando a gorduras, fica em torno de R$ 1 bilhão. ‘Está na hora de mudarmos isso’.
Rosemberg e o rebú da Ponta
Lider do governo na Assembleia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) diz não entender o questionamento sobre a legalidade das terras da Ponta dos Castelhanos, na Ilha de Boipeba, em Cairu.
— A lei foi seguida rigorosamente. E tanto o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) disseram oficialmente que a área é privada. Qual é o problema?
Na Terra Máter, é Cláudia e Jânio ou Jânio e Cláudia
Cláudia Olveira (PSD), duas vezes prefeita de Porto Seguro, agora deputada estadual, festejou ontem o fato do TCM ter aprovado as contas dela de 2020. O conselheiro José Alfredo, relator, pediu a rejeição, mas Nelson Pelegrino deu um voto divergente e ganhou de 4 a 2.
Aí vem a pergunta a Cláudia: e a Sra. pretende se candidatar a prefeita em 2024?
— Não. Tô fora.
Ela pode até não querer, mas em todas as rodas políticas de Porto Seguro ela entra como potencial adversária do prefeito Jânio Natal (PL), que também ainda não disse se vai disputar a reeleição, mas no início deste mês foi (re) lançado por João Roma. O duelo será entre eles.