A última de Moro: fixou residência num hotel em São Paulo. Pode? | A TARDE
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A última de Moro: fixou residência num hotel em São Paulo. Pode?

Magistrado se detonou quando renunciou à função para virar ministro de Bolsonaro

Publicado quarta-feira, 18 de maio de 2022 às 06:06 h | Autor: Levi Vasconcelos

Magistrado virar político tem casos raros de sucesso. Até porque a magistratura impõe a seletividade das relações pessoais e profissionais, enquanto a política é o oposto, um ajuntamento de deuses e diabos, todos santos desde que estejam na mesma barca. Foi aí que Sérgio Moro se estrepou, um show de inabilidade nas duas bandas.

Como magistrado se detonou quando renunciou à função para virar ministro de Bolsonaro, carimbando o que os petistas sempre disseram, ele agiu politicamente. Viu sua moral desabar quando o STF anulou as condenações que ele impôs a Lula por conta do sítio em Atibaia, deixou o Ministério da Justiça, se filou ao Podemos dizendo-se candidato a presidente e de repente largou tudo e filiou-se ao União Brasil, o partido de ACM Neto, para ser candidato lá.

Ingenuidade —Ora, quando Moro foi para o Podemos isso teve um custo. Aqui na Bahia, por exemplo, o deputado federal João Carlos Bacelar deixou o partido. De repente, ele sem mensurar nada, muda para o UB. Santa ingenuidade ele achar que ia descer de paraquedas no partido mais endinheirado do Brasil  e seria tratado como rei.

Agora vem a cereja do bolo: ele mudar o domicílio eleitoral para São Paulo sem residência lá. E sai com a desculpa de que fixou residência em um hotel. E tão pueril que parece algo infantil.

Nesse tiroteio ele não tem exército, não tem quem o defenda. E ele pessoalmente, até agora, só produziu um resultado objetivo: devolveu os votos que tirava de Bolsonaro enquanto estava no páreo, já que, no time de Lula ele só fede, não cheira. E agora passa a sensação de que morreu antes de nascer. Foi abortado.

Big Data confirma o cenário, é Neto contra a polarização

 A pesquisa TV Real Time Big Data/TV Record ontem divulgada dá Neto 55%, Jerônimo 18 e João Roma 10. Na rejeição, dá Jerônimo 29, João Roma 28 e Neto 17 (Kleber Tosa, do PSOL, teve 26).

Nada de novo. Apenas carimba o cenário que desde o início se delineou para a peleja 2020, ACM Neto cheio de popularidade, enfrentando Jerônimo Rodrigues, do PT, que tem a máquina estadual e Roma, que tem a federal.

Curioso é que Jerônimo e Roma têm a esperança de crescer no rastro dos padrinhos, um com Lula e outro com Bolsonaro, mas  deles até agora só herdaram as rejeições. 

Os dois cobram, com razão, que as pesquisas incluam perguntas engajando os links federais com eles. Eis a questão: Neto vai aguentar?

Vexame na enfermagem

Estava tudo programado para a realização de uma sessão especial da Comissão de Promoção da Igualdade da Assembleia, ontem pela manhã, em homenagem ao 12 de maio, o Dia do Enermeiro, mas não apareceu ninguém.

Aliás, a presidente da Comissão, Fátima Nunes (PT) estava lá. O federa Jorge Solla (PT) também apareceu. Na sala, só o pessoal da TV Assembleia.

Prefeito de Andorinha fica com Jerônimo, por gratidão

Circulando por Salvador, Renato Brandão, prefeito da pequena Andorinha, pouco mais de 15 mil habitantes, também presidente do Consórcio da região de Senhor do Bonfim, pertence ao PP de João Leão, mas no racha ficou com Jerônimo:

Renato Brandão: ‘Foi gratidão. Andorinha está bem atendida’
Renato Brandão: ‘Foi gratidão. Andorinha está bem atendida’ |  Foto: Levi Vasconcelos | Ag. A TARDE
 

— Respeito Leão, nosso líder, mas eu não podia ter outra atitude. É gratidão. O município tem sido bem atendido.

Agora, Renato, reeleito em 2020, diz que deixa tais querelas de lado para correr atrás de dinheiro em Salvador e Brasília,  algo em torno de R$ 8 milhões, para construir duas barragens, uma no Rio Pindaba, outra no Caraibinha.

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