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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado terça-feira, 04 de outubro de 2022 às 6:00 h | Autor:

ACM Neto, de favorito ao 2º turno como num mato sem cachorro

Dizem que a aposta de Neto seria ganhar no primeiro turno para evitar a situação em que ele está

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ACM Neto: sem referência federal, encara o Jerônimo de Lula
ACM Neto: sem referência federal, encara o Jerônimo de Lula -

Claro que a questão federal influencia a estadual de forma cabal. E também é claro que ACM Neto sabe disso. Adotou o tanto faz por ser o discurso possível. E agora vai ao segundo turno tendo a influência federal, no caso, Jerônimo colado com Lula, como principal adversário.

Ironias da política. Neto terminou 2021 e entrou em 2022 como favorito absoluto em todas as pesquisas. Parecia ter sido ajudado pela escolha de Jerônimo, um desconhecido, como candidato do PT. Mas quase perde. E vai ao segundo turno em nítida desvantagem.

ACM Neto está só contra Jerônimo ancorado em Lula. A questão: ele vai ficar assim, mantendo o discurso do tanto faz, ou vai adotar outra posição? Só há duas opções, ambas ruins: ficar só, como está, ou fechar com Bolsonaro.

Sem saída — 6de Bolsonaro, uma vantagem de mais de 3,8 milhões de votos, o que aliás todas as pesquisas já vinham apontando. Neto teve muito voto casado com Lula. Arriscaria chutar o que teve para apostar em Bolsonaro?

A situação atual é a que mais Bolsonaro almejou. E tem lógica. Um apoio forte como o de Neto, acredita-se, no mínimo o ajudaria a reduzir o tamanho da diferença na Bahia.

Em tese, ele agregaria os mais de 700 mil votos dados a João Roma, um ex-compadre que virou inimigo. Em compensação, pagaria o preço de entrar em rota de colisão com a onda Lula, forte cá.

Dizem que a aposta de Neto seria ganhar no primeiro turno. Exatamente para evitar a situação em que ele está.

Luís Eduardo e Buerarema, os únicos que Bolsonaro ganhou

Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, e Buerarema, na região do cacau, foram os dois únicos municípios baianos em que Bolsonaro venceu Lula, no primeiro de 54,02% a 41,43% e no segundo de 53,37% a 38,95%.

Os dois casos têm a briga por terras como pano de fundo. Luís é a capital do agronegócio na Bahia, um segmento em que Bolsonaro sempre foi forte, e em Buerarema, próxima a Itabuna, tem a guerra histórica entre fazendeiros e os índios tupinambás. Os fazendeiros dizem que o PT, junto com movimentos sociais, a exemplo do MST, dão guarida aos índios.

O detalhe curioso é que em ambos, na peleja estadual, ACM Neto ficou na frente, mas o segundo colocado foi João Roma e Jerônimo em terceiro. Nos dois município a maioria da população corre da esquerda como o diabo da cruz.

Ciro Gomes e a palavra dada

Leo Bala, radialista, estava ontem entre amigos tirando um bem humorado sarro de Ciro Gomes, o presidenciável do PDT.

— Ciro disse e bateu pé firme que não ficaria em terceiro lugar e não ficou. Ficou em quarto.

Aliás, Ciro este ano teve a orientação do marqueteiro baiano João Santana, o Patinhas. Se comparado com 2018, Ciro piorou. Ao invés de subir, como diz Leo, desceu.

Em Feira, os aliados de Zé Ronaldo se saíram mal

Dizem em Feira de Santana, o segundo maior colégio eleitoral da Bahia, que Zé Ronaldo (UB), ex-prefeito e líder, se deu mal nas urnas de domingo. Os candidatos por ele apoiados, Zé Chico (UB) a federal e Carlos Geílson (SD) a estadual tiveram votações pífias, o primeiro com 34.540 votos e o segundo com 15.912.

Zé Neto (PT) se reelegeu federal apanhando lá 62.914, mas a cidade agora só tem ele em Brasília. A deputada federal Dayane Pimentel (UB), que em 2018 se elegeu no embalo da onda Bolsonaro, perdeu a reeleição.

Já para estadual os dois da cidade, José de Arimatéia (Republicanos) e Angelo Almeida (PSB) se reelegeram, mas a representação encolheu.

REGISTROS

Festa na PM

Um resultado que bateu bem entre oficiais da PM baiana foi a derrota do cantor Igor Kannário (UB), deputados federal. Ele teve pouco mais de 20 mil votos, bem menos que os 54.858 obtidos em 2018 pelo PHS. Ou seja, definhou.

Ruim de urna

Dizem em Juazeiro que Targino Gondim, filho da terra que brilha no forró, é bom de sanfona, mas ruim de urna. Domingo, teve pouco mais de 9 mil votos na tentativa de eleger-se deputado federal pelo Republicanos. Em compensação, sexta completa 44 anos e vai festejar na 4ª edição do Festival do Forró de Mucugê, por ele idealizado, de quarta a domingo da semana que vem.

Sem padrinho

Mariana Oliveira (PT), candidata a federal, teve 15.490 votos, e os estaduais Juliano Cruz (SD) 12.868, e Kátia da Saúde (PSB) 6.700, são filhos da terra e foram os mais votados em Jacobina. Todos se unem num ponto: nenhum teve apoio do prefeito Tiago Dias (PCdoB).

O peso do santinho

Se os santinhos têm peso eleitoral, não se sabe, mas peso mesmo, de verdade, têm. A Limpurb coletou 132 toneladas de santinhos pelas ruas de Salvador. O recorde foi em 2020, com 150 toneladas.

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