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Agora Binho Galinha se complicou, é o que dizem no tititi da Alba

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

Publicado quarta-feira, 10 de abril de 2024 às 00:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
Binho Galinha, acusações ‘de fora pra dentro’, caso único
Binho Galinha, acusações ‘de fora pra dentro’, caso único -

Foi com muita cautela que os deputados estaduais baianos reagiram à Operação El Patron, deflagrada em dezembro do ano passado contra o deputado Binho Galinha (Patriotas). Esperar o resultado oficial das investigações era a palavra de ordem. Ontem, com a Operação Hybris, uma nova investida contra o mesmo alvo, a cautela foi mantida, mas algo virou consensual: Binho se complicou.

Binho Galinha, ou Kleber Cristian Escolano de Almeida, sempre foi um sujeito de bom trato entre colegas e se dizia que ele tinha ligações com o jogo do bicho. Ontem, um deputado falou: ‘O futuro dele como político já estava na UTI. Agora acabou de vez’.

Mau sinal —Se diz intramuros que uma nova operação, pelo tamanho que foi, com a prisão de policiais acusados de envolvimento e também da esposa do deputado, foi um agravante de peso. Como disse um deles: ‘Se a polícia achou necessária uma nova Operação, é sinal de que precisava de mais investigações’.

Ao anunciar ontem os nomes governistas para o Conselho de Ética, que vai ser instalado hoje, o deputado Rosemberg Pinto (PT), líder do governo, fez questão de repetir o que já vinha dizendo: ‘Não tem nada de específico para o Conselho’.

Mas o presidente Adolfo Menezes (PSD), que há muito vinha cobrando a instalação do Conselho, diz que a instância é quem deve tomar ‘as medidas cabíveis’.

Ou seja, o caso ainda está em andamento, mas é como diz um deputado, ‘uma notícia ruim em cima da outra, é mau sinal’.

Colaborou: Marcos Vinicius

Em Nova Ibiá, a briga pelo SD deixa Pastor Bruno complicado

Nova Ibiá, no Baixo, vizinho de Gandu, protagoniza um caso único nas eleições deste ano. O caso: o partido Solidariedade (SD) sempre foi aliado do prefeito Murilo Souza (Avante), mas o presidente estadual, o deputado Luciano Araújo, numa canetada destituiu a Comissão Provisória e entregou a legenda ao Pastor Bruno, candidato a prefeito.

Bruno se filiou e iria enfrentar Márcio Tarantini (PSD), o candidato do prefeito corria, mas desde anteontem perdeu e está enroscado. O presidente destituído, Pedro Camilo, entrou com um mandado de segurança na Justiça e o juiz Paulo Albiani Alves, da 10ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, acatou.

É que antes das convenções o caso é com a Justiça Comum. O advogado de Pedro, Conrado Nunes, diz que mesmo para destituir Comissões Provisórias há regras a cumprir.

— Não obedeceram nada.

Cocorobó, um caso anormal

Jafé Medeiros, profundo conhecedor do sertão, diz que a cheia no rio Vaza Barris, que provocou o transbordamento do açude de Cocorobó, é absolutamente anormal.

— O Cocorobó transbordou 22 anos atrás, mas agora foi coisa que aqui nunca se viu.

Ele conta que o sertão de Canudos tem uma convivência íntima com a seca e por isso a enchente que matou uma pessoa e desalojou centenas é algo excepcional.

Conselho de Ética da Alba até que tem pouco trabalho

O Conselho de Ética da Assembleia, a ser instalado hoje, até que, historicamente, não tem lá muito o que fazer. Lá pelo início dos anos 90, a deputada Maria José Rocha (PCdoB), adversária de ACM, foi alvo de uma ação por ter emitido, na época, 20 mil telegramas às custas da casa. Foi muito barulho, mas acabou dando em nada.

Na legislatura passada o alvo foi o deputado Capitão Alden (PL), hoje federal. Ele se enroscou ao dizer que sabia que havia deputados ‘recebendo mesadas da Prefeitura de Salvador’. Pediu desculpas e o caso também acabou arquivado. Nos dois episódios as motivações foram internas. Com Binho Galinha, as acusações são de fora. É uma situação única.

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