Anda o projeto que acaba eleição de dois em dois anos; Otto vibra
Confira a coluna de Levi Vasconcelos deste sábado

Em 2022 Jerônimo se elegeu governador. Assim que sentou na cadeira começou a receber pressões de aliados sobre as eleições de 2024, as dos prefeitos. Fechada esta página ano passado, ano que vem tem outra, a do próprio Jerônimo, que vai tentar a reeleição.
O Brasil está assim, só se fala em política eleitoral. E o pior, quem paga a conta somos nós. Diz o senador Otto Alencar (PSD), um dos grande inimigos do modelo, que a cada pleito custa bilhões aos cofres públicos.
– É uma situação perversa. O tempo que deveríamos gastar discutindo políticas públicas, vai todo em disputas eleitorais. Sem falar que o dinheiro que poderia bancar muitas obras é gasto para financiar isso.
Mudanças – Os defensores da tese de que as regras do jogo têm que mudar, como Otto, ganharam um bom alento esta semana quando a CCJ do Senado botou para andar o projeto de lei que muda as regras para as eleições. As principais alterações:
1 – As eleições passam a ser de cinco em cinco anos, com os mandatos executivos (prefeito, governador e presidente), sem direito a reeleição.
2 – O mandato de senador passa de oito para dez anos.
Otto acha que o projeto tem uma boa chance de emplacar. Até porque, a inquietação no mundo político com essa de uma eleição atrás da outra incomoda. Ademais, com os deputados muito pouco mudaria. Eles teriam mandato de cinco anos com direito a reeleição e ponto.
Filho de Zedafó acha que com Jerônimo o PDT ficou melhor
Ex-prefeito de Araci e coordenador do Movimento Municipalista do PDT, Silva Neto, filho do também ex-prefeito José Eleotério de Jesus, o Zedafó, diz que ao voltar para a aliança com o PT, nos braços de Jerônimo, o partido fez a coisa certa.
– Quando era aliado do PT, o PDT era muito mais forte e maior. Agora ele vai voltar a ter o tamanho que merece.
Silva Neto é tido como PDT-raiz. Hoje, os quadros mais expressivos ligados ao partido, além do deputado federal Félix Mendonça Jr, são o também deputado federal Leo Prates, o estadual Penalva e a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Mattos, todos de ACM Neto.
Se os três já declararam lealdade ao líder, na outra banda o PDT articula a sua entrada no governo. Dizem nos bastidores que está de olho em duas secretarias, Planejamento e Ciência e Tecnologia, ou o comando do Detran.
UPB abre espaço para as mulheres. E ainda é pouco
Wilson Cardoso (PSB), prefeito de Andaraí e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), diz que uma das grandes chagas da nossa sociedade é a discriminação contra as mulheres.
É para dar uma contribuição para enfrentar o desafio de vencer esse mal que ele inaugura terça (9h) o Espaço UPB Mulheres Municipalistas Prefeita Rilza Valentim (ex-prefeita de São Francisco do Conde, falecida em agosto de 2014, no mandato).
– Estou apenas aplaudindo a iniciativa da prefeita Mona Lisa Tavares (UB), de Ibicaraí, que responde pela Diretoria das Mulheres. E a Rilza, além de ser prefeita, era uma mulher negra.
O evento inclui outras iniciativas, como um sistema multimídia da sala de reuniões.
Disputa em São Francisco
Nas redes de São Francisco do Conde corre forte que o deputado estadual Rosemberg Pinto é candidato à presidência do diretório local do PT, tendo a esposa, Vanessa Vilas Boas, que é secretária de Educação do município, como vice.
O advogado Luan Santos, que é ligado ao vice-prefeito Marivaldo do Amaral, ex-presidente do PT, se lançou contra o casal. Diz que ‘partido familiar não dá’.
POLÍTICA COM VATAPÁ
Opção fotográfica
Duas vezes governador da Bahia (nomeado como interventor de 1931 a 1937, nomeado na ditadura de Getúlio Vargas, outra de 1955 a 1958, eleito pelo voto), o general Juracy Magalhães em 1964 era embaixador do Brasil nos EUA quando recebeu um telegrama do presidente Castelo Branco, o primeiro da ditadura militar instalada naquele ano, para ser ministro da Justiça.
Conta Sebastião Nery que ele exibiu o telefone para todo mundo, tomou posse no Ministério, empacou com o fotógrafo na hora de fazer a foto oficial.
– Vamos fazer com a mão no peito.
– Não, não. O Napoleão Bonaparte já tem foto assim.
– Então vamos fazer com a mão no bolso.
– Também não. O Joaquim Nabuco já é assim.
– Então com os braços estendidos...
– Essa já é do Amaral Peixoto, ele está assim.
– Então vamos fazer só o rosto, sem nada.
Fechou a cara e falou bem alto:
– E você acha que o meu rosto é nada, sêo moleque! Me respeite.
A foto saiu só o rosto.