Apesar de longe, reeleição de Adolfo na Alba só se ele não quiser
Confira a coluna de Levi Vasconcelos deste sábado, 18
Dizem que no Brasil colou essa mania, discussão política é sempre eleição. Acabou 2022, o papo é 2024 e logo depois entra 2026. E por que a da presidência da Assembleia ainda vai acontecer em fevereiro de 2025 e passou por cima da de 2024?
Adolfo Menezes (PSD), que já estava desde os últimos dois anos de Rui Costa e agora pega os primeiros de Jerônimo, seria o principal beneficiário de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional), amplamente apoiada, que permite a reeleição, mas corta a conversa.
— Está longe demais. É em 2025, ainda não estou nem na metade do mandato.
O deputado Marcelinho Veiga (UB) explica a antecipação.
—É simples. Para ter reeleição tem que ter PEC, por isso o debate está aí.
Melindres —A PEC passa fácil. A questão é o STF. Já proibiu reeleição no Senado e na Câmara, cá vai deixar? Segundo o deputado Vítor Bonfim (PV), os sinais apontam que sim.
— 24 dos 27 Estados já aprovaram suas PECs e o STF não disse nada.
Faça-se a ressalva, Adolfo seria beneficiário, mas a iniciativa é porque é ele o presidente, mas não dele. Com fama de pão duro entre funcionários, Adolfo ostenta uma qualidade muito festejada na vida em geral e na política em particular, cumpre palavra.
É daí que outros deputados, como o ex-presidente Nelson Leal (PP), autor da PEC baiana, não querem mudar a situação atual. Com Adolfo, fica tudo estabilizado, sem ele é sinal de incertezas. A tendência é amplamente favorável. Ou seja, Adolfo só não fica se não quiser ou se o STF não deixar.
Ivana e Rosemberg estão na fila com o olho na presidência
O posto de Adolfo Menezes é mirado pela deputada Ivana Bastos (PSD) e pelo deputado Rosemberg Pinto (PT), hoje líder do governo na Assembleia, ambos da base governista.
Ivana é do PSD, cujo líder é o senador Otto Alencar, o mesmo de Adolfo, que diz ser amigo dos dois, afirma que a questão da reeleição é assunto interno da Assembleia, mas ressalva que na eleição anterior ficou acertado que a próxima seria Ivana. Por seu turno, ela afirma que jamais vai brigar ‘com o meu amigo Adolfo’.
Rosemberg nada diz, mas a federação que tem 17 deputados (9 do PT, 4 do PCdoB e 4 do PV), é discreta sobre o assunto. Já no União Brasil, o UB de ACM Neto, que tem a maior bancada, com 10 deputados, a reação vem do deputado federal Elmar Nascimento, adversário principal de Adolfo em Campo Formoso.
Itaparica na Consciência
Itaparica preparou um calendário especial para marcar o mês da Consciência Negra. De hoje até o dia 29 acontece o I Encontro dos Povos de Terreiro de Itaparica, a Caravana Lolá Odara, o Festival do Acarajé e a V Caminhada contra a Intolerância Religiosa.O prefeito Zezinho Oliveira (PTB) diz que Itaparica sempre foi palco de importantes acontecimentos na história baiana e é dever lembrar a importância negra.
Renúncia de Nilo Coelho deixou Sudoeste surpreso
Natural de Brumado, no sudoeste baiano, o deputado Vítor Bonfim (PV), admite que a renúncia do ex-governador Nilo Coelho à Prefeitura de Guanambi, semana passada, foi uma surpresa.— Todos esperavam que ele fosse levando até o fim e não mais se candidatasse.O ex-deputado Raimundo Sobreira, 86 anos, que foi secretário das Minas e Energia no governo de Nilo e virou amigo pessoal, diz também ter ficado surpreso com a renúncia, mas diz que Nilo está no time dos que deram bom recado.— Nilo fez a ponte da Lapa, abriu estradas no oeste, viabilizou o agronegócio por lá. Tínhamos na época 600 mil imóveis sem energia, criou o Interluz, embrião do Luz para Todos, iluminou 400 mil.