Às vésperas do início da campanha, Bolsonaro mergulha nas cabeçadas | A TARDE
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Às vésperas do início da campanha, Bolsonaro mergulha nas cabeçadas

Bolsonaro vive um momento de grande baixo astral, parte produzida pelo próprio voluntariamente

Publicado quinta-feira, 21 de julho de 2022 às 05:30 h | Autor: Levi Vasconcelos
Presidente distribue agressões contra a mídia e tem sido o maior cabo eleitoral de Lula
Presidente distribue agressões contra a mídia e tem sido o maior cabo eleitoral de Lula -

Aristides Menezes, da Barra, Salvador, pergunta: não fica parecendo que vocês jornalistas em geral têm uma birra com Bolsonaro?

Amigo, se olhares direitinho, você verá que mais parece o inverso. Ele é que sai distribuindo agressões contra a mídia e jornalistas. E também tem sido o maior cabo eleitoral de Lula.

Aliás, às vésperas do início da campanha, Bolsonaro vive um momento de grande baixo astral, parte produzida pelo próprio voluntariamente ou por efeito retardado.

Ao convocar os embaixadores para atacar as urnas eletrônicas, o que fez o mandato inteiro, recebeu a pior pancada ao ver os EUA dizerem que o sistema eleitoral brasileiro é um modelo para o mundo. No tempero, o suicídio do diretor da Caixa, Sérgio Paulínio, que era amigo de Pedro Guimarães, o que caiu acusado de assédio, e mais o baculejo da PF na Codevasf pegando falcatruas lá.

Histórico —Nada surpreendente. Veja que em 2018 Bolsonaro já não tinha grupo ou uma base de sustentação, partidária ou social. Ele ganhou a eleição recebendo uma facada a 30 dias do pleito, o que o levou a ganhar todas as mídias 24 horas por dia sem abrir a boca por motivo justo.

Na reta da chegada em 2018, por conta de tudo isso formou-se um ajuntamento de gente de todos os lados em nome da moralidade.

As circunstâncias ditaram que a realidade assim o é, meu caro Aristides. E os jornalistas apenas não entraram no tal ajuntamento.

Urucubaca anda à solta na região do Baixo Sul

E por falar em urucubaca à solta, dizem no Baixo Sul que circulou por lá no São João, quando a justiça proibiu o forró em Teolândia, Wenceslau Guimarães e Tancredo Neves, mas ainda não saiu do pedaço.

O prefeito de Tancredo, Carlos Alberto Liotério (Republicanos), o Kaká, sofreu imenso desgaste por ter acatado a decisão da justiça sem pestanejar e pensou que recuperaria o prejuízo com os 60 anos do município, festejado no fim de semana, coroando segunda com um show de Amado Batista.

Logo no começo da apresentação ele parou:

— Se vocês não arrumarem esse som eu não volto, tá?

Saiu e só voltou para pedir desculpas, mas não mais cantou. A Prefeitura soltou  nota de repúdio, o povo se dividiu entre os que xingam Amado  e os que xingam o prefeito.

Incidentes em postes 

Diz a Associação dos Provedores de Internet da Bahia (Probahia) que amanhã os provedores que atuam na região de Feira de Santana vão se reunir para elaborar um plano com medidas preventivas, documentação e investigação das possíveis causas dos incidentes em alguns postes da cidade.

Eles estão sendo apontados como culpados por incêndios na fiação e queda de postes. Não só lá, ressalte-se.

As áreas industriais estão escassas na Bahia, diz Raul

Raul Menezes, presidente do Sindicato das Indústrias de Cosméticos da Bahia e também presidente do Conselho da Micro, Pequena e Média Indústria (Compemi) da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), diz que o próximo governante da Bahia, seja ele quem for, deve ficar atento a um fato: as áreas disponíveis para a implantação de condomínios industriais no Estado estão bastante escassas:

— Nós levamos em conta principalmente a logística, o que inclui porto, aeroporto e estradas. E por aí, a dificuldade é grande.

Raul andou pelo Estado ao lado de Franklin Santos, conselheiro do Sebrae, e os dois batem na mesma tecla: as áreas já existentes estão saturadas. 

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