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Levi Vasconcelos

Por [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 02 de novembro de 2019 às 6:00 h | Autor:

Até parece que o melhor para os Bolsonaro seria mesmo a ditadura

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Bolsonaro, eleito pelo voto, sem traquejo democrático Foto: AFP
Bolsonaro, eleito pelo voto, sem traquejo democrático Foto: AFP -

Por mais que se tente evitar o contágio pela enxurrada de energias negativas que emanam do Planalto, com Bolsonaro e filhos à frente, não se consegue. E eis que agora entra em cena o deputado Eduardo Bolsonaro, dizendo que, se preciso, recorreria à reedição do AI-5, o mais violento dos atos da ditadura militar contra os preceitos democráticos. Era só o que faltava.

Ele se desculpou, o pai o desautorizou, mas o histórico da era Bolsonaro no poder indica que o caso é sério. Afinal, o próprio presidente faz apologia a ditadores, como o chileno Augusto Pinochet, e também a torturadores do regime militar.

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Sem molejo — Ademais, chegou ao poder pela via democrática, o voto, assim como o filho Eduardo evoca os seus 1.843.735 votos obtidos em São Paulo, um recorde histórico, mas nada demonstram de traquejo no jogo político democrático.

Muito pelo contrário, enxotam aliados de campanha com disparos verbais e pelas redes dignos dos mais clássicos embates com inimigos. Gustavo Bebiano, o ministro da Casa Civil, foi o primeiro a cair em desgraça. Depois veio João Doria, governador de São Paulo, e aí desembestou, com a deputada Joyce Hasselmann no bojo da briga interna com o próprio partido, o PSL, até culminar agora com Wilson Witzel, do Rio de Janeiro.

Se trata os aliados assim, imagine os adversários. Para quem assim age, só mesmo a ditadura. Com AI-5, claro.

Sinal de alerta em Alcobaça

Pequenos pedaços de óleo, do tamanho de uma tampinha de garrafa, apareceram ontem nas praias de Alcobaça, o primeiro vizinho ao norte de Caravelas, a área onde fica o Arquipélago de Abrolhos.

Nas redes sociais do extremo sul alguém postou um vídeo conclamando a população e a ir para as praias ajudar a limpar a sujeira, com o aviso: ‘O bicho chegou, ou pegou, entenda como quiser, mas venha’.

Heraldo Rocha mira Macarani

Deputado estadual por cinco mandatos, de 1991 a 2011, o médico Heraldo Rocha, aos 77 anos, está se preparando para entrar firme na briga política de 2020.

Heraldo é carioca de Itaperuna, que cedo adotou a Bahia. Está de olho na prefeitura de Macarani, no sudoeste, na divisa com Minas, onde sempre teve grande atuação nos seus tempos de deputado.

– Os amigos lá estão querendo. Estou avaliando.

Bellintani e os ‘merdinhas’

Normalmente comedido, de linguajar arejado, Guilherme Bellintani, em entrevista na Metrópole, saiu do tom ao falar sobre a anulação de um gol do Bahia, pelo VAR, na derrota para o Santos, anteontem:

– O que existe hoje são uns merdinhas que ficam em uma salinha decidindo quem ganha o jogo.

No mundo político dizem que os maus resultados do Bahia são pedras para ele, que quer disputar a prefeitura de Salvador em 2020.

Pescadores, as vítimas do óleo, vão discutir o defeso

Segundo o Ministério da Agricultura, a Bahia tem 43.200 pescadores. É só isso? Claro que não. Para além dos não registrados, ainda há as marisqueiras, outro número grande. E, mesmo assim, o governo liberou o defeso para 60 mil pessoas em todo o Nordeste.

Raimundo Costa (PL), deputado federal e presidente da Federação Bahiana da Pesca, vai reunir terça (9h), na Secretaria da Agricultura, um técnico do INSS, que fará palestra sobre o defeso, mais Ibama, Inema, Capitania dos Portos, II Distrito Naval, MPF e todo o aparato institucional para discutir o estrago do óleo na Bahia. O consenso geral dita que é o maior desastre ambiental da história do Brasil e os pescadores são as primeiras vítimas.

POLÍTICA

COM VATAPÁ

Dois em um

Em homenagem aos 107 anos de A TARDE, completados dia 15 último, uma história dos nossos registros políticos.

Paiva Lima, rei do jogo do bicho na Bahia na década de 40, início dos anos 50, decidiu se candidatar a deputado.

Pedindo um conselho aqui, outro acolá, chegou à conclusão de que deveria maquiar a imagem, cunhou slogan:

O verdadeiro Paiva Lima.

Sílvio Valente, que fazia coluna em A TARDE com a assinatura Pepino, o longo, terror dos políticos na época, publicou:

Embora me fuja a rima, sigo da rima no encalço.

Existem dois Paiva Lima, o verdadeiro e o falso.

Na Assembleia, o danado será talvez o primeiro.

Será falso deputado? Deputado verdadeiro?

Quis entrar na Academia, mas a eleição deu em nó.

Porque ali não havia duas vagas para um só.

Termino aqui esta rima que não tem fito nenhum, desejando ao Paiva Lima que seja ao menos um.

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