Baía de Todos-os-Santos, a capital da Amazônia Azul
Confira a coluna deste domingo de Levi Vasconcelos
Se você quer fazer um passeio de lancha em águas oceânicas calmas, a Baía de Todos-os-Santos tem. E na vastidão dos seus 1233 quilômetros quadrados tem de tudo, da gastronomia toda lincada com o mar, passando por ilhas, belas paisagens, até dar de cara com os navios que entram e saem do Porto de Salvador.
E tem mais. Em todos os seus recantos há belas marcas históricas, com igrejas, conventos e afins. Compreensível. É aí que está o berço da colonização portuguesa, ou foi por aí que o Brasil começou.
O cenário, com todos os seus penduricalhos, é evocado por Eduardo Athayde, presidente da Comissão de Economia do Mar da Associação Comercial da Bahia (ACB) e também vice-presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), para justificar:
— E além de tudo é a maior baía do Brasil. Sem dúvida é justo chamá-la A Capital da Amazônia Azul.
Amazon blue —Ele expôs o painel tintin por tintin nos debates sobre a Economia do Mar promovidos por A TARDE no embalo do Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, realizado quinta e sexta no Hotel da Bahia.
— O nome Amazônia Azul foi dado pelo Almirante Guimarães Carvalho quando era comandante da Marinha (2003 a 2007), para denominar as 200 milhas (a partir da baixa mar) da costa brasileira. Como o Brasil nela começou, é justo que a Baía de Todos-os-Santos seja a capital.
Conta Eduardo que pelo mundo afora quando se fala em Amazon, todo mundo sabe o que é. Mas quando se diz Amazon Blue, nada. A luta é construir uma rotina em que se tire o melhor da BTS, com o respeito às boas práticas ambientais, ou seja, preservação é fundamental.
Nome da ponte —Diz Eduardo que o jogo que vem sendo jogado é a sedimentação do entendimento nessa linha. Ele conta que o espaço está em vias de começar um novo tempo, o da ponte Salvador-Itaparica. E já advoga uma causa:
— Acho que ela deveria chamar-se Ponte Amazônia Azul.
Ele vem disseminando a ideia por onde anda, entre autoridades e também ao presidente do consórcio chinês que toca a ponte, Cláudio Vilas Boas. Ele diz que isso vai encaixar bem no Atlas da baía que vem sendo elaborado pela Superintendência de Estudos Econômicos (SEI) da Secretaria de Planejamento do Estado.
— Quando as pessoas de fora chegam aqui, é só alegria. Já começa o ano com a festa de Bom Jesus dos Navegantes, passa-se o mês todo curtindo as praias e quando acaba janeiro tem a Festa de Iemanjá. Tenho dito a Bruno Reis que ele deveria declarar-se prefeito da capital da Amazônia Azul.
Vai gerar ciúmes entre os prefeitos dos municípios do Recôncavo, o entorno da BTS. E não é pouco. São 22.
Colaborou: Marcos Vinicius