Bolsonaro e Trump, duas histórias quase iguais com finais opostos
Confira a coluna deste sábado, 13

Lá dos EUA, assim que soube da condenação do amigo Jair Bolsonaro cá no Brasil, Donald Trump, o presidente, anotou: ‘Era isso que queriam fazer comigo’. Cá, Bolsonaro haveria de dizer: ‘Mas comigo fizeram’.
Para além das afinidades ideológicas e do jeito troglodita de ser, os dois acumulam históricos muito parecidos, com a diferença do final, feliz Trump, infeliz para Bolsonaro.
Trump elegeu-se presidente dos EUA em 2016 e Bolsonaro em 2018. Em 2020 Trump perdeu e os seus aliados invadiram o Capitólio, com cinco mortes; em 2022 foi a vez de Bolsonaro perder, com a invasão das sedes dos três poderes, o famoso 8 de janeiro. Cá ninguém morreu, só obras de arte agredidas.
A diferença essencial está aí. Ano passado Trump voltou ao poder e este ano Bolsonaro está a caminho da cadeia.
A bomba – Fica claro que os EUA são os EUA e o Brasil é o Brasil. Lá, os processos contra Trump foram arquivados porque presidente da República não pode responder processo. Cá, Bolsonaro até queria ser candidato, mas a Justiça não deixou. Ele já estava inelegível e agora a inelegibilidade vai a mais de 100 anos.
Lá dos EUA Eduardo Bolsonaro postou vídeo dizendo que o ministro Alexandre de Moraes não vai voltar para a casinha. E conclui: ‘Graças a Deus que nós temos o aliado mais poderoso do mundo. E a gente vai virar este jogo’.
É, como ele já disse que Trump tem a bomba atômica na mão, quem sabe?...
Zé Raimundo resgata Leoni, um herói anônimo de Conquista
Historiador de ofício, o deputado Zé Raimundo (PT) aprovou na Alba projeto de lei que dá a um trecho da Ba-262 o nome de Rodovia Leoni Ferreira dos Santos.
Conta ele que pretende perenizar a memória de Leoni, liderança histórica do povoado de Bate Pé, em Vitória da Conquista, que contabiliza hoje mais de 10 mil habitantes. A tal rodovia liga Conquista a distrito.
– Sêo Leoni contribuiu para o desenvolvimento econômico, promoveu a independência dos povoados, tem um grande significado na história da região, deixou uma marca que merece ser reconhecida por todos.
Nas chuvas de abril, a estrada, que passa também pelo povoado de Pradoso, chegou a ser interditada, mas está ganhando melhorias, como o asfalto, do governo. Zé Raimundo, que já foi prefeito de Conquista, conhece bem a área.
Loyola, o cara que pesca os prefeitos de ACM Neto
Nascido em Itanhém, lá na divisa da Bahia com Minas Gerais, no extremo sul, Adolpho Loyola, secretário de Relações Institucionais de Jerônimo, recebeu o título de Cidadão de Salvador anteontem, iniciativa do vereador João Cláudio Bacelar (Pode), em solenidade bastante concorrida, com a presença de colegas secretários e também da presidente da Alba, deputada Ivana Bastos (PSB).
No secretariado de Jerônimo, alguns, como Manoel Vitório (Fazenda), Rovenna Brito (Educação) e Roberta Santana (Saúde), vêm se destacando, mas Loyola vem colhendo os frutos mais visíveis. Atribui-se a ele a articulação que resulta na aproximação entre prefeitos antes ligados a ACM Neto e o governo.
Os petroleiros e a refinaria
Petroleiro historicamente ligado ao Sindipetro, o deputado estadual Radiovaldo Costa (PT) promoveu na Alba sessão especial para celebrar os 75 anos da Refinaria Landulpho Alves, vendida em 2021 ao grupo árabe Mubadala. A festa reuniu representações do governo e dos petroleiros e a palavra de ordem foi a retomada da RLAM.
– A indústria petrolífera nasceu e se desenvolveu na Bahia. Isso não pode ser esquecido.
POLÍTICA COM VATAPÁ
O rei da piaçava
Antigamente, antes da era do plástico, quem tinha fazenda de piaçava, uma planta nativa, nadava em dinheiro. Era matéria essencial para a fabricação de vassouras e também para acolchoados, além de servir de telhado, na roça.
E assim era o senhor Cândido Meirelles, descendente de João Cândido Soares de Meireles. médico, fundador da Academia Imperial, hoje patrono da Marinha, também avó de Hildécio Meireles, hoje prefeito já no quinto mandato.
Cândido Meirelles nunca foi prefeito, mas sempre se metia em política. Sujeito tranquilo, afável e rico, levava a vida na mansidão que a piaçava rendia. E eis que lá um dia chega um cidadão para ele.
– Prefeito, eu vim aqui lhe pedir uma ajuda para enterrar a minha mãe, que faleceu hoje.
E Cândido:
– Meu filho, você já veio aqui e enterrou o seu pai umas seis vezes. Eu dei porque pai você pode ter vários, mas mãe você só tem uma e já sepultou ela no ano passado.
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