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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 15 de dezembro de 2024 às 2:30 h | Autor:

Cachaça, uma tradição nacional que impera firme e forte entre as bebidas

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

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Imagem ilustrativa da imagem Cachaça, uma tradição nacional que impera firme e forte entre as bebidas
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E eis que um dia na Fenagro, na sala do secretário Tum, da Agricultura, uma mesa em que estavam, além dele, o presidente estadual do Avante, Ronaldo Carletto, e o prefeito de Uauá, Marcos Lobo (Avante), mais outros, entra Beto Pinto (MDB), prefeito de Medeiros Neto, com uma garrafa de cachaça em punho e solta a voz:

– Sou cachaceiro e alcoólatra. Cachaceiro porque fabrico e alcoólatra porque gosto.

Na banda do alcoólatra, é mais discurso político. Beto é Adalberto Alves Pinto, irmão do ex-deputado Uldurico Pinto, e também de Francistônio Pinto, ex-prefeito de Teixeira de Freitas, e de José Ubaldino Alves Pinto, o Baiano, que foi prefeito de Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrália. E ele agora está indo para o quinto mandato de prefeito em Medeiros Neto.

Para o mundo –Mas no lado do cachaceiro, é verdade. Há mais de 30 anos ele fabrica a cachaça Matriarca. Transportou para o lado empresarial o veio dinástico político. Uma das filhas, Maira, toca a venda e a produção, a outra, Milla, que é designer, adorna os produtos.

Resultado: é cachaça baiana para todos os pontos do planeta, dos EUA a Dubai, nos Emirados Árabes, passando pela Europa com Alemanha, Portugal e por aí. Beto se orgulha:

– Botamos qualidade e estamos colhendo os frutos.

Vila da Cachaça –E o pessoal lá do sisal está pensando em produzir tequila com o dito cujo. Medo da concorrência?

– Nenhum. Toda planta que tem açúcar dá cachaça. Mas o percentual de álcool no sisal é muito pequeno.

Na Fenagro, tinha a Vila da Cachaça, e Jerônimo foi lá. Tomou uma, alguém perguntou: ‘Você gosta, né?’. E ele:

– Mas é claro. Eu vou perder uma dessa?

E levou de presente uma caixa para o Palácio de Ondina. Na Vila, imperavam vários produtores, com a Cachaça Ouro, de Caetité, envelhecida em barris de carvalho americano, feita por Túlio Cruz e Silvana Portela, há 35 anos.

Cachaça existe no Brasil desde os primórdios da colonização, um contraponto às bebidas do colonizador. No vasto mix de produtores pelos quatro cantos da Bahia, Rivacy Maia, de Ibiquera, produz a Cachoeira do Buracão. E bate o carimbo:

– Somos 100% naturais, sem adição de qualquer insumo artificial. O IBD (Instituto Biodinâmico) até tentou nos certificar como orgânicos. Recusamos. Nossa produção vai além disso.

Colaborou: Marcos Vinicius

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