Com a reforma do secretariado, Jerônimo quer nova cara no governo
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Jerônimo marcou a primeira quinzena de janeiro como prazo para fazer a reforma do secretariado. Entre aliados próximos, vai ser a hora em que ele vai dizer a que veio, botando uma cara própria no conjunto.
Segundo tais observadores, Jerônimo não tinha grupo. Se elegeu guinchado pelos braços de Rui Costa e Jaques Wagner, com o embalo de Lula. Daí que o secretariado vem muito mais da influência dos antecessores do que dele próprio. Esse é o primeiro desafio, se livrar disso, sem melindres.
Claro que não é tarefa fácil. Ele diz estar conversando com lideranças e o comando político. Mas também pondera o outro lado da questão, a banda técnica, com a qual pretende definir a marca Jerônimo e marchar para 2026 com um perfil mais consistente.
Segurança –O segundo desafio é montar um time capaz de fazer com que as boas notícias se sobreponham às más. Hoje, pesa muito contra o governo a sensação de insegurança que invade cidades grandes e pequenas, a grande maioria achando que a coisa só faz piorar.
Ele ganhou um grande alento depois que Lula, em meados do mês, reuniu-se com governadores e propôs a federalização da questão.
Claro que alguns, como Ronaldo Caiado (UB), de Goiás, reagiram contra. Mas não tem lógica num tempo de sociedade em rede estar tratando de assuntos tão sérios com base no modelo clássico, o da territorialidade. Oxalá dê certo, embora seja muito difícil.
Colaborou: Marcos Vinicius
São Francisco, Mô na tragédia
Quem também amanheceu ontem sob forte comoção foi São Francisco do Conde. É que no acidente do ônibus que ia de Aracaju para Madre de Deus, ontem em Catu, entre os cinco mortos (15 feridos) está Edileusa Santana, mais conhecida como Mô, presidente do PT no município.
Mô era uma figura muito comunicativa, sempre estrilando bom humor, acabou vítima de uma tragédia e conternou toda a cidade.
Abdon Fair, a morte que sacudiu a região do cacau
Ibirataia, na região do cacau, entre Gandu e Ipiaú, viveu forte comoção no fim de semana. Sexta à noite um galho de árvore caiu sobre Jorge Abdon Fair, 63 anos, pecuarista e cacauicultor, duas vezes prefeito, sobrinho de Florisval Abdon Fair, o Dedeco, e também de Abinae Abdon Fair, o Bia, ambos também ex-prefeitos, e ele morreu. O deputado Sandro Régis (UB), amigo pessoal, foi só lamentos.
– Pense num cara do bem, daqueles que todo mundo se sente honrado em ser amigo. Bom paí, leal, apaixonado pela zona rural e morreu num acidente em uma das fazendas. A região toda se comoveu. Ele era uma figura do bem.
Uma grande multidão acompanhou o sepultamento na manhã de sábado.
Caso Sheila Lemos caminha para desfecho em Conquista
Aliados da prefeita Sheila Lemos (UB) festejam o parecer do Ministério Público Eleitoral que não viu nada que possa caracterizar a vitória dela no 1º turno em outubro como a possibilidade de um terceiro mandato.
Rememorando: a mãe de Sheila, D. Elma Lemos, era a vice prefeita de Herzem Gusmão (MDB), que em 2020 desistiu de se candidatar e colocou a filha.
Herzem venceu no 2º turno e em 15 de dezembro foi infectado com a Covid, o que levou D. Elma a assumir o mandato por 13 dias.
Foi esse fato que gerou o rebu. Adversários denunciaram ela pelos laços familiares, como protagonista de um terceiro mandato, os 13 dias da mãe dela, o de agora em que ela é prefeita porque Herzem morreu em março de 2021, e o conquistado em outubro. Ela já ganhou no TRE e a expectativa é que vença no TSE também.