Com Caetano, veio o sinal do PT para 2026 na Bahia: ainda tem gás
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
ACM Neto jogou tudo na campanha de Flávio Mattos (UB) em Camaçari. Se tivesse sucesso, o partido dele, o União Brasil, ou UB, estaria no comando das quatro grandes cidades da Bahia, Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Camaçari, formando o que ele e os aliados dele chamavam de Cinturão Azul. Não deu.
Para Neto seria sinal cabal de que a era do PT dava sinais de fadiga. Até porque o UB já derrotou o PT em Lauro de Freitas e Itabuna e seria a glória plena vencer um candidato ostensivamente apoiado por Lula. A vitória de Caetano virou pancada forte no projeto dele.
Quando se dizia que a oposição ganhou em Lauro e Ilhéus, os governistas rebatiam falando que também tomaram Juazeiro e Eunápolis. Agora, Camaçari vira a cereja do bolo governista em 2024, sinalizando que para 2026 está firme e forte.
Festa nas redes –Ontem, logo após o fim da apuração em Camaçari, os petistas fizeram festas em todos os cantos, reverberadas nas redes sociais. Compreende-se. Eles também jogaram tudo lá, inclusive Lula. E Caetano, no indo para o quarto mandato, é petista raiz.
Claro que para 2026 há outros ingredientes a considerar. O tanto faz que Neto tanto apregoou em 2020 é balela. Todos agora viram o holofote em 2026, como o cenário vai ficar. Mas os sinais são de que, tal e qual em Camaçari, a baixaria vai imperar.
Tarcísio Freitas, governador de SP, soltou vídeo ontem associando o PT ao narcotráfico. Comparando com Camaçari fica parecendo que não é mera coincidência. É estratégia.
Colaborou: Marcos Vinicius
Um refúgio para Rosalvo
Seria um tanto constrangedor Antonio Rosalvo, o candidato do PT que perdeu para Débora Régis (UB) em Lauro de Freitas, ir trabalhar sob a batuta de quem o derrotou.
Rosalvo é funcionário concursado da Prefeitura de Lauro, era secretário de Moema, mas a partir de janeiro teria que reassumir. Jerônimo arranjou um lugar para ele no gabinete do governador. Dizem em Lauro que foi um bom refúgio para ele.
Segundo a Nexus, o centro vai governar maioria dos brasileiros
Um levantamento feito pela Nexus, instituição que faz pesquisas e análise de dados com o uso da inteligência artificial, a partir das eleições deste ano, mostra que 81 milhões de eleitores (52%) serão governados por prefeitos de centro.
Outros 55,6 milhões (36%) vivem em municípios que passarão a ser administrados por legendas de direita e 17,8 milhões (12%) por partidos de esquerda.
Mato Grosso, Tocantins e Mato Grosso do Sul são os estados com mais municípios de direita, Alagoas, Pará e Acre são onde os partidos de centro mais se concentram, enquanto a esquerda predomina mais no Ceará, Paraíba e Espírito Santo.
Em termos populacionais, o MDB é o maior, com 27.753.048, seguido do PSD com 27.618.473 e do PL com 19.015.822. O MDB cresceu 68%, o PSD 62% e o PL 340%, saindo de 6.497.884 em 2020 para 19.015.822 agora.
De Camaçari, as pesquisas eleitorais saíram com moral
Desde a pré-campanha em Camaçari as pesquisas eleitorais davam Luiz Caetano na frente, mas com diferença pequena. Mesmo as que divergiam, apontavam números dentro da margem de erro. No 2º turno a história se repetiu, mas o Veritá divulgou uma sábado à tarde, realizada até o mesmo dia, a véspera da eleição, pela manhã, que acertou quase na mosca, com diferença de décimos.
Deu Caetano 50,7% e Flávio Matos 49,3%. Na urna Caetano bateu 50,92% e Flávio 49,8%.
O assunto foi tema de bate papo ontem entre donos de institutos de pesquisas e políticos, os primeiros louvando a seriedade dos institutos respeitados e os segundos com a ressalva: quando erram feio, é descaração mesmo.