Compra de voto, o novo gás que turbina o chororô do perdedo
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Ivanildo Meira, morador do Canela, nos pergunta: que dizes da tempestade de denúncias (de todo canto) sobre compra de votos nas eleições?
Meu caro, na juventude dos seus 18 anos, aconselho-o a ir se acostumando. O que você viu agora é apenas uma nova faceta do chororô do perdedor, que sempre arranja uma desculpa para a derrota.
Não que não haja, muito pelo contrário. O difícil aí é acreditar que só o vencedor comprou. Entre os perdedores quase sempre só não compra quem não dinheiro para gastar.
As formas são várias. É cesta básica é a mais tradicional em comunidades de pobres, mas a justiça considera que ao dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem, para obter o voto, ainda que o alvo não aceite, o crime já está consumado.
Histórico –Dizem os cientistas políticos que para alguns, a troca do voto por materiais de construção, por remédios ou mesmo dinheiro é um fenômeno em extinção, sem relevância prática ou peso numérico. Para outros, ela persiste e é um dos grandes fatores para a distorção do processo eleitoral. A grande questão é provar.
Mas o chororô do perdedor também tem o seu histórico. A tal da compra de votos veio após a adoção das urnas eletrônicas, a partir de 1996. Antes, quando o voto era na cédula de papel, o resultado saia e o perdedor bradava: ‘Fui roubado!’.
Vezes até era mesmo, mas mesmo não sendo, era o discurso que prevalecia.
Colaborou: Marcos Vinicius
Tristeza em Santa Terezinha
Entre os dissabores que o PT sofreu nas eleições deste ano há Santa Terezinha, na região de Castro Alves. Lá, Ailton Santana, listado entre os altamente competitivos, perdeu para Agnaldo Andrade (PSD) por apenas quatro votos. Foram 3.883 votos contra 3.879. Um coligado do deputado Rosemberg Pìnto (PT), o líder lá, diz que é muito triste.
– Só com a vitória de Caetano em Camaçari houve algum alento, mas pouco.
As baixarias ainda persistem em Camaçari, agora na Câmara
A campanha do 2º turno em Camaçari acabou, mas o jogo baixo que marcou a disputa entre Luiz Caetano (PT), o vencedor, e Flávio Mattos (UB) continua, agora tendo como palco a Câmara de Vereadores.
Nas últimas sessões vereadores aliados de Caetano têm tido dificuldades até para discursar, já que os partidários do prefeito Antonio Elinaldo (UB) enchem as galerias para vaiar e gritar ‘fora PT!’.
Na sessão de anteontem, o vereador reeleito Jamessom da Silva Santos (PL) discursou dizendo que vai ser ‘um prego no Sapato de Caetano’. E exibiu em plenário uma calcinha vermelha para insinuar que alguns vereadores tinham se vendido.
E utilizou a expressão ‘dinheiro na mão, calcinha no chão’. Também disse que tem gravações contendo propostas financeiras feitas por membros do PT e vai divulgá-las.
Fabíola Mansur aplaude a charge premiada de Cau
A deputada Fabíola Mansur (PSB) apresentou na Alba uma moção de aplauso para o cartunista Cau Gomez, que integra o time do jornal A TARDE, por ter recebido o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria ‘arte’.
O Prêmio, pela charge ‘A cultura do estupro’, foi entregue na última terça no Teatro Tucarena, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), em São Paulo. Fabíola, que sempre foi uma deputada engajada nas causas que envolvem os direitos da mulher, disse que o reconhecimento foi muito justo.
– Ele fez uma belíssima charge sobre o polêmico projeto de lei que equipara o aborto, mesmo em caso de estupro, ao homicídio. Valeu.