Cordélia Torres deixou Eunápolis esburacada e acaba caindo neles
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Eleita em 2020 com folgada vitória contra o então prefeito Robério Oliveira (PSD) e entrando em cena como redentora do marido, o ex-prefeito e também ex-deputado Paulo Dapé, a prefeita de Eunápolis, Cordélia Torres (UB), jogou a toalha, desistiu de tentar a reeleição.
Ela diz que o povo de Eunápolis ‘se deixou levar pelas fakes’, mas uma rápida recapitulada na trajetória mostra que ela nunca acertou o pé e chegou ao final da administração acumulando altos índices de rejeição.
E por quê? Os fatores são vários, mas alguns foram visivelmente preponderantes O principal deles: em 2021, um forte temporal detonou toda a infraestrutura da cidade, havia buracos por todos os pontos, veio outro temporal e ela naufragou de vez. Não soube lidar com os buracos e afundou neles.
inabilidade —Só os buracos já haviam consagrado a inabilidade de Cordélia como gestora, mas a eles se acresceram outras situações que resultaram em monumentais desgastes.
Ela enfrentou, por exemplo, uma greve de professores que durou oito meses, com manifestações de ruas e muito bombardeio midiático. No fim, após todo o desgaste, fez um acordo em que cedeu à maior parte das reivindicações.
A situação botou gasolina na política e a Câmara quis instalar uma CPI para cassá-la, o que não foi adiante graças a uma sucessão de ações judiciais. Robério, que lidera as pesquisas, bate chapa com o ex-prefeito Neto Guerrieri (Avante).
Colaborou: Marcos Vinicius
O descaso da ViaBahia está matando gente, diz Tiago Correia
Domingo último, na BR-116, 15 veículos lascaram pneus. Segunda, um ônibus caiu numa ribanceira na BR-324 deixando quatro mortos e 16 feridos.
A contabilidade macabra aí foi feita na Alba pelo deputado Tiago Correia (PSDB), segundo ele como exemplo do descaso com que as BRs 324 e 116 têm sido tratadas pela ViaBahia, a concessionária que explora as duas rodovias.
— Há 15 anos a ViaBahia vem cobrando pedágios e até hoje não sabemos para quê, não investe nada. Em 2023 foram R$ 426 milhões, mais de R$ 1 milhão por dia.
Tiago conta que as sucessivas viagens feitas a Brasília até agora foram inúteis, ‘prometem resolver o problema e nunca resolvem’.
— Nem a CPI conseguimos instalar, porque existem empresas beneficiadas pela ViaBahia ligadas a parlamentares. É dose.
Dai, mais um a jogar a toalha
Adailton Ramos Magalhães (UB), o Dai da Caixa, candidato em Ubatã, é mais um a jogar a toalha. Ele foi prefeito de 2001 a 2008, complicou-se com as contas, em 2012 lançou a mulher Rosana, não deu, em 2016 repetiu a dose, também não deu, e agora tentou voltar, mais uma vez não deu.
Ele desistiu após ter sofrido mais uma derrota judicial. Lá disputam Siméia Queiroz (Avante), César Sales (Republicanos) e Tinho (PT).
Irmão Niel, uma barganha é oficializada em cartório
Quando se pensa que já se viu de tudo na política, sempre aparece uma nova e essa vem de Feira de Santana. Lá, Genivaldo Leal, o Irmão Niel, que em 2022 se candidatou a deputado estadual e teve pouco mais de 800 votos, registrou no Tabelionato de Notas do 3º Ofício o acordo feito com Pedro Raimundo de Oliveira Freitas, o Pedro Cabeleireiro (Pode) para apoiá-lo este ano.
Ele se compromete a conseguir 300 votos. Em troca pede uma assessoria parlamentar de dois salários mínimos e a interlocução com o gestor (prefeito) para conseguir três cargos comissionados, além de apoio para a candidatura dele a deputado em 2026.
O caso, embora cheire a crime eleitoral, foi levado na piada. A chance de Pedro é nenhuma.