Corte de Pedra, onde o forró rola da rua para o cemitério
Festa do Bufa Pinga não foi abalada pelas proibições da justiça em Teolândia e Wenceslau Guimarães
A justiça proibiu a Festa da Banana em Teolândia e o São João em Wenceslau Guimarães, por tabela, a onda pegou o vizinho do norte, Tancredo Neves, a 15 km de distância, mas em Corte de Pedra, povoado de lá com 4 mil moradores, o Bufa Pinga, organizado por populares, não deu bolas para nada, já que tudo acontece com dinheiro deles.
O Bufa Pinga é único. Os integrantes e agregados saem pelo povoado de casa em casa puxados por uma banda de forró bebendo e comendo, mais bebendo. O primeiro que cai de bêbado, é colocado num caixão de defunto, levado para o cemitério, onde fica até acordar.
Tradição —Vandoílson Pinheiro dos Santos, o Vando de Martílio, um dos fundadores, disse que tudo começou em 1999 e nunca mais parou.
— Bufa Pinga porque muitos bufam quando bebem.
O certo é que todo ano um grupo faz uma vaquinha, arranja dinheiro também para a compra do caixão. Detalhe: este ano, o primeiro Bufa Pinga depois da pandemia, ninguém caiu de bêbado e o caixão só serviu para tirar fotos de lembrança. Cássio Nunes, um dos líderes, diz que este ano um comerciante doou o caixão.
— Agora vamos doar a alguém necessitado.
Ele conta que nem todos gostam da brincadeira, como D. Nilda, que reagiu pesado quando viu o marido no caixão:
— Ela disse: é assim que vocês tratam meu marido, cambada de moleques.
Lula e Bolsonaro no 2 de Julho na Fonte Nova, é fogo e pólvora
Donos de postos de gasolina caíram fora de colocar máquinas bancárias por uma razão elementar: a bandidagem pegou o hábito de explodir caixas eletrônicos e isso num posto de combustíveis tem potencial de tragédia explosiva, misturando dinamite com gasolina.
É mais ou menos esse tipo de casamento que pode acontecer no 2 de Julho. O time de Bolsonaro marcou o início da motociata com o presidente para às 9h na área do Dique em frente à Fonte Nova. Nessa mesma Fonte Nova está marcado para as 10h um ato político com Lula lá em carne e osso. Vai dar certo Bolsonaro e Lula reunirem aliados no mesmo espaço, quase no mesmo horário? É como caixa eletrônico em posto de gasolina.
Júnior Borges, a tentativa de intimidar a imprensa
Júnior Borges (UB), presidente da Câmara de Camaçari, entrou no Juizado de Pequenas Causas pedindo uma indenização de R$ 28 mil contra o jornalista João Leite, ou João Plim Plim, piloto do Portal Camaçari Agora.
A notícia aí vem da causa. O site publicou que quando Geraldo Júnior (MDB), presidente da Câmara de Salvador, rompeu com ACM Neto e aceitou ser o vice de Jerônimo Rodrigues (PT), Júnior Borges, amigão de Geraldinho e aliado do prefeito Antonio Elinaldo (UB), atordoou. Sumiu porque não sabia como agir. É mera tentativa de intimidação.