Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > LEVI VASCONCELOS
COLUNA

Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 11 de agosto de 2024 às 8:53 h | Autor:

Crime organizado se infiltra também na política

Se a polícia tiver um tempo para conversar com os nossos deputados com certeza não vai perder a viagem

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Deputados se sentem perplexos pelo envolvimento cada vez maior do crime organizado na política.
Deputados se sentem perplexos pelo envolvimento cada vez maior do crime organizado na política. -

Se a polícia tiver um tempo para conversar com os nossos deputados (federais e estaduais), com certeza não vai perder a viagem. Alguns deles, que acabam de percorrer a imensidão do território baiano (567.295 km², apenas 30 mil a menos que o da França), se dizem perplexos com o envolvimento cada vez maior do crime organizado na política.

A queixa vem de longe, é coisa velha, mas ao invés de refluir, avança. Segundo nossos interlocutores, antes eles financiavam candidatos já na estrada; agora também ‘fabricam’ candidatos. Um deles até ironizou:

— Do jeito que as coisas vão, logo logo teremos o embate nas urnas do Comando Vermelho contra o PCC.

Um outro ressaltou que a polícia já sabe disso, talvez não tenha ainda mensurado a dimensão. A ação dos criminosos já foi detectada pela própria polícia em vários estados, como São Paulo, Rio, Bahia e Ceará.

Sincericídio — Ele ressalva que o crime organizado tem muito mais interesse em eleger prefeitos e vereadores do que senadores e deputados por uma razão elementar: o foco não é o poder e sim, além de ampliar a chance de obter novos lucros, lavar o dinheiro ilícito com atividades lícitas.

Deputados dizem que ninguém se arrisca a meter o bedelho na história por um detalhe também perverso: falar significa assinar a sentença de morte, o sincericídio, como chamam.

O certo é que não só aqui, mas em todo o país, o crime organizado — e nisso se inclui a parte que anda armada até os dentes e atira sem relambórios — está cada vez mais aí. Pergunta a um deputado: e quando o infiltrado está no time dos aliados, como é que fica?

— É uma situação bastante complexa. E o pior é que a cada dia a coisa fica mais complexa. Por enquanto, até para preservar a própria vida, o melhor é calar o bico.

E aí, perguntaria você: o crime organizado está ganhando do poder público? A sensação é a de que sim.

*Colaborou Marcos Vinícius

Políticos baianos surfam na ponga das ondas de Gabriel Medina

As Olimpíadas de Paris terminam hoje e, no mix de celebridades que ela produziu ou consagrou, está o fotógrafo francês Jerome Brouillet, que entra para a história da fotografia, a arte de eternizar momentos, pela belíssima imagem do surfista Gabriel Medina parado no ar com sua prancha, foto que se espalhou por todo o planeta. E os políticos baianos entraram no embalo.

Kiki Bispo (UB), vereador e candidato à reeleição, disse que ele é o cara. Sandro Régis (UB), deputado estadual, escreveu: “surfando em um mar de coerência,” festejando o fato de ele ser o único deputado da oposição sempre no mesmo lado. E o deputado Eduardo Salles (PP), que lidera a briga contra a Via Bahia, diz estar surfando para pular “os buracos da Via Bahia.” Só falta a medalha.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Show em Cuba

Nascido em Santo Amaro da Purificação, criado e vivido em Feira de Santana, em 1994, 30 anos atrás, o jornalista Walter Xéu resolveu ir passear em Cuba. Foi amor à primeira vista. Foi e voltou, foi e voltou, e lá em 2001, num encontro de jornalistas com Fidel Castro, o papa da revolução cubana, entregou a ele um exemplar do Notícias da Bahia, jornal que fazia em Feira, e o próprio Fidel sugeriu que ele criasse um site internacional. Nasceu o Pátria Latina.

Os laços cresceram tanto que ele até fez uma filha cubana, a Maria Mercedes. Figura bastante conhecida e querida na Ilha, lá um dia entrou na Casa de Show, em Havana, o grupo Buena Vista, o Olodum de lá, o cantor explodiu em alegria:

— Brasileño, brasileño, bienvenido, bienvenido!

Começou a cantar um samba, chamou Walter para sambar no palco, ele começou e o cantor:

— Fantástico! Fantástico!

Walter pensou que estava arrasando, o artista alegremente completou:

— Fantástico mesmo! Eu nunca vi um brasileiro sambar tão mal!

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco