Daniela e Ana Patrícia duelam na OAB-Ba. A polarização é total
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
A advogada Daniela Borges se elegeu em novembro de 2021 presidente da secção baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Ba) e tornou-se a primeira mulher a chegar ao posto. Ela derrotou outra mulher, a também advogada Ana Patrícia Leão. Hoje, as duas estão nas urnas outra vez, em novo duelo.
No conjunto dos 61.238 advogados baianos, a maioria, ou 32.837, é de mulheres. Entende-se que duas delas protagonizem os embates dos novos tempos, mas uma coisa fica estampada: a polarização, a disputa acirrada, tipo da cabeça para baixo é canela, muito comuns nas brigas de homens, nas brigas de mulheres tem também.
Na configuração do cenário atual Daniela aparece como continuísmo dos ex-presidentes Luis Viana Queiroz e Fabrício Castro, ao que dizem, com quase 20 anos mandando na entidade. Ana Patrícia é a oposição, com o estandarte da renovação.
Guerra total –Se os cargos eletivos da OAB-Ba não têm remuneração, por que tanta briga? Elementar, não tem salário, mas tem poder.
No tiroteio entre Daniela e Ana Patrícia tem o advogado Vivaldo Amaral, que era candidato e desistiu, com a cobrança da transparência nas contas. A oposição afirma também que tem advogados passando necessidades e a OAB nada faz.
A banda de Daniela diz que não é bem isso. E lista uma sucessão de benefícios que incluem mais de 90 mil atendimentos na área de saúde, além de mais de três mil convênios que reduzem despesas. No mais, guerra é guerra.
Colaborou: Marcos Vinicius
Fieb faz evento para pequenos
Uma parceria entre a Fieb e o Sebrae realiza hoje pela manhã, na Fieb, o Fórum da Indústria, que vai discutir regularização e licenciamento para as indústrias. Segundo Raul Menezes, do Sindicato das Indústrias de Cosméticos, o evento é de vital importância:
– Mercado e crédito são problemas para o pequeno industrial. Licenciamento e regularização são obstáculos terríveis, muitas vezes intransponíveis.
Eleição entre dois feriados e só presencial, a briga que segue
Dizem que na disputa da OAB-Ba Daniela Borges, a presidente que tenta a reeleição, tem o apoio da maioria dos grandes escritórios, um peso importante. Ana Patrícia circula mais com o baixo clero.
Ganhe quem ganhar, e algumas pesquisas apontam Daniela, a polarização vai continuar. Uma das grandes queixas este ano: a eleição foi marcada para 19 de novembro, entre os feriados de 15 de novembro, quinta passada, e 20 de novembro, amanhã, período em que muitos viajaram.
Mais: o voto é presencial, nada de online. Segundo os adversários de Daniela, a situação ficou fedendo a Venezuela.
É o típico fogo cruzado dos grandes embates eleitorais, a oposição atira, o governo tem a máquina. Afinal, apenas 35 dos 417 municípios baianos têm mais de 60 mil eleitores. Não é uma eleiçãozinha.
Segundo Adélia, derrota em Ilhéus foi culpa de Marão
Adélia Pinheiro, ex-secretária da educação que este ano disputou e perdeu a eleição para a prefeitura de Ilhéus, culpou o prefeito Marão (PSD) pela derrota da base governista lá, em entrevista a Neto Terra Branca, da Rádio Interativa FM.
Indagada se colocaria Marão “na boca do tubarão”, uma sessão do programa, disparou:
– Ele já está na boca do tubarão. Ele não dialogou, não conversou, isso é muito ruim.
Em Ilhéus, fala-se que em 2026 Marão vai disputar uma vaga na Assembleia, rifando a esposa dele, a hoje deputada Soane Galvão (PSB).
Se é que o é, será novo embate entre ele e Adélia, desta vez tête-à-tête. Ela também cogita disputar uma vaga na Alba.