Deputados do PP não definiram onde se abrigar depois da implosão
Confira a coluna de Levi Vasconcelos deste sábado, 4

A implosão do Partido Progressista (PP) na Bahia após a federalização com o União Brasil (UB) de ACM Neto ainda gera incertezas sobre o destino de quatro dos seis deputados estaduais eleitos pela legenda em 2022.
Entre os quatro federais, a situação já está definida. João Leão fica e apoia Neto, já Cláudio Cajado e Mário Negromonte Jr ficam no partido, mas fecham com Jerônimo, enquanto Netto Carleto já se mandou para o Avante.
Dos seis estaduais, Felipe Duarte vai para o Avante, Nelson Leal ainda não definiu para onde vai, mas já anunciou que seguirá em carreira solo, enquanto Niltinho, Eduardo Sales, Antonio Henrique Júnior e Hassan vão marchar juntos, só não sabem ainda para onde.
PSB e MDB – Em tese, todos os partidos da base de Jerônimo são abrigos potenciais, mas não é bem assim que a banda vem tocando.
No Avante, por exemplo, se diz que o cacique Ronaldo Carleto não vê com bons olhos botar um time de deputados que ele não controlaria.
O encarregado de tocar as negociações pelos colegas é o deputado Niltinho e ele diz que decisões só mais adiante, mas adianta que PSB e MDB fizeram acenos positivos e é possível que daí saia o rumo.
– Mas tudo isso vai ter a participação de Jerônimo. A opção passará pelo crivo dele.
Dos quatro, Antonio Henrique Jr é o único que tinha ligações com João Leão, mas já decidiu, fica com o governo.
– Leão inventou esse negócio de romper com o governo. Pra mim é péssimo.
Produtores de manga e uva estão pedindo socorro, diz Zó
O governo liberou R$ 30 milhões em créditos para socorrer produtores de manga e uva, mas no Vale do São Francisco, mais especificamente na região de Juazeiro, eles estão comendo o pão que o diabo amassou para ter acesso, segundo o deputado Zó (PCdoB), que é da área.
– A realidade daqui é diferente de outros pontos do país. Aqui não há grandes propriedades, só produtores de pequeno e médio porte. Áreas com mil hectares são raras. Isso dificulta o acesso ao crédito e o resultado é que muitos produtores estão saindo do calendário da colheita.
Zó defende a flexibilização bancária, até para evitar que o problema se repita ano que vem. Ele diz que do ponto de vista político vai instigar até onde o seu braço alcança.
O Brasil é o sexto maior produtor de manga do mundo e o Vale do São Francisco o maior do Brasil.
Um galo é a bola da vez entre os bichos da Alba
O Centro Administrativo da Bahia, o núcleo que agrega os três poderes na Bahia, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, é um espaço ecumênico. Lá tem a Igreja de Nossa Senhora Aparecida, mas no pedaço, os evangélicos também realizam eventos e o povo de santo escolhe os cantos do mato para botar os seus despachos.
É aí que o bicho pega. Vezes o pessoal do candomblé faz oferendas com animais vivos, alguns escapam e povoam a área, como na Assembleia, com galos, galinhas e vezes até sakué. Lá, a estrela da vez é um galo, devidamente alimentado por servidores com milho, que tiram sarro.
– Não podemos zerar o jogo. Aqui você pode não achar Binho Galinha, mas galo tem.
Coronel 2026, eis a questão
A ausência do senador Angelo Coronel no encontro anteontem entre o PSD e Jerônimo foi lamentada pelo governador dizendo que ‘fez muita falta’.
Coronel diz por sua vez que Jerônimo foi muito bom na articulação de 2018 e espera o mesmo em 2026, mas alguns integrantes do PSD alertam que entre um e outro tem 2022, quando Coronel foi acusado de ter tido pouco empenho na campanha.
POLÍTICA COM VATAPÁ
O Rei do Abafa
Zelito Miranda, o Rei do Forró Temperado, como ficou conhecido, que nos deixou em 2022 aos 67 anos, nunca tocou sanfona, segundo Tasso Franco, jornalista, escritor, amigo e contemporâneo de juventude em Serrinha, terra dos dois. Era só no violão e aí criou o tal Forró Temperado.
O fato é que ele tornou-se tão grande artista como bom amigo e entre amigos soltava as conversas.
Lá um dia em conversa com amigos, alguns jornalistas, falava sobre a corrupção dos arautos das prefeituras na contratação de artistas, a grande maioria pegando o jabaculê, ou jabá, gargalhadas e a pedida.
– Olá vocês, essas coisas é só para vocês saberem. E por favor, abafem o caso, se correr a fama que eu pago e falo, vou morrer de fome.
Aí foi chegando o feirense Carlos Pitta, alguém perguntou:
– Esse também paga?
– Se o quê? Quando ele fala a Bahia treme. É por isso que aqui entre nós chamamos ele de Rei do Abafa.
Gargalhada geral.
*Colaborou Marcos Vinicius.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.