E 2023 vai fechando como Bruno mais quer, sem nem ter adversário | A TARDE
Atarde > Colunistas > Levi Vasconcelos

E 2023 vai fechando como Bruno mais quer, sem nem ter adversário

Confira a coluna de Levi Vasconcelos deste domingo

Publicado domingo, 10 de dezembro de 2023 às 06:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
Prefeito de Salvador tentará a reeleição em 2024
Prefeito de Salvador tentará a reeleição em 2024 -

Bruno Reis diz que só vai cuidar de eleição depois do Carnaval, e ainda lamenta:

— Que pena, o Carnaval de 2024 será no início do mês.

Os motivos são óbvios. Bem avaliado e liderando as pesquisas com folga, para ele quanto mais postergar o início do embate, melhor.

E quem será o adversário de Bruno? A pergunta aí vem do leitor Argemiro Santos, da Pituba, e a melhor resposta do momento é esta: nem Jerônimo sabe.

Inicialmente falou-se no fim de outubro, depois novembro, dezembro está indo embora, e nada. Tudo que a banda governista (que vai fabricar um adversário para Bruno) gostaria era começar 2024 com um nome já para badalar na folia. Mais Luiz Caetano, o secretário da Casa Civil do governo, também já fala em depois do Carnaval.

Nos maiores —Bruno até já arriscou um palpite: ‘O adversário mais difícil seria Robinson Almeida, do PT, mas será Geraldinho’.

Por que o PT é o mais difícil? Simples. É o partido de Lula e Jerônimo, além de já ter o seu próprio lastro na capital. E Geraldinho tem o quê? Só o MDB, se levada adiante a tese de que as alianças na capital vão influenciar em acordos no interior, especialmente em Vitória da Conquista.

Entre os governistas se diz que abrir mão de Salvador não seria mau negócio para o PT, que tem candidatos competitivos em Feira de Santana, Conquista e Camaçari, as três maiores cidades baianas depois de Salvador. Mas para manter a tradição, o desfecho só após o Carnaval, como Bruno quer.

Jabes diz que vai na busca do 5º mandato em Ilhéus

Quatro vezes prefeito de Ilhéus, uma deputado federal, Jabes Ribeiro (PP) lidera até agora todas as pesquisas em Ilhéus e é consenso entre os políticos locais que se trata de candidato altamente competitivo, com uma ressalva: ele vai ter saúde para encarar?

— Os médicos dizem que eu estou curado, me sinto bem, estou malhando e também muito disposto para ir à luta.

A resposta quem dá é o próprio Jabes, que pouco mais de cinco anos atrás foi vítima de um câncer na bexiga. Na última pesquisa, lá ele lidera, seguido de Valderico Júnior, num universo de 15 candidatos.

Detalhe: o prefeito Mário Alexandre, o Marão (PSD), que em 2020 se reelegeu e em 2022 elegeu a esposa, Soane Galvão (PSB), deputada estadual, ainda não entrou no jogo. Ele é tido como habilidoso, mas nas pesquisas vai mal. Na terra de Gabriela, a disputa vai ser boa.

Rafael Machado entra na pegada do avô Germano

Dia 27 faz seis anos que o jornalista, escritor e professor Germano Machado, o criador do Círculo de Estudo Pensamento e Ação (Cepa), nos deixou. Além da saudade dos que com ele conviveram, deixou também uma vasta obra com mais de 30 livros e também um candidato a herdeiro, o neto Rafael Machado, filho de Raquel, uma das suas três filhas (e três filhos). Engenheiro e mestre em economia, 29 anos, ele lançou o primeiro livro, ‘Os cinco sentidos solitários’, poemas que vão na trilha de ‘Os cinco solitários’, escrito pelo avô:

— Eu estava escrevendo um romance quando notei que estava falando muito de sentidos. Então, mudei para a poesia e o romance fica para mais adiante.

Geracina na disputa do PT

Geracina Aguiar, duas vezes vereadora em Salvador, a primeira candidata a prefeita do PT na capital em 1990, hoje com 75 anos, doutora, professora aposentada, anunciou uma novidade: é pré-candidata a prefeita de Salvador.

— Vou ajudar a suprir uma grande lacuna, a das mulheres na política.

No mix de propostas, cuidar dos rios e riachos, 100% deles podres.

Política com Vatapá - Tá aprovado

Pelo regimento da Assembleia Legislativa, um único deputado pode abrir a sessão com direito a todos os registros oficiais do que lá se passar. Na quarta última (6 de dezembro de 2023), a deputada Olívia Santana (PCdoB), abriu e presidiu a sessão com dois outros colegas, Paulo Rangel (PT) e Alex da Piatã (PSD). Os três discursaram. Quem vê, tem a sensação de que estão falando para o nada, mas não é bem isso, tem a TV Assembleia.

Fim de papo, fim de sessão, vira Olívia e diz:

— Viu, Levi? Eu me tornei a primeira mulher a ser presidente da Assembleia da Bahia.

Risos gerais, alguém ao lado emendou:

— Pior foi Álvaro Gomes, que um dia sozinho concedia a palavra a ele mesmo, ia, discursava e depois voltava para a mesa.

Paulo Rangel ouvia a conversa, completou:

— Um dia eu assumi sozinho, aprovei todos os projetos pendentes. Deu um rolo danado.

Um outro carimbou:

— O bom disso é que não há como ter voto secreto

Publicações relacionadas