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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 28 de novembro de 2021 às 6:00 h | Autor:

E a Alba funcionou, mas sem o glamour. Nelito sentiu e resistiu

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Assembleia Legislativa da Bahia
Assembleia Legislativa da Bahia -

Adolfo Menezes (PSD), presidente da Assembleia, diz que apesar da pandemia a casa cumpriu as suas funções essenciais este ano, mas ressalva: ‘Foi tudo bem, mas sem glamour’.

O glamour vem da efervescência que gira por lá, ponto de convergência de líderes de todos os segmentos baianos. Isso, segundo Adolfo, este ano não volta mais. Na ponga, Nelito Mattos, figura folclórica conhecida e querida, alguns parafusos desregulados, 70 anos completados em outubro, a maior parte na porta da Alba, sempre vestido com camisa de ACM (avô e neto), pedindo gorjetas a quem passa, se diz uma das vítimas econômicas da pandemia.

— Perdi. E perdi muito.

Visão — E há quanto tempo Nelito vive na porta da Alba?

— Desde o início. Eu e ACM somos fundadores do CAB. Sei até quem construiu, a Góes Cohabita, a Concic, o resto... faliu.

Semana passada pediu dinheiro a alguém e mostrou os olhos fustigados pela catarata. O cidadão coçava o bolso, ele avisou:

— Amigo, a sua camisa está pelo avesso.

— Ô Nelito, você diz que vai operar a vista e está enxergando melhor que eu?

O velho normal não voltou, mas o velho Nelito não deixa o velho glamour em branco..

Deu alívio no Velho Chico

O deputado Zó (PCdoB), que é de Juazeiro e está sempre atento ao que se passa no Velho Chico e entorno, diz que a chuvarada dos últimos dias deu uma aliviada, mas chegou a preocupar muito.

— A Barragem de Sobradinho chegou a 32% da capacidade, está com 35. Não é confortável, mas saímos do desespero. A situação era muito complicada.

Mais dando que recebendo

Zó conta que antes das chuvas a Barragem de Sobradinho estava a passos de galope no rumo do desastre.

— Sobradinho recebia 500 metros cúbicos por segundo e liberava 1.600. Era um desequilíbrio muito grande, mas essa era a forma que a Chesf adotou para encarar a falta de água na parte de baixo.

Zó diz que tudo tende a acabar bem, mas há sustos.

De olho nas licitações

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) baixou a determinação: a partir de agora todos os editais de licitações têm que passar por lá. Alguns prefeitos resmungaram, mas Isaac Newton, procurador jurídico da UPB, acha positivo:

— Comprar qualquer coisa é um dos grandes geradores de problemas para os prefeitos. Isso ajuda a repartir responsabilidades.

D. Maria, 100 anos com um festão, mas pelo Zoom

E eis que a deputada Fátima Nunes (PT) estava na sala do cafezinho do plenário da Alba quando o deputado Zó (PCdoB) falou:

— Que festão aquela do seu aniversário, não foi Fátima? Mais de mil pessoas...

— Festão vai ser dia 12 de dezembro. Minha mãe vai estar completando 100 anos. E aí vou caprichar, vou botar bem mais gente!

Alguém interveio:

— A senhora está aglomerando, deputada?

— Não, filho amado, foi tudo pelo Zoom.

Fátima é de Cícero Dantas, mas é também pelo Zoom que vai rolar o centenário de D. Maria Oliveira, a mãe dela. Não pense que é a velha geração usando as novas tecnologias, é o inverso. A homenageada tem cinco filhos, 22 netos e 21 bisnetos, a caminho do trineto.

Docinho de Buriti

Prefeito de Cravolândia, pequeno município da região de Barreiras (de 1983 a 1987), João Moreira Pires era conhecido como João da Cruz, aquele que assinava o nome desenhando um J (jota) com uma cruz ao lado.

Distribuia simpatias por onde ia. Bastante conhecido nos ciclos políticos, não teve dificuldades de entrar na Governadoria carregando um saco. No gabinete do governador João Durval Carneiro, acompanhando uma caravana, tomou a dianteira, abriu o saco.

Era docinho de burity, iguaria muito comum no oeste baiano. Pegou um tablete, falou:

—Aqui, governador, o que eu trouxe para o senhor. Coma um pedacinho de manhã antes do café, outro meio dia antes do almoço e outro de noite antes do jantar. Depois me diga, levanta até defunto! É bom pra tesão!

Os presentes silenciaram, João percebeu que deu um fora, não perdeu o embalo.

Alegremente se corrigiu:

— Desculpe, governador. Tesão não, eu quis dizer potência!

João Durval gargalhou.

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