E a ponte Salvador-Itaparica anda, ainda que pela via possível, a remota

O primeiro caso positivo de corona aconteceu em 1º de dezembro do ano passado. A China fechou 2019 em pânico e começou 2020 idem. Isso só já bastou para atrasar a agenda do governo baiano com a ponte Salvador-Itaparica, já que os chineses venceram a licitação. Agora, com o corona cá, a agenda só vai ser tocada quando a pandemia passar. E ponto.

Está tudo travado. Os voos que fazem as conexões entre Brasil e China, passando pela Europa, simplesmente cancelados. Mas nem por isso baianos e chineses deixaram de falar sobre a ponte.

João Leão, vice-governador, diz que os contatos têm sido sucessivos e está tudo de pé, só esperando a pandemia deixar o direito de ir e vir voltar ao normal.

Live – Leão diz que anteontem fez uma ‘live’ direto da casa dele, em Lauro de Freitas, para Beijing, na China. Na outra ponta estava Deng Young, secretário-geral da China Railway 20 Bureau Group Corporation, a CR-20, vencedora da licitação. O contrato seria assinado em março.

Diz Leão que foi uma conversa descontraída, só para reafirmar que os compromissos entre as partes estão de pé.

– Eu disse que quero dar os meus primeiros passos sobre essa ponte junto com ele. E ele me respondeu que caminharemos abraçados.

Diz Leão que a ponte com certeza tem uma relevância expressiva no novo normal do pós-pandemia, pelo impacto como obra e principalmente para o futuro da Bahia.

Boquira, onde o jogo (sujo) na política resulta em pânico geral

Lembra aquela história que falamos ontem, de Boquira, onde o presidente da Câmara, Tom de Vicente (PTN), facilitou a entrada de pessoas oriundas de São Paulo que vieram numa van clandestina até Caturama, driblando a barreira sanitária?

Deu Covid (leia-se merda). Situada lá nos confins do sudeste da Bahia, só conhecida pela mineração, especialmente a de chumbo e zinco, hoje desativada, e vivendo só dos repasses oficiais, Boquira está com os seus 22 mil habitantes em pânico.

A cidade não tinha nem um caso. Dos 19 clandestinos, entre os três primeiros testados, um deu positivo. Hoje tem nove confirmados. O prefeito Luciano da Farmácia (PSB) está irado.

– Nossa preocupação é que isso aconteceu numa quinta-feira à noite (dia 28) e na sexta pela manhã ele presidiu uma sessão da Câmara, em contato com servidores, colegas e populares.

Leo Prates, a melhor saída

A decisão de Leo Prates (PDT), deputado estadual licenciado e secretário da Saúde de Salvador, de não se desincompatibilizar, com o que abre mão da possibilidade de se candidatar, considerou prós e contras que deságuam no contra.

Tem pró o bom desempenho nas pesquisas (6% na última do Paraná), o que o credenciava a postular a vice de Bruno Reis. Mas largaria a Saúde em plena pandemia, o que pegaria mal. Ou seja, a melhor saída foi não sair.

Lukas Paiva, um exemplo para a juventude esquecer

Lukas Paiva emergiu na política de Ilhéus em 2012, aos 22 anos, como herdeiro político do pai, o ex-vereador Marcos Paiva. Elegeu-se vereador com o embalo dos bons ventos que

a juventude traz, totalmente limpa, esperança do futuro. Em 2016 reelegeu-se e chegou à presidência da Câmara, passou a fazer tudo o que os velhos corruptos fazem até ver o esquema desmantelado pela Operação Xavier, deflagrada pelo MP.

Resultado: teve a prisão decretada em novembro, passou 75 dias fugido, apresentou-se em março, está preso na Lemos Brito, ontem teve o pedido de liberdade negado pela 1ª Câmara do TJ. O mesmo TJ, noutra decisão, manteve o mandato dele. Em Ilhéus ele está na crista. A questão: vai delatar?