E afinal, Adolfo fica no comando da Alba ou não? É possível que sim
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Adolfo Menezes (PSD), o presidente da Assembleia, está em vias de protagonizar um caso único no parlamento baiano. Há controvérsias sobre a possibilidade de uma terceira reeleição, mas grande parte dos deputados externam claramente que quer que ele fique.
Ele diz que só vai cuidar disso depois do 2º turno em Camaçari, não tem pressa, a eleição ainda é 2 de fevereiro. E também entre os colegas só a deputada Ivana Bastos (PSD) externou a vontade de ocupar a presidência, mas há um detalhe. Os dois são do mesmo partido, liderados de Otto Alencar, e amigos.
A pedra no caminho dele é uma decisão do STF, de dezembro do ano passado, sobre o Mato Grosso, dizendo que deputados não podem ocupar a mesma função na mesa diretora por três vezes consecutivas, princípio que vale para a Câmara e o Senado. Se ele for, estaria quebrando essa regra.
Ponto forte –Mas a favor dele tem o jeitão durão, mas cumpridor de palavra. Ou seja, é direto e objetivo quando trata de qualquer assunto tipo não é não, mas sim é sim. E já que assim o é, os deputados preferem que fique tudo como está.
Esta semana 11 deputados de vários partidos se reuniram e bateram o martelo: o nome é Adolfo e ponto final. E ele não descarta a ideia. E até faz a ressalva muito ao seu jeito:
– Eu não sou santo. Vou reunir os deputados e se acharem que é isso aí, mesmo correndo o risco de uma judicialização, eu vou.
Em suma, na Alba, se houver pendenga, vai ser depois.
Colaborou: Marcos Vinicius
E Camaçari vai viram o grande sinalizador da peleja de 2026
O supercomício que o PT patrocinou em Camaçari, com Lula à frente, aguçou de vez as antenas dos políticos para o desfecho da disputa entre Luiz Caetano e Flávio Mattos (UB).
Se Caetano ganhar, tudo nos conformes, o PT continua vivo e forte para 2026. Se perder, o esforço que faz agora dá sinais de fadiga.
Claro que agora os dois lados dizem que vai ganhar, mas das urnas só será um.
Muito ligado a Luiz Caetano, o deputado Júnior Muniz (PT) diz que os ventos sopram a favor tanto pelo comício de Lula como pelas circunstâncias do 1º turno.
– Houve muitos problemas nas urnas e as apurações começaram quando ainda tinha gente votando, ele (Flavio Matos) na frente. No dia da eleição cortaram o transporte público. E as pesquisas mostram que 80% dos eleitores com mais de 40 anos são Caetano.
Uma baiana vai pilotar o Comitê Climático do NE
O Consórcio do Nordeste, a entidade que congrega os nove estados nordestinos, instalou quinta o Comitê Científico de Monitoramento e Enfrentamento de Emergências Climáticas (CC-MEEC) e quem terá a missão de comandar o órgão é a geóloga e professora da UFBa Olívia Maria Cordeiro de Oliveira.
Ela terá a missão de coordenar os trabalhos científicos de pesquisas que vão lastrear a formulação de políticas pelos governadores para lidar com crises climáticas, como secas, inundações e aumento de temperatura.
Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte, presidente do Consórcio, diz que na pandemia prevaleceram as orientações científicas.
Vitório presta contas terça
Manoel Vitório, secretário da Fazenda do Estado, vai a Assembleia terça (10h), para fazer avaliação das metas fiscais do segundo quadrimestre deste ano.
Vitório tem demonstrado um cenário positivo das contas públicas baianas e ressalva que a Bahia tem hojeuma alta capacidade de endividamento, situação gerada pelas perseguições que sofreu nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.