E Bolsonaro, em pleno TSE, vestiu a carapuça do golpista
Presidente e aliados não aplaudiram discurso em defesa da democracia na posse de Moraes ao TSE
Leitores bolsonaristas dizem que nós, jornalistas, temos evidente má vontade com o presidente, com a ressalva: tão evidente que às vezes mais parecem baba-ovo da esquerda.
Claro que é lero lero. Porque Bolsonaro não padece por ser direitista, ele se assemelha mais a um extremista, e extremista, já disse, de direita ou de esquerda, não por acaso rima com terrorista.
Jornalista que se preza premia o interesse público acima de quaisquer outros. O rumo ditado pela ciência política é a construção de uma sociedade justa, harmoniosa, de respeito pleno em todas as vertentes.
Claro que até chegarmos lá há um imenso caminho a trilhar, mas Bolsonaro passa a sensação de estar na contramão, quando corta verba da educação, na briga para impor vontades pessoais acima de protocolos científicos e na segurança pública, um dos mais sublimes papéis de Estado, manda você comprar um fuzil.
Na posse do ministro Alexandre Moraes na presidência do TSE anteontem, ele sendo efusivamente aplaudido quando fez a defesa da democracia e das urnas e Bolsonaro, o filho Carlos, e os ministros Paulo Guedes (Economia) e Ciro Nogueira (Casa Civil) foram os únicos a não aplaudir. Vestiu a carapuça do vilão da democracia, a contramão plena.
Ademais, para quem quando jovem foi as ruas tomar borrachadas da polícia gritando abaixo a ditadura, agora gritar volta a ditadura, é dose, não?
A Bahia vai bem no algodão, mas tem pouca empresa no jogo
No 13º Congresso Brasileiro do Algodão, que se realiza no Centro de Convenções de Salvador, um detalhe chamou a atenção: de 37 estandes montados, só dois são baianos, o da Galvani Fertilizantes e o da JCO Bioprodutos.
Curioso, porque na cultura a Bahia sempre teve tradição, inicialmente no Recôncavo, onde o clima não ajudou, depois no Vale do Iuiú a partir de Guanambi, onde o bicudo, uma praga, inviabilizou, e agora no cerrado do oeste, com 306 mil hectares plantados e produção de 588 mil toneladas de plumas, a segunda maior do Brasil, só superada pelo Mato Grosso.
A Abapa, associação baiana, diz que 98% da produção estadual vêm de lá.
1625 candidatos disputam 107 mandatos e 2 suplências na Bahia
O mapa de candidaturas fechado pelo TRE dá conta de que 1.625 pessoas se habilitaram na disputa de uma vaga de governador, uma de senador, duas suplências de senador, 39 vagas de deputado federal e 63 de estadual.
O número de candidatos ao governo é de seis, também seis ao Senado, 727 a deputado federal e 868 a estadual. Os advogados do ramo dizem que aí estão os que pediram registro, não quer dizer que todos serão atendidos. Ou seja, alguns serão indeferidos, o que altera o cenário.
Canudos, ‘o sertão que virou mar’, agora Será também o sertão que vai virar arte
Canudos, o palco da guerra que teve o beato Antonio Conselheiro como protagonista (1896-1897), realiza de quarta a domingo da semana que vem a III Feira Literária Internacional de Canudos, Flican, que este ano tem como homenageado Ariano Suassuna, e vai usar espaços históricos como palco.
Aliás, foi o beato Conselheiro que fez a profecia dizendo que ‘o sertão vai virar mar’, e virou. A velha Canudos, palco da guerra, hoje está inundada pelas águas do açude de Cocorobó, no miolo do Parque Estadual de Canudos. O professor Luiz Paulo Neiva, da Uneb, arauto dessa história, é curador da Flican. E promete evento top.