E com Geraldinho, os governistas ganham ou perdem? Eis a questão
Confira a coluna de Levi Vasconcelos desse sábado, 23
Diz Bruno Reis que no jogo político não convém gastar tempo para discutir as estratégias adversárias, mas arriscou um pitaco: ‘O candidato mais difícil para mim seria Robinson (Almeida, do PT), mas vai dar Geraldinho’. E deu.
Bruno usa lógica elementar. Robinson é do PT de Lula e Jerônimo, por si argumento forte. Mas o toré do índio toca noutra direção: PT e esquerda são de casa, Geraldinho conhece os problemas de Salvador e saiu do ninho de Bruno, até março de 2022 era o presidente da Câmara.
A questão: dará certo? Ou melhor, a pretendida união vai se configurar? Sabe-se lá, mas as estratégias desde Jaques Wagner, de apoiar vários, por todos os ângulos, até agora fracassaram.
Histórico —Em 2008, na primeira disputa da era Jaques Wagner, o governo abençoou João Henrique, que disputou a reeleição, Walter Pinheiro (PT) e Antonio Imbassahy. João Henrique foi ao 2º turno com Pinheiro, ganhou, mas não se sentiu aliado do governo. Em 2012, ACM Neto foi ao 2º turno com Nelson Pelegrino (PT) e ganhou. O governo tinha ainda Mário Kertész (MDB) e Márcio Marinho (PRB).
Em 2016, Neto ganhou no 1º turno contra os governistas Alice Portugal (PCdoB), Sargento Isidório (Avante) e Cláudio Silva (PP), e em 2020 Bruno Reis (UB) levou no 1º turno contra Major Denice (PT), João Carlos Bacelar (Pode) e Olívia Santana (PCdoB).
2024 é a primeira tentativa de unir a base governista na era petista. Vai dar? Eis a questão.