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COLUNA

Levi Vasconcelos

Por Com colaboração de Marcos Vinicius

ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 24 de abril de 2025 às 6:25 h | Autor:

E eis que Coroa Vermelha, o palco da 1ª missa, estampa uma vergonha

Confira a coluna desta quinta-feira

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A cruz original, pequenina, a que circula num périplo pelo País, e a implantada em Coroa Vermelha, na festa dos 500 anos do Brasil, em 2000
A cruz original, pequenina, a que circula num périplo pelo País, e a implantada em Coroa Vermelha, na festa dos 500 anos do Brasil, em 2000 -

Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, o local em que foi celebrada a 1ª Missa no Brasil, vai receber sábado pela primeira vez a mesma cruz que o Frei Henrique de Coimbra, o padre da esquadra de Pedro Álvares Cabral, usou 525 anos atrás, até hoje guardada no Museu da Sé de Braga, em Portugal, justamente para celebrar a data.

A tal cruz já passou por Rio, São Paulo e Brasília, amanhã estará em Salvador e sábado em Coroa Vermelha – ponto alto do seu périplo no palco dos acontecimentos que marcaram a chegada dos portugueses para celebrar os 525 anos do evento.

E é aí que começa o rolé da festa. Lá se diz que se o Frei Henrique de Coimbra viesse junto, iria se horrorizar. Bem juntinho do lugar, uma vala aberta em 2000 por ocasião dos 500 anos do Brasil para a água escorrer, virou um esgotão, às vezes muito fedorento, que despeja no mar.

Esquecido – O pior. Coroa Vermelha é área indígena. É a maior aldeia urbana do Brasil e um centro de artesanato indígena com mais de 200 barracas visitadas por turistas do mundo inteiro que vão a Porto Seguro, a apenas 17 km, e os governos federal, estadual e municipal, simplesmente não ligam.

Conta Wellington Rocha, descendente de indígenas e morador do pedaço, que a expressão mais correta para qualificar o caso é vergonha.

– As terras foram ocupadas aleatoriamente e deu nisso, o esgotão a céu aberto sujando o lugar de um acontecimento histórico do Brasil.

Milagre – Dizem os ambientalistas do trecho, segundo Wellington, que a volta da cruz original, no sábado, traz a esperança de que a área seja olhada com o devido respeito. Tal tipo de poluição é comum no Brasil e o que se diz tem toda lógica. Se em Coroa Vermelha, local de tanto simbolismo, é assim, o que esperar do resto?

REGISTROS

Belov e o lixo 1

O estudo Fragmentos da Destruição: impactos do plástico à biodiversidade marinha brasileira, publicado pela Oceana, revela que o Brasil lança 1,3 milhão de toneladas de plástico nos oceanos a cada ano, volume equivalente ao peso de 1,3 milhão de carros de pequeno porte. É uma das grandes crises ambientais do nosso tempo.

Belov e o lixo 2

Aleixo Belov, o ucraniano que adotou a Bahia e é o maior navegador do nosso tempo, conta que numa temporada no Polo Sul, quando o gelo começou a derreter apareceu uma praia, foi lá. Se assustou com a quantidade de plástico que viu. O Brasil está entre os 10 maiores poluidores do mundo, o maior da América Latina.

Em Praia do Forte

Visitantes de Praia do Forte, uma das joias do litoral norte baiano, em Mata de São João, dizem que chegar lá virou um sufoco. Estacionamento só a três quilômetros de distância da praia. E os que ficam perto cobram diária de R$ 60.

Cidadão feirense

ACM Neto vai receber dia 8 de maio o título de Cidadão Feirense. O detalhe é que o autor é José de Arimatéia (Republicanos), deputado no quinto mandato consecutivo, vereador 20 anos atrás.

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