E será Zé Trindade o nome para encarar Bruno? Ele está no jogo

José Gonçalves Trindade, ou simplesmente Zé Trindade, ex-vereador em Salvador, é o nome que vem circulando nos bastidores como o provável candidato que terá as bençãos de Lula, Rui Costa e Jerônimo para encarar Bruno Reis na disputa pela Prefeitura de Salvador

Zé Trindade, irmão do ex-deputado federal e agora também vereador em Salvador Maurício Trindade (MDB), elegeu-se vereador em 2012 e se reelegeu em 2016, mas em 2020 perdeu, teve apenas 3.613 votos, mas sempre se notabilizou, antes e sempre, como ferrenho adversário de ACM Neto.

Maurício, o irmão vereador, ao contrário, é aliado. E agora, como é que fica? Nos bastidores corre que Maurício já disse que se for preciso, sai da disputa, mas contra o irmão não fica. E já até teria entregado os cargos que tem na Prefeitura de Salvador.

Jogo pesado —E qual seria o partido de Zé Trindade? Petistas dizem que ele, se quiser postular a vaga, terá que ir para o PT. Outros preferem esperar mais um pouco para ver como andam Lula e Jerônimo, se bem, tudo bem. Se não, pensa-se em outra alternativa.

O PT e seus aliados dizem que já definiram a estratégia, a união. A que já foi experimentada algumas vezes, a última delas em 2020, de botar vários candidatos, ou pulverizar para unir num eventual segundo turno não deu certo. O jogo agora é definir um nome.

Também ainda está no páreo o vice-governador Geraldo Júnior, do MDB. Seja quem for o cabeça de chapa, a cotação para a vice é em cima da deputada Olívia Santana (PCdoB). A coisa caminha por aí.

Sem terra e fazendeiros fazem da Alba palco das suas queixas

O Movimento dos Sem Terra, ou MST, se reuniu ontem no auditório da Assembleia para lembrar a passagem dos 27 anos do massacre de Eldorado dos Carajás.

Já os fazendeiros, injuriados com as invasões de fazendas pelo MST, vão dar os esperneios dia 25, a terça-feira da semana que vem, usando o mesmo espaço para fazer o discurso oposto.

Diz o deputado Sandro Régis (UB) que muitas das invasões patrocinadas pelo MST pela Bahia não passam de atos criminosos praticados em nome da política.

— O que vemos é eles invadirem fazenda, lotearem, venderem os lotes, e depois vão invadir a próxima, tudo isso em nome da reforma agrária. É um escândalo horroroso.

As invasões incomodam também parte dos aliados do governo. A questão é ver o quem é quem na briga.

Prefeitos se seguram

Leo de Neco (PP), prefeito de Gandu, já reeleito em 2020, tido como um dos mais bem avaliados da atual safra, diz ainda não ter a menor noção de quem será o candidato que o grupo vai apoiar:

—Não tenho a menor ideia. Só vamos começar a conversar sobre isso lá para o fim do ano, em dezembro.

A posição dele é a mesma dos colegas em situação similar. Ou seja, antecipar campanha é só problema. E custo.

Paulo Cezar leva novo tombo em Alagoinhas

Paulo Cezar, duas vezes prefeito de Alagoinhas que em 2020 com a eleição quase ganha contra o prefeito Joaquim Neto (PSD) perdeu ao ser flagrado dizendo já ter feito favores a um eleitor, agora lidera as pesquisas, mas sofreu novo tombo: foi condenado a dois anos e seis meses de prisão e mais uma multa de R$ 255 mil por fraudes no transporte escolar.

Curioso é que Paulo Cezar protagoniza uma pendenga inusitada. Segundo a equipe jurídica dele, na própria decisão está dito que a pena privativa de liberdade foi substituída “por uma restritiva de direitos e prestação pecuniária”. Ou seja, ele foi condenado a prisão, mas não vai ser preso. E se pega nisso para dizer-se livre, leve e solto. Cola?