Embora seja contra, Paulo Azi diz que Distritão pode vir. E não é bom
Sabe o que é Distritão? É mais ou menos assim: a Bahia tem 39 vagas de deputado federal por qualquer partido e ganha quem tiver mais voto. Assim vai também com as 63 vagas da Assembleia e as dos vereadores.
Isso está no bojo como item principal da reforma política que se discute em Brasília e os baianos lá por nós consultados são unânimes: há todo um clima favorável para aprovar.
O deputado Paulo Azi, presidente do DEM na Bahia, carimba a tese, com a ressalva: ‘Eu sou contra, mas no que depender da Câmara, passa’.
O xIs da questão — Azi diz que há um sentimento dos deputados em salvar a própria pele diante da nova legislação que proíbe coligações. Se assim o é, cada partido tem que fazer chapas fortes. E cadê candidatos para preenchê-las?
— O problema do Brasil é o excesso de partidos, 30. Como achar candidatos com tantos partidos? Isso se configurou na corrida atrás de tempo de televisão e do fundo partidário. Todo mundo quis fazer um.
Azi faz a ressalva de que para ele pessoalmente seria melhor o Distritão, mas é um modelo em que os eleitos representariam apenas 30%.
— Sou contra o Distritão exatamente por isso, distorce e enfraquece a representatividade da sociedade brasileira. Com os eleitos representando apenas 30% dos votos como indica uma pesquisa, seria muito ruim.
Em suma, enfraquece os partidos e favorece os endinheirados. Vai dar barulho.
Fábio diz que é hora de cautela
Embora até agora o São João não tenha dado maus sinais na Covid, o secretário Fábio Vilas-Boas (Saúde), admite que o cenário é favorável com queda das estatísticas negativas, mas ressalva a situação ainda preocupante:
— Apesar da queda no percentual de ocupação de leitos, o número de pacientes internados, casos novos e casos ativos ainda é bem superior ao do início do ano e mais ainda quando comparamos com setembro de 2020.
PSDB quer a vice de Neto
Ligado ao ex-deputado Antonio Imbassahy, também ex-prefeito de Salvador, hoje secretário especial chefiando o escritório do governo de São Paulo em Brasília, o deputado estadual Paulo Câmara, que ao lado de Tiago Correia e Carlos Geílson forma a bancada tucana na Alba, diz que participa de várias reuniões para 2022 e já tem posição firmada:
— Vou seguir o partido. Sempre fomos aliados de Neto e queremos uma vaga na chapa majoritária.
E o PDT vai na mesma pegada
O PDT, presidido na Bahia pelo deputado federal Félix Mendonça Júnior, não esconde para ninguém que o partido também quer a vaga de vice, como já tem, com Ana Paula, que é a vice de Bruno Reis em Salvador.
Se assim o é, está faltando vaga na chapa de Neto. Uma é a dele, outra a de Zé Ronaldo, que quer disputar o Senado e tem a vice com PDT e PSDB querendo. Dizem nos bastidores que tem mais gente correndo por fora.
Alagoinhas e o ‘boom’ na saúde, é efeito da cerveja
E já que estamos falando de Paulo Azi, o Grupo Atenas desembolsou R$ 137,1 milhões para comprar das mãos de parentes dele o Hospital das Clínicas de Alagoinhas, ou HCA, como chamam. Outra boa: o Hapvida pagou pela clínica Cetro R$ 25 milhões.
É por conta disso que o prefeito de Alagoinhas, Joaquim Neto (PSD) diz que a cidade vive um ‘boom’ na área da saúde:
— É um momento único. Isso se completa com a ampliação do Hospital Dantas Bião, que é público e vai ganhar uma nova ala de pediatria e a ampliação do Hospital Materno Infantil. Eu nasci lá 59 anos atrás. E continua do mesmo tamanho.
O ‘boom’ da saúde em Alagoinhas na real é econômico, turbinado pela presença de cervejarias.
REGISTROS
Lá e lou 1
Bolsonaro disse em bate-papo com apoiadores que tem sido cortejado por alguns partidos, como PP (pelo qual ele foi deputado federal durante 26 anos), PL e PTB, ‘além de outros pequenos’.
Lá e lou 2
A depender do movimento dele lá, vai reverberar cá. O PP é o partido de João Leão, o vice-governador, aliado de Rui Costa e Jaques Wagner, o PL é comandado pelo deputado federal Zé Rocha, já bem próximo, e o PTB já é dele, depois que Roberto Jefferson, o dono do partido, deletou o ex-deputado Benito Gama.
Mapa da mina 1
Antonio Carlos Tramm, presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), pilota hoje (16h, via Youtube) mais uma edição do CBPM Convida, com o tema ESG na atração de investimentos para a mineração”. Vai reunir cinco especialistas da área, de advogados a empresários.
Mapa da mina 2
Segundo Tramm, com a Fiol a Bahia descortina novos horizontes na mineração. Há áreas de grande potencial em ferro, níquel e até indicativos de ouro que ninguém se interessou pela dificuldade de transportar.