Enfim, Jerônimo se reúne com prefeitos para agir contra a seca

Do sisal ao cacau, as plantas estão secando, com o gado morrendo de ponta a ponta. Enfim, os prefeitos baianos, que já enfrentam as dificuldades geradas pela queda de receita vão passar o final de ano em clima sorumbático.

Quinho de Belo Campo (PSD), presidente da UPB, por exemplo, cancelou a quarta edição da Expo Belo Campo, feira agropecuária que aconteceria de 21 a 25 de fevereiro com a expectativa de movimentar em torno de R$ 20 milhões.

— Estamos nisso, além dos nossos problemas financeiros, ainda vem o pior, a seca, que prejudica a todos, dos grandes produtores ao pessoal da agricultura familiar. Vamos fechar o ano no limite, com a esperança de que em 2024 venham dias melhores.

Burocracia —E é para atender o clamor contra a seca que amanhã pela manhã estará com os prefeitos baianos, na UPB. Duas coisas que integram as queixas generalizadas ele vai ouvir.

1 — O baixo valor do repasse para a contratação de carros pipa, segundo eles, muito baixo, ainda mais em tempo de alta concorrência.

2 — A burocracia, que implica numa ‘vistoria’ em cada município, enquanto a seca bate implacável e sem burocracia em todo lugar.

Um prefeito aliado do governo disse que não entende essa burocracia, já que alguns municípios têm o reconhecimento federal do estado de emergência.

O deputado Sandro Régis (UB), da região do cacau, diz que lá também a coisa está feia.

— É simplesmente algo nunca visto no cacau.

E enfim, eis que a ponte vai começar, ainda no fundo do mar

E a ponte Salvador-Itaparica vai sair mesmo, ou é mais uma conversa? A pergunta vem de Isidro Silva, morador de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, fazendo coro com o sentimento coletivo da dúvida após tanto tititi.

Sim, prezado. E ironicamente começa sem uma estampa visível. Cláudio Vilas Boas, o piloto do consórcio chinês que toca o projeto, diz que a partir de 8 de janeiro um navio começa as sondagens. Somado com o que vai fazer a dragagem, são R$ 280 milhões. Ele pontua duas coisas.

1 — A sondagem é o início das obras de fato, apesar de ser no fundo do mar. Ou seja, em terra, só lá pelo fim de 2024, mas é mesmo o começo.

2 — O consórcio chinês não vai realizar a obra, vai contratar. Ele é dono de uma concessão de 35 anos, 5 para a construção e 30 para explorar. Ou seja, para o consórcio, quanto mais rápido, melhor.

Deu quórum no tabuleiro

Após o fim da sessão de anteontem na Alba, deputados se aglomeraram no entorno do tabuleiro de Tonha do Acarajé, confraternizando alegremente. Foi passando o deputado Felipe Duarte (PP), gritou:

— Para isso vocês não me convocam, né?!

Foi convocado. Ficou a gozação: deu quórum no Tabuleiro da Tonha.

Em síntese, o ano ainda não acabou, mas o clima já é de Natal e Ano Novo.

Luiz Alberto, um arauto em defesa de São Roque

O ex-deputado Luiz Alberto ia completar 71 anos dia 3 de janeiro, uma quarta-feira. Pré-candidato a prefeito, marcou a festa para o dia 6, o primeiro sábado do ano.

Quem revela a situação aí é o amigo e aliado dele, Sílvio Ataliba, ex-prefeito, que ontem estava em Brasília para levar ao ministro Alexandre Padilha o resultado dos encontros pedindo a volta do Estaleiro de São Roque do Paraguaçu.

— Tomei um choque quando soube da morte dele. É uma perda para a Bahia, para o Movimento Negro, e para Maragogipe em particular.

Aliás, a tristeza em Maragogipe foi em dose dupla. Também morreu o Padre Reginaldo Morais, 71 anos. com 35 anos na Paróquia de São Bartolomeu.

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