Geraldo Simões, uma vitoriosa trajetória no PT, de final melancólico
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
E eis que Geraldo Simões, compadre de Lula, chega em 2024 carimbando um final infeliz com o PT, partido do qual é fundador. Anunciou que está conversando em Itabuna com Pancadinha (SD), Capitão Azevedo (UB) e Isaac Nery (PDT), os prefeituráveis adversários do governo, para tentar unir todos contra o prefeito Augusto Castro (PSD), apoiado pelo PT e Jerônimo.
No inicio de abril, por 594 a 590 votos, o PT de Itabuna rejeitou a candidatura dele a prefeito para apoiar Augusto. Ele resmungou, aliados começaram a se aproximar de Pancadinha e agora ele também. Mas o que deu em Geraldo para entrar nessa?
Erros —Geraldo Simões elegeu-se prefeito de Itabuna a primeira vez em 1992, depois de duas vitórias como deputado estadual, a primeira em 1986, quando o PT ainda engatinhava, a outra em 1990. Virou arauto de um tempo novo em Itabuna
Em 1998 ele elegeu-se deputado federal a primeira vez, em 2000 voltou a ser prefeito. Foi federal três vezes, até 2015. quando perdeu a tentativa de reeleição. No primeiro governo de Jaques Wagner foi secretário da Agricultura. Mas jornalistas itabunenes dizem que na trajetória ele cometeu dois erros.
1 — Em 2008 candidatou a prefeita a mulher, Jussara Feitosa, perdeu, insistiu de novo em 2012, tornou a perder e em 2014 tentou se reeleger federal com o filho Thiago estadual, perdeu. O viés familiar incomodou. E ele se acabou aí.
2 — Lá atrás, numa querela partidária, ele chamou Rui Costa de vagabundo. Passou os 8 anos de Rui jogado no canto.
Colaborou: Marcos Vinícius
Feira, a concorrente da Paraíba com tanto ‘Zé’ no jogo político
Vige como tem Zé / Zé de baixo, Zé de riba / Te esconjuro com tanto Zé / Como tem Zé lá na Paraíba.
Aí é o coro da música Vige como tem Zé na Paraíba, lançada por Jackson do Pandeiro (1919-1982) em 1962, há mais de 60 anos, e agora é evocada por jornalistas de Feira de Santana para dizer que se fosse hoje, o velho com certeza no mínimo diria, na Paraíba e em Feira também.
A alusão é para expor um dado curioso, a vocação feirense por ter políticos de ponta com o nome de Zé. Lá já teve como prefeitos Zé Falcão, Zé Raimundo e Zé Ronaldo, que este ano tenta voltar ao cargo polarizando a disputa com outro Zé, o Zé Neto.
De quebra, tem também o deputado estadual Zé de Arimatéia (Republicanos) e o vereador Zé Carneiro (UB), que já foi presidente da Câmara duas vezes. Que pena que Jackson não viveu para ver isso.
Um caso de polícia com Cafu
Ex-prefeito de Ibititá, o deputado Cafu Barreto (PSD) enroscou-se num problema policial. O médico Raul Machado cobra dele por serviços prestados e ele diz que não solicitou nenhum procedimento, atendimento, exame ou cirurgia.
Recebeu um áudio atribuído ao médico dizendo que se os valores não forem pagos vai utilizar todos os recursos disponíveis para acabar com a vida dele e dos familiares.
Enfim, o PT joga a tolha. Isaac está fora em Juazeiro
A Federação PT, PCdoB e PV vai se reunir hoje para decidir o que fará em Juazeiro, já que a candidatura do ex-prefeito Isaac Carvalho, tão ardorosamente defendida pelo PT até o fim da semana passada, minguou de vez com a nova decisão judicial que mantém a inelegibilidade dele.
A ideia é pinçar um nome da própria federação, que tem como pré-candidatos os deputados Zó (PCdoB) e Roberto Carlos (PV), mas correndo por fora há o ex-prefeito Joseph Bandeira, que é do PSB.
Em 2018, Isaac teve pouco mais de 100 mil votos para deputado federal, tudo anulado. Na época, ele culpou o PCdoB, partido dele, Agora, o PT se empenhou até a alma. A pergunta que fazem lá: ele vai culpar quem?