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Levi Vasconcelos

Por [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado terça-feira, 24 de agosto de 2021 às 6:04 h | Autor:

Governadores até querem baixar as tensões, mas os próprios duvidam

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Chefes dos executivos de 24 estados e do DF insistem em tentar diálogo com o presidente | Foto: Renato Alves | Agência Brasília
Chefes dos executivos de 24 estados e do DF insistem em tentar diálogo com o presidente | Foto: Renato Alves | Agência Brasília -

Bolsonaro se elegeu em 2018 com apoio no segundo turno de 15 dos 20 governadores (DF incluso). Só tem cinco. Em dois dos estados mais importantes, o pior. Wilson Witzel, do Rio, caiu em desgraça, mal governou, foi afastado. E João Doria, de São Paulo, está no mandato, mas muito mal nas pesquisas. Quer ser presidente, mas sabe-se lá se consegue a reeleição.

E eis que a investida de Bolsonaro pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, forçou o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do Fórum de Governadores, a antecipar para ontem a reunião que seria no fim de semana. Objetivo: apagar o incêndio. Resultado: nenhum.

Pacto — Os governadores se dividiram entre os que queriam emitir uma nota em defesa da democracia e os que gostariam de ter uma conversa frente a frente com Bolsonaro.

Dos 27 governadores, 17 vão tentar a reeleição, outros dez, entre eles Rui Costa, vão tentar eleger sucessores numa circunstância em que ainda brigam contra a pandemia e os seus tentáculos maléficos, querem tranquilidade democrática para tocar a vida, mas entre eles há o consenso: aí não é um problema, é o problema que se chama Bolsonaro.

Seja como for, ficou de boa os governadores fazerem coro com todo o sistema institucionalizado do país em defesa da democracia. Como dizia o inglês Winston Churchill, a democracia é o pior dos regimes, mas não há nenhum melhor que ela.

Após 4 anos do naufrágio da Cavalo Marinho só deu tristeza

Hoje completam-se quatro anos do naufrágio da Cavalo Marinho, uma das lanchas da Travessia Mar Grande-Salvador, com 116 passageiros e quatro tripulantes, que resultou em 19 mortes e até agora ainda não houve decisões judiciais sobre o caso.

O prefeito de Vera Cruz, Marcus Vinicius (MDB), vislumbra uma luz no fim do túnel para a situação.

– A Marinha concluiu o laudo técnico apontando que as alterações feitas na embarcação sem autorização oficial foram determinantes para o acidente. Como é um documento técnico, acredito que isso irá embasar as decisões judiciais.

Marcus diz que após o acidente a Capitania dos Portos ampliou o rigor na fiscalização, determinando a suspensão das viagens com mau tempo com muito mais rigor do que antes.

– A Agerba, que faz a fiscalização estadual, é que não mudou. Continua a mesma.

Dal, outro que ameaça sair

Outro que só está esperando a janela partidária abrir para também deixar o PP, e não faz segredo, é o deputado Adalberto Rosa Barreto, o Dal. No caso, aí a insatisfação tem origem em Amargosa, a terra dele.

Bem-sucedido empresário do ramo de combustíveis, Dal se elegeu em 2018 pelo PCdoB na tentativa de se contrapor ao prefeito Júlio Pinheiro (PT), que é bem avaliado e com quem, no governo, ele não tem vez.

Robinho deixa a base de Rui, fica com Leão, mas...

O deputado Carlos Robson Rodrigues da Silva, o Robinho (PP), confirma: está mesmo saindo da base de Rui Costa, embora permaneça no PP de João Leão. Ele se diz insatisfeito com o tratamento que vem recebendo do governo:

– Rui não atende os deputados. Tenho três anos e não consigo uma audiência com ele. Outro dia vim com seis prefeitos e, na hora, foi cancelado. O que eu posso fazer?

Robinho diz que permanece no PP, que, incluindo ele, tem 10 deputados na Alba:

– Meu candidato a governador é Leão.

E se Leão não for candidato?

– Aí eu não sei o que vou fazer. Sei o que não vou fazer. Eu não apoiarei Jaques Wagner. Rui maltrata, mas pelo menos tem pulso. Ele não.

REGISTROS

Tempo e dinheiro 1

A 680 km de Salvador e a 645 km de Belo Horizonte, quase no meio do caminho entre as duas capitais, Guanambi, no sudoeste baiano, está em vias de ganhar um voo direto da Azul para Belo Horizonte, conforme Rui Costa disse ontem a jornalistas de lá.

Tempo e dinheiro 2

Beto Hora, radialista lá, diz que a passagem de ônibus para BH custa R$ 350 e o tempo de viagem vai a quase 12 horas. Já de avião, a passagem custa R$ 240 e o tempo de viagem é de menos de uma hora. ‘A comparação é covardia’, diz.

Enfim, advogado 1

Enfim, o major Cosme de Farias, famoso rábula, o advogado calça-curta de antigamente, que morreu em 14 de março de 1972, com quase 97 anos de idade, virou advogado de verdade. A OAB-BA concedeu a honraria a ele sexta passada.

Enfim, advogado 2

Aliás, no último 2 de abril, a data do aniversário de Cosme de Farias, o pleno do TJ-BA aprovou o batismo do nome dele no Salão do Júri do Fórum Ruy Barbosa. Cosme defendia os pobres e lutava contra o analfabetismo.

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