Guerra ao tráfico, a agonia que só cresce em Salvador e Bahia afora
Confira a coluna de Levi Vasconcelos

– É apavorante estar numa situação em que a única alternativa é pegar a mulher e os filhos e se esconder debaixo da cama. Já não podia sair de casa. Agora, em casa, também já não se tem paz.
O desabafo aí de R. M. F, 50 anos, a mais de 30 vivendo no Alto de Coutos ou Fazenda Coutos com a mulher e dois filhos. E ele pergunta: dá para ter a esperança de que viveremos dias melhores, se a situação só piora?
Ele conta que tem muito bons amigos entre os vizinhos e que a comunidade já levou uma pancada violenta com a morte, na virada de 2021 para 2022, da fisioterapeuta Valéria Maria Cardoso dos Santos, vítima de uma bala de alguns que celebravam a chegada do ano dando tiros para o ar, agora vem esse episódio do domingo que resultou em 12 mortes.
Briga errada –Ele quer saber se dá para ter esperanças de dias melhores? Pena, amigo. O cenário é desalentador e o pior, não é só aí em Coutos.
A briga de traficantes pelo controle de espaços começou lá pelas favelas do Rio, se expôs com a Cracolândia em São Paulo e se alastrou pelo Brasil afora, na Bahia também, até nas pequenas cidades, como uma praga maldita.
Essa guerra já custou milhares de vidas e até agora, nada sinaliza numa sensação de reversão. Ou seja, o Estado parece estar perdendo a parada.
O assunto é tema de debates exaustivos. Uma corrente de pensamento diz que droga não é problema de polícia e sim de saúde. Sei lá se é essa opção. Na bala parece não estar dando.
Colaborou: Marcos Vinicius
Encontro em Guarajuba
Diretor da Rede Bandeirantes no Nordeste durante 21 anos, até 2018, quando se aposentou, o jornalista Cláudio Nogueira e a esposa Virgínia passaram o carnaval num resort em Guarajuba ao lado de Cláudio Giordani, o Ceo do Grupo Bandeirantes, com quem trabalhou e se tornou amigo, que o convidou.
Nogueira é carioca, mas não abre mão da Bahia.
– Que venham Cláudio e outros amigos. Daqui não saio.
E Milena está no comando da Secom, até Jerônimo se decidir
O jornalista Eudes Benício, que assumiu interinamente a Secretaria de Comunicação do governo quando André Curvelo deixou o cargo, em dezembro, está na coordenação de relações públicas da Embratur.
Cá na Bahia, enquanto Jerônimo não aponta uma solução para o caso, a jornalista Milena Leal, que era a chefe de redação e eventualmente substituta de Eudes nas ausências dele, agora é quem responde pela comunicação do governo baiano.
André Curvelo deixou o governo para assumir a comunicação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), pediu o boné e Jerônimo aceitou, sem ter a menor ideia de quem iria para o lugar.
Semana passada surgiu o nome do publicitário Cid Andrade, que parece ter naufragado nas intrigas entre Rui Costa e o ministro Fernando Haddad (Fazenda), a quem ele é ligado.
A magia da arte entra na celebração ao mês mulher
A Galeria Elisa Murgel, uma das mais badaladas de São Paulo, na Rua Girassol, Vila Madalena, abre hoje (e fica até o dia 25) a amostra “Dia Internacional da Mulher-25”, para celebrar o Dia Internacional da Mulher. No mix de 25 obras selecionadas pelo Brasil afora está “Mãe Terra: sagrado feminino ameaçado”, da advogada e artista plástica baiana Ana Motta, a Anatê, uma obra configurada em papel color plus.
– A minha arte expressa a mãe terra que é a energia máxima do feminino dado que simboliza a fertilidade, a criação e o grande ventre sagrado de onde viemos. Acontece que a mãe terra está sendo ameaçada pela ganância dos seus próprios filhos.