Janelas fechadas, sete federais e 16 estaduais mudaram de sigla
Por incompatibilidade com os rumos dos partidos pelos quais se elegeram, afinidades na polarização esquerda e direita, ou mesmo mera conveniência eleitoral, seis deputados federais e 16 estaduais mudaram de sigla até o comecinho do mês, quando a janela fechou.
Entre os federais estão Abílio Santana, que se elegeu pelo PHS, e Alex Santana, do PDT. Ambos são evangélicos e tomaram o rumo dos Republicanos para aproximar-se de Bolsonaro, a quem apoiaram sempre, mas ficando com ACM Neto. Já Zé Rocha, que era do PL, foi para o UB, fugindo de Bolsonaro e João Roma, candidato ao governo, que também mudou, saindo do Republicanos para o PL, o partido do presidente.
Petista — Entre os estaduais, Marquinho Viana largou o PSB de Lídice da Mata e se filiou ao PV, que integra a federação do PT e PCdoB, mas ele admite, que a mudança foi por mera conveniência eleitoral.
— Já me elegi em 2014 pelo PV. Voltei para casa.
Já Samuel Jr, que se elegeu pelo PDT e mudou para o Republicanos, é evangélico da Assembleia de Deus e diz que mudou de partido por uma razão bem simples:
— Nós apoiamos Bolsonaro na disputa presidencial.
Euclides Fernandes, advogado e pecuarista, também deixou o PDT que está fechado com ACM Neto e virou petista. Já Roberto Carlos, também aliado de Rui Costa, deixou o PDT pelo PV no último minuto. O número dele há cinco eleições é 12345. Perdeu isso.
Dos 63, seis dizem que não vão disputar as eleições este ano
De saída já é líquido e certo que a Assembleia Legislativa da Bahia vai renovar nas urnas deste ano em pelo menos 10%. Ou melhor, seis deputados estaduais já anunciaram que não concorrerão.
Tom Araújo (UB) e Alex Lima (PSB) por problemas de saúde, Jurandir Oliveira (PSB), o decano, com 10 mandatos e 85 anos resolveu parar para dar lugar ao filho Marcelo, Aderbal Caldas (PP), 79 anos, sete mandatos, e Pastor Ubaldino (PSD), 74 anos, este último querendo emplacar a filha Débora, e três mandatos resolveram que está na hora de parar, e finalmente Rogério Andrade Filho (PSD), o mais novo da casa, com 24 anos, que vai sair para ceder lugar ao pai, Rogério Andrade, prefeito de Santo Antônio de Jesus que em 2020 perdeu a reeleição.
Em 2018, 51 dos 63 estaduais disputaram a reeleição, 39 se reelegeram e 12 (38%) perderam. Agora com o fim das coligações, a expectativa é que a renovação seja maior.
Cinco vão tentar Brasília
Além dos seis que não vão disputar a reeleição, outros cinco dos 63 estaduais vão tentar voar para Brasília. Entre eles estão Capitão Alden e Talita Oliveira, que em 2018 se elegeram pelo PSC no rastro da onda Bolsonaro e agora estão no Republicanos. Os outros são Tum (Avante), Diego Coronel (PSD) e Dal (UB). Tum, que é de Casa Nova, diz que o norte da Bahia está sem representação federal.
— Há espaço e sou candidato a preencher esta lacuna.
O velho normal volta na Alba com a beleza da arte
O velho normal voltou ontem na Assembleia da Bahia com honras e pompas. Além do restaurante, maior ponte de convergência de políticos de todos os lados da Bahia, sempre ao meio dia, o Espaço Cultural Josaphat Marinho, logo na entrada, estampa as belas pinturas de Aldinho Mendonça, que junto com Maritiza Novato, organiza as mostras semanais por lá.
— A alegria de voltar é tanta que preferimos nós mesmos protagonizar o espetáculo. Acho que acertamos.
Na área, expõem artistas dos quatro cantos da Bahia, cada semana um. Nos 15 anos em que o projeto é implementado, por lá já passaram de 500 os artistas com todos os tipos de arte, de pinturas clássicas a cerâmica.
REGISTROS
Visual de plástico
A primeira lagoa da Paralela, sentido centro-aeroporto, em frente ao Imbuí, foi preservada pelos construtores da linha do metrô que por lá passa, mas o espetáculo para quem passa e olha nada tem a ver com natureza pura. Os plásticos que nela jogam ficam boiando nas bordas como se fizessem parte da paisagem.
Visual panorâmico
Tarcísio Albuquerque realiza de 11 a 17 no Mercado Cultural de Lençóis uma exposição com fotos gigantes, de 2,5 metros de largura por 1,5 de altura, de áreas panorâmicas da Chapada Diamantina. Ele diz que o tamanho é para quem olhar sentir-se como se estivesse lá.
São João 1
Enfim, o forró estará de volta em 2022, como no velho normal. Além de Rui Costa ter dito que já ordenou ao pessoal do setor que trabalhe com a ideia de ter, grande parte dos municípios onde a festa é forte já confirmaram: habemos forró. O último foi Santo Antônio de Jesus.
São João 2
Diz o pessoal do forró que na pandemia o entretenimento foi quem mais sofreu e dentro disso o pior foi o forró, que já não teve em 2020 e iria para o terceiro ano agora.