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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 19 de agosto de 2023 às 5:30 h | Autor:

Mãe Bernadete, apenas mais um triste caso num tempo de terror

Confira a coluna de Levi Vasconcelos deste sábado

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Mãe Bernadete, mais uma vítima dos nossos maus tempos
Mãe Bernadete, mais uma vítima dos nossos maus tempos -

Se a sublimação da boa governança é a prática de atos que resultem na construção de uma sociedade em que todos vivam em paz e harmonia, como dita a ciência política, nós temos a sensação de que estamos involuindo, andando para trás.

O caso de Mãe Bernadete é emblemático. O filho dela, Binho do Quilombo, foi assassinado em 2017 a tiros, crime nunca esclarecido. Ela agora também foi assassinada em circunstâncias similares.

O agravante é que Mãe Bernadete dizia estar sendo ameaçada. E mês passado pediu ajuda à ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Fica parecendo o óbvio, o crime organizado está cada dia mais dando as cartas no país. Só falta subir a rampa.

Sobre a PM —O assassinato de Mãe Bernadete tem tudo para ser crime de mando, mas a execução dá dois indicadores claros: os executores parecem os mesmos do filho e também são do crime organizado. Isso acontece justo no momento em que Jerônimo saiu em defesa da PM baiana, apontada como a mais violenta do Brasil.

Creditar à PM o protagonismo da violência está fora de tom. Ela é parte. E comete muitos equívocos, sem dúvida, mas no bojo da retomada do rumo da civilidade, uma corrente de pensamento que tem representantes em todos os segmentos, a própria PM, a Polícia Civil, Ministério Público, Tribunal de Justiça e afins, droga é problema de saúde, não de polícia. Ou seja, a PM está numa guerra que não é dela. Mãe Bernadete é vítima de outra guerra, o racismo.

A estrada pela frente é longa.

E em 2024 lá vai dar Zé

E por falar em Feira de Santana, pergunta ao deputado Zé de Arimatéia (Republicanos), que em 2020 disputou a eleição de prefeito em Feira de Santana e ano que vem vai de novo: e o que vai dar em 2024?

— Vai dar Zé.

E gargalhou. É que os outros candidatos tidos como competitivos são Zé Ronaldo (UB) e Zé Neto (PT). Mas tem também Pablo Rodrigues (PSDB), que discorda.

Marcelo Nilo, curtindo o ostracismo em terra amiga

Marcelo Nilo, o ex-deputado que ano passado deixou o governo e mudou para a oposição após imperar na Assembleia por 10 anos, quase todos os dias volta ao cenário dos bons tempos. Ele diz saber que é difícil, mas corre atrás da vaga de Fernando Vita no TCM.

No início desta semana, conversava com amigos na praça da Alba quando alguém perguntou por que ele sempre ia lá. Além das razões acima, deu outra explicação:

— Meu escritório é próximo e aqui o preço do restaurante é bem acessível.

Quando ele saiu, uma senhora comentou:

— Ficar sem mandato é mesmo triste. Se corre atrás até do restaurante mais barato...

Segundo Carneiro, o Talibã se instalou na Câmara de Feira

No quinto mandato como vereador de Feira de Santana, duas vezes presidente da Casa, o vereador José Carneiro (MDB), ou simplesmente Zé Carneiro, disse que nunca viu na trajetória dele pelo legislativo feirense a concentração de tanta baixaria como vem acontecendo agora.

— Gosto de dizer sempre que o Talibã está aqui.

Carneiro se referia aos episódios da sessão de ontem, que culminou com o vice-presidente Fernando Torres (PSD) chamando a presidente Eremita Mota (PSDB) de ‘puta’. Ele desligou o microfone, mas o sistema de som da mesa captou.

Eremita deu queixa na Delegacia da Mulher e o que deveria ser um debate político virou um caso criminal. Aliás, nos dois primeiros anos da atual legislatura Fernando foi presidente da Câmara e quase todo dia tinha furdunço. Agora, é consenso, extrapolou.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Fora de risco

Certa feita perguntamos a Norberto Odebrecht, o fundador da Odebrecht, se ele, com sua experiência, apontaria alguém na vida pública indiscutivelmente probo, absolutamente acima de qualquer suspeita. Sem pestanejar, respondeu:

— Octávio Mangabeira.

Paulo Segundo, o engenheiro que produziu “Octávio Mangabeira, democrata irredutível”, a melhor obra biográfica sobre o ex-governador, contava que o ‘Velho Mangaba’ (como o chamavam os mais chegados), em fim de governo, foi abordado por uma senhora idosa, já anciã.

— Dr. Octávio, quem o senhor pensa em apoiar para candidato ao governo?

— Temos vários nomes, querida. Mas ainda não me decidi por nenhum.

— Me disseram que pode ser o Tarsilo Vieira de Melo.

— É um dos nomes, mas ainda não decidi.

— Mas o Tarsilo tem um problema sério, Dr. Octávio...

— Qual é, minha querida?

-— Ele é muito mulherengo...

E Octávio, abraçando amavelmente a amiga:

— Oh, minha linda, fique tranquila. Pessoas da nossa idade estão fora de risco.

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