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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos | Foto: Rafael Martins | Ag. A TARDE

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 20 de julho de 2019 às 16:32 h | Autor:

Maia viu a Fundação Dr. Jesus com o tempero das doidices de Isidório

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No embalo de Isidório, Rodrigo Maia bateu tambor
No embalo de Isidório, Rodrigo Maia bateu tambor -

Se a pretensão do deputado Sargento Isidório (Avante) foi mostrar ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o que é a Fundação Dr. Jesus, em Candeias, obra que ele toca há 28 anos, mostrou com precisão milimétrica: uma obra grandiosa, que atende hoje 1.380 drogados com o tempero do seu inspirador, muita doidice, totalmente fora dos padrões, com um foco único, livrar a clientela das drogas.

Maia viu um festival de doidices protagonizadas por Isidório, e também uma obra grandiosa, de onde o anfitrião tirou 323.264 votos para deputado federal nas últimas eleições, o mais votado, e deu ao filho João 110.540 para estadual, também o mais votado.

Coveiro zero – Claro que o ingrediente político esteve presente. Amigo de ACM Neto, Maia antes passou para ver o prefeito, que não foi. Mas estavam os três senadores baianos, Jaques Wagner (PT), Otto Alencar e Ângelo Coronel, ambos do PSD, para saudá-lo e delimitar território.

Com eles, os deputados Elmar Nascimento e Leur Lomanto, do DEM, Cacá Leão (PP) e Otto Filho (PSD).

No fim, Maia, o maestro da aprovação da reforma da Previdência, afirmou:

– Tenho a convicção de que fiz o melhor para o País.

E Isidório:

– Me criticam porque votei a favor reforma. E esqueceram que Rui Costa fez aqui uma reforma desgraçada.

E tudo acabou em moqueca de camarão.

Na dividida, fica com Rui

Antes de Rodrigo Maia chegar, o Sargento Isidório recebeu um telefonema do ministro Luiz Eduardo Ramos, da secretaria de Governo, convidando-o para ir terça-feira a Vitória da Conquista, onde o presidente Bolsonaro vai inaugurar o aeroporto local.

Responde de bate-pronto:

– Eu vou, mas espero que não haja dois palanques. Se tiver dois, fico no de Rui.

Rui e Bolsonaro disputam a paternidade da obra.

Flexibilização na CNH, o veto

Patrícia Sandri, presidente da Associação Bahiana de Psicólogos do Trânsito, entregou a Rodrigo Maia o documento Manifesto contrário a dilatação do prazo de renovação da CNH, contra a intenção de Bolsonaro de ampliar de 5 para 10 anos o prazo para a revalidação da carteira nacional de habilitação (CNH):

– É um absurdo. O maior número de acidentes ocorre com jovens entre 18 e 35 anos. Já pensou eles levarem 10 anos para renovar?

Nada feito na dívida do cacau

De início empenhado em brigar por uma solução do crônico problema dos endividados do cacau, um volume que vai a mais de R$ 1 bilhão, o deputado Leur Lomanto (DEM) parece já não estar com o mesmo ânimo:

– A questão é que o pessoal do cacau precisa se unir. Eles são muito desunidos.

Segundo Leur, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, quer ajudar, mas a questão da dívida é com Paulo Guedes, da Economia.

Euclides da Cunha espera a clínica de hemodiálise

Euclides da Cunha, coração do sertão baiano, nas cercanias do palco da Guerra de Canudos, há mais de seis meses tem uma clínica com 40 leitos para o tratamento de hemodiálise pronta, mas esperando a boa vontade do governo, enquanto os pacientes viajam mais de 300 quilômetros em busca de atendimento.

A questão: a clínica, do Grupo CSB de Nefrologia, é privada e precisa fazer convênio com o SUS para atender pacientes de toda a região. O credenciamento já foi feito e aguarda o Ministério da Saúde dar o ok.

Segundo o nefrologista Cristiano Viana, diretor da clínica, com os seus 40 leitos, a capacidade é para o atendimento de 240 pessoas por dia, o que supriria as necessidades da região.

POLÍTICA COM VATAPÁ

O discurso roubado

Final de 1978, Roberto Santos, governador em fim de mandato, lutava intensamente nos bastidores para tentar evitar que ACM fosse indicado governador pelo regime militar.

Na Assembleia, os carlistas disparavam virulentos ataques contra o governo de Roberto. Num deles, alguém disparou:

– A saúde está um caos, uma lástima!

Clemanceau Teixeira, líder do governo, retrucou que era mentira e daria a resposta. Coletou dados, estudou o assunto, preparou esmerado discurso.

Carlos Araújo, carlista, roubou a papelada e se gabou no tititi. Clemanceau subiu na tribuna, coçou os bolsos do paletó, risinhos no plenário, não tinha o discurso, concluiu rápido:

– Depois eu volto. Eu voltarei.

Dois dias depois saiu o anúncio oficial: ACM estava indicado (seria o segundo mandato dele).

Clemanceau procurou Carlos Araújo e agradeceu todo comovido:

– Carlos, obrigado por ter roubado o meu discurso.

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