Marcha do Silêncio, um grito que ecoa forte: ‘Ditadura nunca mais!’ | A TARDE
Atarde > Colunistas > Levi Vasconcelos

Marcha do Silêncio, um grito que ecoa forte: ‘Ditadura nunca mais!’

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

Publicado terça-feira, 02 de abril de 2024 às 00:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
Marcha do Silêncio, um grito contra a possiblidade de golpe
Marcha do Silêncio, um grito contra a possiblidade de golpe -

Pesquisa do Datafolha ontem divulgada mostra que 53% da população brasileira não acreditam na volta da ditadura militar, só 20% acham que sim.

Já 55% acreditam que Bolsonaro tentou dar o golpe e 59% aprovaram a proibição de Lula a atos contra a ditadura, que ontem completou 60 anos de instalada.

Se Lula topasse entrar nos protestos, dizem os que aprovam a ausência dos atos, estaria dando guarida às incursões bolsonaristas que tentam colocar a ditadura militar na ponta da pauta.

A pesquisa Datafolha mostra que a maioria dos brasileiros está fora desse tipo de projeto. Afinal, dos 193 países do mundo, só três – Egito, Tailândia e Ucrânia – são tidos como ditaduras militares. Claro que há as ditaduras disfarçadas, como a de Putin na Rússia ou a de Nicolas Maduro na Venezuela. Mas em todas, cá e por aí, a marca principal é o terror.

Cruzes —Na Marcha do Silêncio realizada ontem em Salvador, a dor gerada nos tempos da ditadura militar foi exposta com fotos cobrando explicações para o destino de 33 desaparecidos baianos. No conjunto, contabiliza-se 434 mortos e entre 1946 e 1988 desaparecidos.

Fala o professor Joviniano Neto, vice-presidente do Tortura Nunca Mais, que com o grupo Abraspet organizou a Marcha:

— A ditadura escondeu os corpos dos militantes para encobrir os seus crimes. Essa é uma ferida que continua infeccionando a nossa democracia.

É um cenário funesto. E é difícil acreditar que ainda tem quem queira a volta disso.

Colaborou: Marcos Vinicius

Sufoco na volta a Salvador incluiu até criminosos caçados

A. M., engenheiro civil que mora em Piatã, foi passar a Semana Santa junto com a família em Ituberá. Iniciou a volta para casa domingo às 8h achando que por ser mais cedo iria achar o ferry vazio. Três horas até lá, na pior das hipóteses 13h estaria em casa. Deu tudo errado. Chegou às 17h.

Chegou 11h no ferry, a fila já estava perto do trevo de Mar Grande. Resolveu voltar, entrar por Salinas da Margarida, seguir por São Roque (Maragogipe) até sair em São Félix.

Em Salinas, ao pedir informações sobre o caminho de São Roque, foi aconselhado a não ir, pelo alto risco. Criminosos ligados a Katiara e ao BDM estão sendo caçados pela PM palmo a palmo. Voltou e resolveu encarar as BRs 101 e 324. Trânsito intenso, lento, mais atraso, enfim celebrou:

— Demoramos mas chegamos inteiros! Graças!

Ele, a mulher e duas filhas.

Coelba vai à Alba de novo

Thiago Guth, presidente da Coelba, vai hoje pela manhã participar de reunião conjunta com deputados.

O encontro seria semana passada na Coelba, mas foi cancelado e adiado para agora. Segundo o deputado Robinson Almeida (PT), o que se quer saber é como a Coelba vai investir R$ 3,8 bilhões.

— Queremos saber o detalhamento do projeto. A ViaBahia prometeu investir R$ 10 bi e até hoje, nada.

Colbert com Flávio, o filho de Bolsonaro, só deu tititi

Ao posar para fotos com o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), num aniversário sábado em Praia do Forte, rendeu intenso tititi nas redes sociais.

A repercussão se deu com três vertentes:

1 — Estaria Colbert articulando para fazer com que o deputado federal Capitão Alden (PL) desista de pretender, como tem dito, disputar a Prefeitura de Feira.

2 — Ao fazer tais incursões, Colbert chutou a memória do pai, Colbert Martins (falecido em 1994) e do irmão Evaldo (falecido em 2023).

3 — O encontro aconteceu às vésperas dos 60 anos do golpe militar de 1964.

Publicações relacionadas