Mulheres do jogo político em guerra contra o machismo
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
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Como previsto, Wilson Cardoso (PSB), prefeito de Andaraí, foi aclamado ontem novo presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e já anunciou duas novidades.
1 – Vai criar a diretoria da mulher, a ser presidida pela prefeita de Ibicaraí, Monalisa Tavares (UB).
2 – Também vai criar a diretoria de combate a discriminação racial, a ser presidida por Eliana Gonzaga (PT), a prefeita de Cachoeira, que é negra.
– São dois atrasos morais do nosso tempo e vamos dar nossa contribuição para combater isso.
Voz corrente –Se se pergunta a qualquer uma das 60 prefeitas baianas se elas já sofreram agressões por questões de gênero a resposta é unânime, como diz Kit Guimarães (Avante), prefeita de Taperoá:
– Isso já começa dentro de casa, com os homens dizendo que estamos onde estamos porque eles quiseram.
Kit é esposa do ex-prefeito Toinho do Banco (PT), que em 2020 não disputou por estar inelegível. Mas o primeiro ato dela foi criar o Conselho dos Direitos da Mulher.
Carine de Taíde, de Aporá, vai na mesma pegada. Na campanha, ela chegou a sofrer um atentado.
– Eu, como mulher, já fui agredida de toda forma, de xingamentos ao atentado.
Vanessa Senna (PSD), de Lençóis, agora presidente do Consórcio Chapada Forte, diz que abusos pessoais, como passar as mãos nos seis e nas nádegas, que outras prefeitas são vítimas agressões pessoais sim.
|– Os homens subjugam as mulheres desde a campanha. Se acham mais capazes só por serem homens.
Elas acham que a UPB dá uma contribuição contra os preconceitos por questões de gênero.
Colaborou: Marcos Vinicius
São Roque está voltando. Vai construir seis navios
E eis que o Estaleiro de São Roque Paraguaçu está voltando. Ainda está longe dos 7.400 funcionários, mas já constrói 80 balsas, que já abriu 150 dos 300 empregos previstos e agora vai construir seis navios que a Compagnie Marítime Monégasque (CNM) ganhou de um lote de 10 numa licitação da Petrobras.
Esse cenário foi exposto ontem numa audiência pública promovida pela Comissão de Infraestura da Alba, com as presenças do presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, e também do presidente do Estaleiro, que é da Novonor, ex-Odebrecht, Ricardo Ricardi.
– Da nossa parte, estamos prontos.
Florence com Mercadante
A construção dos seis novos navios da CNM tem uma pendência: o BNDES está exigindo da empresa garantias bancárias para um empréstimo de US$ 450 milhões. Antes, o próprio bem era a garantia.
Segundo Deyvid Bacelar, presidente da Federação Única dos Petroleiros, o secretário Afonso Florence (Casa Civil), que é amigo de Aloísio Mercadante, presidente do BNDES, está negociando a solução.