Mulheres soltam o grito na Alba por mais igualdade, sem arredar o pé
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Guilma Solares (PT), prefeita de Nova Redenção, na Chapada, em despedida do mandato, logo no começo dos seus oito anos de governo criou a Secretaria das Mulheres. Ariston Teles (MDB), adversário, agora vice eleito, disse que ela diminuia a imagem das mulheres, e a tal secretaria era ‘só para tirar fotinha’.
Sentiu-se ofendida, foi a Justiça. O Ministério Público disse que não via crime e a Justiça carimbou.
– Eles disseram que não tem crime, mas eu não vou desistir. Não posso relatar dezenas de agressões que estão sob sigilo. E por isso não aceito que um deboche vire verdade ante um trabalho sério.
Guilma relatou o caso ontem na audiência pública sobre Violência política de gênero, realizada ontem na Alba sob a batuta da deputada Fabíola Mansur (PSB) para celebrar o primeiro aniversário da criação Procuradoria Especial da Mulher, evento bastante concorrido.
Desigualdades –Fabíola ressaltou que episódios como esses são a ponta do novelo de uma longa história de discriminação.
– Os homens votam desde 1532, as mulheres só conquistaram o direito de votar em 1932, 300 anos depois. E até hoje as desigualdades são alarmantes. No Senado, de 81 senadores, só 14 são mulheres. Na Câmara, de 513 deputados, apenas 91 são mulheres. E aqui na Alba, de 63 deputados, só 10 mulheres.
Diz Fabíola que a violência política de gênero e raça é um reflexo direto dessa sub-representação. O caminho da reparação é longo, mas é único.
Colaborou: Marcos Vinicius
Euclides bate no governo
O deputado Euclides Fernandes (PT) disse da tribuna da Alba que recentemente o deputado Marcinho Oliveira (UB) fez entrega de três ambulâncias:
– Eu, que sou da base do governo, nunca fui tratado assim. Fico me perguntando: meu Deus, o que devo fazer para merecer isso?
Robinho (UB) carimbou:
– Até quero elogiar o governador. Mesmo pagando aos pedaços ele paga. Rui Costa não pagava nada.
Péricles de Souza, a vida de um comunista em livro
Péricles de Souza – uma vida uma luta, é o livro que o jornalista e historiador Osvaldo Bertolino lança nesta sexta (17h) no Hotel Vila Galé, e promete reunir militantes, historiadores, acadêmicos e lideranças políticas. A obra narra a trajetória de Péricles de Souza, baiano, um dos mais destacados líderes comunistas do Brasil, integrante de uma geração de jovens que se engajou na luta política nos anos 1960, ressaltando a importância de Péricles na organização do PCdoB no Nordeste, além da resistência à ditadura militar.
Fala Bertolino:
– Péricles foi uma referência na fundação do PCdoB e grande articulador da esquerda na Bahia. É uma inspiração para os desafios do presente.
Pablo Roberto, vai e vem entre a Alba e a vice de Feira de Santana
Vice-prefeito de Feira de Santana, até a semana passada dava-se como certo que o deputado Pablo Roberto (PSDB) deixariaa vice e ficaria deputado, se passasse o projeto que permite a parlamentares estaduais assumirem secretarias em cidades com menos de um milhão de habitantes.
A opção minguou. Agora se dá como certo que Pablo vai abdicar do mandato de deputado para ficar com a vice, e uma secretaria na Prefeitura.
Se for esse o caminho, financeiramente Pablo perde. Um deputado ganha R$ 35 mil, o vice de Feira R$ 26 mil. Em compensação, politicamente, se ele permanecer deputado, fica cheirando a estelionato eleitoral.
Para Pablo, que tenta pavimentar um caminho para prefeito de Feira, seria tiro no pé. Paulo Câmara, o primeiro suplente do PSDB, herdeiro da vaga de Pablo, nada fala: ‘Só sei o que leio nos jornais’.