Na Alba, Coronel vai sair feliz. A conta vai ficar para quem vem
![Ângelo Coronel (PSD), o presidente da Assembleia, foi eleito senador em outubro](https://cdn.atarde.com.br/img/2018/11/724x500/angelo-coronel_20181124124646118-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2F2018%2F11%2Fangelo-coronel_20181124124646118.jpg%3Fxid%3D4352634%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1731493180&xid=4352634)
Assim que selou o acordo para pagar uma pendenga judicial de mais de 25 anos com mais de 350 funcionários, que já passava dos R$ 400 milhões, Ângelo Coronel (PSD), o presidente da Assembleia, dizia ter a certeza de ter feito a coisa certa:
– Na pior das hipóteses, eu sairei como um bom presidente para os funcionários.
Vai sair no fim de janeiro bem melhor do que imaginou. Senador eleito e beijado e adorado por funcionários. Com um detalhe: neste caso, a fatia maior da conta quem vai pagar são os seus sucessores.
Longo prazo — O caso começou nos anos 90, quando Eliel Martins era presidente da Casa, por conta de um reajuste não concedido. A pendenga, já transitada em julgado até no STF, veio sendo postergada por Marcelo Nilo nos 10 anos em que ele imperou como presidente. Só este ano, o tombo no caixa da Assembleia vai a R$ 30 milhões, que chega a R$ 40 milhões com o reajuste concedido a aposentados.
A ideia é quitar até 2025, mas, por agora, os servidores beneficiados só têm motivos para sorrir. Para alguns, o salário dobrou. Noutros, foi mais que isso. Um deles admitiu que chegou a tomar um susto quando recebeu o contracheque: ‘Fiquei sem entender. É para menos?’.
Coronel acha que fez justiça. Nilo diz que ele fez bobagem. Seja como for, em 2019 só estarão lá os funcionários. E a conta.