Na Band, Kleber foi muito bem, Bruno bem e Geraldo apanhou
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
O debate da Band deu o start midiático da campanha 2024 em Salvador, e dos três candidatos principais, os que lá estavam, Kleber Rosa (PSOL) foi muito bem; Bruno Reis (UB), bem, e Geraldo Jr. (MDB) muito mais apanhou.
O encontro deu o tom da reza, configurando no início da campanha o que já se delieneava na pré-campanha: Bruno querendo mostrar que com ele Salvador vai bem e Kleber querendo tomar a banda da esquerda que fugiu de Geraldo.
Geraldinho, como chamam, saiu do ninho de Bruno e por isso foi chamado pelo próprio de traidor. Klebler disse que ‘os dois andaram juntos, são parceiros e coatores da cidade da exclusão’’. Ou seja, são farinha do mesmo saco.
Jerônimo lá —Jerônimo até foi lá dar uma força ao amigo Geraldinho, mas o problema é que ele não subiu ao palco. Não por estar presente, mas porque tem isso como estratégia. Bruno até tentou puxar o debate para a administração estadual, mas Kleber cortou: o debate é a prefeitura de Salvador.
Na despedida, Geraldo deu outro fora. Esqueceu de citar a candidata a vice dele, Fabya Reis, quando Kleber citou Dona Mira e Bruno, Ana Paula.
Em síntese, já que a estratégia da ala governista foi unir todos em torno de um nome, no caso Geraldo a largada sugere que o ele deve se esmerar no mídia training. Ou seja, ele disse que quer ser prefeito para ‘cuidar da gente’, mas parece que precisa, primeiro, se cuidar.
Colaborou: Marcos Vinicius
Em Itabuna, Dr. Mangabeira virou bolsonarista que afundou
Como pode um médico oncologista conceituado, com intensa militância política, cair em desgraça da noite para o dia? O caso aí vem de Itabuna e, nos últimos dias, divide as atenções da cidade com a disputa eleitoral.
O caso refere-se ao médico Antonio Mangabeira França, o Dr. Mangabeira, que em 2016 quase ganha a eleição para prefeito contra Fernando Gomes, e que nos últimos tempos trocou o PDT pelo PL para apoiar Bolsonaro.
Em 7 de julho, foi acusado de assédio sexual contra uma mulher e até tentou barrar a veiculação da mídia porque atinge a reputação. Se ainda tinha alguma, implodiu. Anteontem, ele foi depor, mas a polícia já contabiliza outros 31 casos, e avalia mais três.
Resultado: politicamente, acabou. E, de lambuja, atingiu em cheio a reputação da clínica Unicor, da qual é sócio. Triste fim.
Cá, quase como o caso Biden
Um deputado governista com influência em Salvador se dizia, ontem, bastante preocupado com a candidatura de Geraldo Jr. (MDB) a prefeito da capital, pelo desempenho no debate da Band.
— Falou mal, vezes desconexo, tão desconexo que às vezes até pareceu o debate que levou Joe Biden, lá nos EUA, a desistir da reeleição.
O caso, segundo ele, mostra que cá como lá os debates têm muita importância.
Clarindo: ‘A Flipelô é uma declaração de amor ao Pelô’
Ícone na defesa do Centro Histórico de Salvador, Clarindo Silva, aos 82 anos, mais de 50 tocando a Cantina da Lua, diz que com a Flipelô a capital baiana vive um momento muito especial.
— A Flipelô é uma declaração de amor ao Centro Histórico de Salvador. Meu sonho é fazer com que a sociedade foque o seu olhar para cá.
Ele diz que a alegria espouca de todos os lados, na Igreja do Rosário dos Pretos, na de São Pedro dos Clérigos, na Faculdade de Medicina, mas ressalva:
— Temos mais de 40 bares e restaurantes decorados, cada um com uma música de Raul Seixas, mas Batatinha merece uma reverência especial. E o centenário dele, que viveu a vida inteira no Centro Histórico e também morreu aqui.