Na briga entre Moraes e Musk, os evangélicos se melam na polarização
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Polarização na política é a divergência extremada, o que pode acontecer em espaços restritos e até em dimensões internacionais. Pois a pesquisa Atlas Intel sobre os embates entre o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o bilionário Elon Musk carimba o que já se desconfiava: o jogo político contamina as desavenças.
Isso fica explícito quando se observa que 91,4% dos que votaram em Lula são a favor de Moraes, já 79,7% dos eleitores de Bolsonaro ficam do lado de Musk. Como Alexandre de Moraes foi eleito pelos bolsonaristas como inimigo número um, fica naquela, todo inimigo de Xandão é simpatizante deles.
Na pesquisa Atlas Intel outro detalhe foi bastante curioso, o lado religioso. Dos católicos, 64,9% são a favor do ministro e 28,4% de Musk. Entre os sem religião dá 70,4% pró Alexandre contra 28,6%, nos ateus e agnósticos dá 79,4 a 10,7, mas quando descamba para os evangélicos a situação se inverte, são 77,8% pró Musk contra 16,8%.
Na origem—Musk comprou o Twitter em 2022, então uma rede plenamente confiável. Mudou o nome para X. E qual é a raiz do problema? Ele entrou no liberou geral dando guarida a nazistas e pedófilos. Moraes cobrou a indicação dos autores, ele se recusou.
Nazismo e pedofilia não são crimes? Claro que são, mas em nome da liberdade ele evoca o direito de não divulgar. Nisso é que causa muita estranheza a posição dos evangélicos. E cabe a pergunta: foi isso que Jesus pregou? O Jesus que conhecemos é o do amor.
Marcos Vinicius
Disputa na Câmara se afunila entre Elmar e Antonio Brito
Primo e aliado do deputado Elmar Nascimento (UB), pré-candidato a presidente da Câmara, o deputado estadual Júnior Nascimento (UB) se diz animado com a expectativa de vitória em Brasília.
— Está tudo caminhando bem. Vai dar certo, sim.
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara e principal aliado de Elmar, prometeu bater o martelo até 31 de agosto, mas resolveu adiar o anúncio. Ele tenta fazer uma eleição sem disputa.
O presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP), abdicou da disputa dizendo que Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, ‘inviabilizou a candidatura’ dele.
Ora, Kassab é o padrinho da candidatura do também baiano Antonio Brito (PSD). Aliás, está tudo indicando que ele e Elmar afunilaram a disputa. Vai dar um dos dois, só não se sabe quem.
Jerônimo e o time do petróleo
Jerônimo se reuniu esta semana com José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, e mais os secretários Angelo Almeida (Desenvolvimento Econômico), Eduardo Sodré (Meio Ambiente) e Sérgio Brito (Infraestrutura), além de deputados estaduais.
Ele vai estar segunda, no Rio, com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para discutir a retomada dos investimentos da estatal do petróleo Bahia.
O cacau vai bem, mas é mais esperança que dinheiro
Produtor de cacau em Ipiaú, o deputado estadual Sandro Régis (UB) diz que o otimismo sobre os preços do cacau é positivo, mas com ressalvas para a exata compreensão do momento.
— O cacau está a R$ 750 a arroba, é bom, mas ninguém está ganhando dinheiro porque a produção é baixa. O positivo é que isso abre as chances da cacauicultura se reinventar, com a adoção de novas tecnologias e plantas mais resistentes contra as pragas.
Ele afirma que o sentimento é generalizado na região. O Brasil é hoje o sétimo produtor mundial de cacau, com 265 mil toneladas por ano, mas é a região norte quem lidera com 53%. O resto fica com a Bahia.