Na disputa em Lauro de Freitas tem Moema e Leão no tempero

Pergunta à prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT): e quem a senhora pretende apoiar para prefeito?

— Não sei. Só vou tratar disso lá para dezembro.

E há quantos pretendentes do seu lado?

— Uns dez.

Pergunta a João Leão (PP), ex-vice-governador, agora deputado federal: o senhor é candidato a prefeito de Lauro de Freitas? Dizem que ACM Neto aposta no seu nome.

— Eu serei candidato a prefeito em Lauro de Freitas se ACM Neto for em Camaçari. Eu vi uma pesquisa que ele está na frente lá.

Em síntese, isso é um sinal de que no vizinho mais coladinho de Salvador a situação ainda está bem imprevisível.

alternativas —Leão e Moema sempre duelaram pelo protagonismo nas disputas de Lauro de Freitas nas últimas eleições, mas em 2020, quando ele era vice-governador, se uniram e agora voltaram a se separar, sem que se saiba quem está apoiando quem.

Na banda de Moema um dos nomes que aparece bem é o do vereador Anderson Oliveira, o Decinho, também secretário de Serviços Públicos. O problema dele é o partido. É do Republicanos, oposição a Lula lá e Jerônimo cá, e não quer sair. Por aí, dizem lá, Moema jamais apoiaria.

O empresário Teobaldo Costa (UB), que em 2020 disputou com Moema, já avisou: está no jogo. O deputado estadual Leandro de Jesus, do PL de Bolsonaro e bolsonarista ostensivo, pretende polarizar com o PT. Noutras palavras, falta ver quem tem farinha no saco.

Alckmin faltou em Coité, mas o Cimatec do Sertão vem aí

Até 2018, quando disputou a Presidência da República pela última vez, Geraldo Alckmin (PSB), o agora vice-presidente da República, sempre disse que tinha um pedaço baiano, já que ele e família passaram um tempo em Correntina.

Nas urnas de 2018 em Correntina, Alckmin ficou em 5º lugar com escassos 635 votos, atrás até mesmo de Ciro Gomes, que teve 837.

Talvez tenha ficado escaldado com a baianidade. Ontem, esperou-se a presença dele em Conceição do Coité, para o lançamento da pedra fundamental do Cimatec do Sertão, que chegou a ser confirmada, mas depois foi cancelada.

Uma pena. Estava lá Geraldo Júnior (MDB), o governador baiano em exercício. Segundo o pessoal de Conceição do Coité, com certeza adiante o Brasil se dará conta da importância do passo dado.

Mãos limpas no pedágio

Algumas atendentes nos caixas do pedágio na BR-324 dão troco aos clientes de moedas lambuzadas de álcool. Ontem, no pedágio de Candeias, alguém perguntou a uma delas:

— E com as cédulas, como é que fica?

— Simples. Álcool nas minhas mãos.

Um outro na cena, o carona, completou:

— Isso é que é não querer descuido diante da merda.

Governistas dizem que agora Jerônimo decola

Adolfo Menezes (PSD), presidente da Assembleia, diz que até agora houve pouco tempo para Jerônimo Rodrigues dizer a que veio:

— Janeiro é um mês morto, governante não tem orçamento, fevereiro foi o Carnaval e agora em março, a China. Acho que só a partir de agora podemos cobrar resultados.

O deputado federal Paulo Magalhães (PSD), também aliado do governo, vai na mesma pegada, ainda é cedo para cobrar, mas diz acreditar que a viagem à China é muito positiva.

— Acredito que a partir de agora a agenda será mais positiva. A fábrica de automóveis no lugar da Ford vai se configurar numa realidade. E a ponte Salvador-Itaparica também.