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Levi Vasconcelos

Por [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 17 de abril de 2022 às 6:03 h | Autor:

Neto, Jerônimo e Roma no jogo do velho e o novo baiano

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ACM Neto, herdeiro de ACM, o velho, agora em cem como o novo; Jerônimo, o candidato a dar mais gás para manter a era do PT no poder; João Roma, o que pretende ser a 3ª  no jogo baiano, com Bosolonaro
ACM Neto, herdeiro de ACM, o velho, agora em cem como o novo; Jerônimo, o candidato a dar mais gás para manter a era do PT no poder; João Roma, o que pretende ser a 3ª no jogo baiano, com Bosolonaro -

Me diga uma coisa. ACM Neto aparece agora como o novo, mas também não é herdeiro da velha política? E o PT que era o novo quando ACM caiu (e no ano seguinte, 2007, morreria) por acaso é o velho da vez?

As perguntas são do leitor Juarez Mineiro, da Liberdade, que diz estar do alto dos seus 60 anos tentando entender esse vai e vem do velho que se renova sem que a gente saiba realmente qual é a novidade.

Simples entender. A vida é um ciclo, nascer, crescer, viver, morrer e jogo da política obedece a mesma regra do jogo da vida, também é um ciclo, com uma diferença expressiva, o ciclo é bem mais curto.

Duelo — ACM, o avó, deu as cartas na Bahia por quase 40 anos. Imperou. Ela herda algum pedaço dos velhos tempos? Certo como sem dúvida, tanto em votos como na grife. Mas traz a estampa da juventude, agregada pelo fato dele próprio ser um político vocacionado, como o avó era, outra grande vantagem..

Jerônimo Rodrigues, o candidato ao governo do PT, desponta neste cenário como arauto de um tempo, a era petista, que está se exaurindo, mas ainda tem um gás a queimar, um gás chamado Lula, aos 76 anos, favorito na disputa presidencial, segundo as pesquisas.

Se vencer Neto, o PT antecipa o fim do seu tempo no topo do poder e se constrói uma situação nova, óbvio.

Se der Jerônimo, prevalecerá o continuísmo do PT, hoje o Estado mais importante do Brasil governado pelo partido numa circunstância em que tem o candidato presidencial que lidera as pesquisas, o que faz o v encer parecer também uma questão de honra..

Roma — Haja o que houver, o cenário baiano está configurado entre o velho carlismo renovado e o petistmo que era o novo e envelheceu. Nesse jogo aí tem espaço para João Roma?

Roma tenta entrar na festa apresentando-se como legítimo antipetista por ser a estampa do Bolsonarismo e chamando Neto de ‘auxiliar de Lula’. Consegue? .

É simplesmente a pretensão de instalar-se na Bahia como o novo novo (que nada tem de novo, ressalte-se).

POLÍTICA COM VATAPÁ

O barco da Alba

Paulo Bina, jornalista e assessor de imprensa da Assembleia Legislativa da Bahia, é quem conta essa. Lá um dia, Almir Pazzianoto, então ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em visita a casa e externou a Antonio Honorato, então presidente (hoje conselheiro do TCE), o desejo de conhecer o plenário. Extasiou-se com o belíssimo painel de Carlos Bastos que adona o plenário da Alba, no qual a galeota Gratidão do Povo, estrela da festa de Bom Jesus dos Navegantes, flutua com sereias e baianos ilustres.

E Honorato apontava:

— Aquele ali é ACM, junto dele Antonio Imbassahy. No cantinho do barquinho, João Ubaldo Ribeiro. Cá Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso...

Após a apresentação Pazzianoto comentou:

— É. Mas eu não vi a figura do Dr. Waldir Pires.

Nem Waldir e nem nenhum inimigo de ACM, o pilha forte da época, Honorato se saiu rindo:

— É porque ele está do outro lado do barco.

E Pazzianoto:

—Ih... E corre o risco de morrer afogado!

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