Oposição chia dos empréstimos de Jerônimo, mas vai ter muito mais
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
A oposição que tanto reclama dos sucessivos pedidos de empréstimos de Jerônimo, o nono, somando aos dois aprovados anteontem, poderia nos responder a uma pergunta: se qualquer um deles vivesse uma situação igual à de Jerônimo, agiria diferente?
Com certeza, não. Ou, melhor dizendo, seguiria o mesmíssimo caminho. Simples de entender. Na era de Rui Costa, a Bahia foi perseguida duas vezes, no governo de Michel Temer e no de Jair Bolsonaro. Resultado: a dívida baiana é das menores do país, apenas 26% da receita corrente líquida, quando pode chegar a 200%.
Na maioria dos estados brasileiros a situação é bem diferente. O Rio deve 192%, o Rio Grande do Sul 180%, Minas 157% e São Paulo 123%. A dívida baiana correspondia a 164% da receita em 2000 e subiu para 182% em 2002, o mais alto patamar nos últimos 24 anos.
Chororô — Diz o secretário da Fazenda do Estado, Manoel Vitório, que em 2006 a Bahia devia o equivalente a 102% da receita corrente líquida. A queda se acentuou até se estabilizar entre 40% e 60% a partir de 2010.
— O ideal é que ela fique aí em torno de 50%.
Ou seja, se hoje é de
R$ 25%, Jerônimo surfa nas perseguições de Temer e Bolsonaro, e pode ir ao dobro.
A chiada oposicionista com os empréstimos de Jerônimo fica mais parecendo aquela história de ter que bater por dever de ofício. E vai chiar mais, porque já é o nono empréstimo e ainda se está na metade do que se quer.
Colaborou: Marcos Vinicius
Lajedinho, o campeão baiano de eleição com candidato único
Entre 2000 e 2024 Lajedinho, vizinho de Rui Barbosa, na Chapada, tornou-se o único município baiano que teve candidato único duas vezes, em 2000 e 2008. É o que mostra inédita pesquisa do Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding, feita a partir de dados coletados no TSE.
No período de 24 anos, apenas 108 municípios no país ostentam tal feito, com o detalhe: Mato Queimado, no Rio Grande do Sul, com apenas 1.611 habitantes, é o campeão nacional. Lá, de 2000 a 2024, ou seis eleições consecutivas, só teve candidato único.
Entre os 417 municípios baianos, em 2020 só Licínio de Almeida teve candidato único. Em 2024, até agora, nenhum, embora este ano seja o do recorde nacional de candidatos únicos, 214. Rio Grande do Sul, com 36, é o recordista nacional em mais de um candidato único nos últimos 24 anos.
Em Itaberaba, o quase único
A disputa em Itaberaba, a porta de entrada da Chapada Diamantina, tem uma situação curiosa. Oficialmente, só há dois candidatos registrados, David Anjos (Avante), apoiado pelo prefeito Ricardo Mascarenhas (Avante), contra João Mascarenhas Filho (PSD).
O parangolê se dá porque João, também ex-prefeito, coleciona derrotas na justiça tentando derrubar a inelegibilidade. Será que Davi vai virar candidato único?
Adolfo vai tentar reeleição na Alba? Em outubro se vê
E Adolfo Menezes (PSD), presidente da Alba, vai tentar a reeleição em fevereiro? A pergunta aí vem do leitor Augusto Moura, da Pituba, e também permeia o mundo político.
Adolfo já é reeleito e só o fato de saber se ele pode ou não já gera muita discussão, mas o próprio diz que só vai tratar do assunto após as eleições de outubro. Se entre os deputados as atenções gerais já estão na campanha eleitoral, com ele mais ainda, cuja esposa, D. Denise Menezes (PSD) é candidata a prefeita de Campo Formoso, duelando com o prefeito Elmo Nascimento (UB), irmão do deputado Elmar Nascimento (UB), que em Brasília é presidenciável na Câmara.
— Vamos sentar e avaliar, mas em outubro.